Tirone Lemos Michelin, em 1999, seqüestrou o
diretor geral do Instituto IESES, hoje diretor e presidente da TVS - A
Televisão Sobrenatural do Brasil, João Lippert. O sequestro de João Lippert
ocorreu no dia 23 de janeiro de 1999. No ato do sequestro, já em cárcere
privado dentro da cabine de um veículo de modelo Blaser de cor preta ou azul
escuro, de Tirone Lemos Michelin ou da ULBRA, com tapinhas nas costas, passando
com a mão direita sobre os ombors de João Lippert, Tirone Lemos Michelin
anunciou o sequestro dizendo: "Diretor, você foi
sequestrado." Dizendo
isto, o sequestrador Tirone Lemos Michelin passou a fazer exigências, que
segundo o mesmo, eram exigências dos hoje ex-reitores da ULBRA.
Passados cerca de doze anos, como mostra nos
documentos, o sequestrador e os mandantes do sequestro eram apoiados por
bandidos, que na interpretação da Corregedora Nacional da Justiça Eliana
Calmon, são bandidos inflitrados na justiça. Com a queda dos poderosos reitores
da ULBRA, Rubene Eugen Becker, Leandro Eugênio Becker e Pedro Menegat,
autoridades da época do sequestro, começaram a desistir de apoiar os hoje
ex-reitores da ULBRA
RELATO DO SEQUESTRO POR JOÃO LIPPERT
No ano de 1999,
exatamente no dia 23 de janeiro de 1999, ocorreu o pior dos crimes contra minha
pessoa e minha família. Crime hediondo. Sequestro seguido de cárcere privado.
O sequestro teve início no pátio da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, no
fim de uma manhã de sábado. Dia propício para a execução do seqüestro de minha
pessoa, eis que não havia nenhum funcionário na obra, nem professores, que já
estavam contratados para lecionarem na Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul.
Naquele dia 23 de janeiro de 1999, encontravam-se na obra da Unidade de Ensino
IESES Sapucaia do Sul, minha pessoa João Manoel Lippert, meus dois filhos,
Chiara Aline Lippert e Robson Ricardo Lippert, além de meu sobrinho José Luís
Lippert da Silva, que dirigiu o meu veículo.
Minha pessoa foi levado à força, sob ameaça de morte, por Tirone Lemos
Michelin. O seqüestro teria sido planejado anteriormente pelos reitores da
ULBRA na época, Ruben Eugen Becker, Leandro Eugênio Becker e Pedro Menegat, já
que o Instituto IESES estaria tirando uma fatia da Universidade ULBRA, em
relação aos alunos que estudariam no Instituto IESES.
O homem que executou e cometeu o crime de sequestro, Tirone Lemos Michelin, era
na época funcionário da ULBRA, com cargo de confiança dos reitores.
No dia do sequestro, minha pessoa e Tirone Lemos Michelin encontrávamos no hall
de entrada da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, após Tirone Lemos
Michelin ter visitado o interior das obras no prédio do ex-curtume Vacchi.
Minha pessoa disse a Tirone Lemos Michelin, após Michelin dizer que tinha algo
de suma importância para tratar comigo. “Pois não, vamos até me gabinete” .
Disse Tirone Lemos Michelin. “Não. O assunto que eu tenho para tratar contigo é
assunto muito sério. Tem que ser em particular. Só nós dois, sem a presença dos
teus filhos”. Disse Tirone Lemos Michelin, que seria bom que minha pessoa o
acompanhasse em seu veículo, que estava estacionado no pátio da Unidade de
Ensino IESES Sapucaia do Sul. Tentei argumentar, dizendo que naquele dia não
poderia ser, pois era um sábado, a escola estava fechada e estava com visitas
em casa na Rua Peru n° 785, onde me aguardavam. Assim o assunto poderia ficar
para segunda-feira. Ouvindo isto, disse Tirone Lemos Michelin a minha pessoa.
“Não. O assunto que tenho para tratar contigo não pode esperar para
segunda-feira”.
Minha pessoa notou que Tirone Lemos Michelin, que vestia um blaser de cor
preta, uma camisa social verde e uma calça social preta, Tirone Lemos Michelin
colocou sua mão direita na cinta da calça e com os quatro dedos da mão direita,
Tirone Lemos Michelin bateu três ou quatro vezes na cinta da calça, dando a
entender que estava armado.
Fui ameaçado por Tirone Lemos Michelin e sob ameaça, para não colocar meus
filhos Chiara Aline Lippert, Robson Ricardo Lippert, além de meu sobrinho, em
risco de vida, entrei no veículo que era conduzido por Tirone Lemos Michelin,
uma Blaser de cor preta ou azul escuro.
Logo após o veículo de Tirone Lemos Michelin sair do pátio da Unidade de Ensino
IESES Sapucaia do Sul, Tirone Lemos Michelin conduziu seu veículo a mais ou
menos 80km/h, às margens da BR-116, sentido Sapucaia do Sul – Porto Alegre. Em
determinado momento, Tirone Lemos Michelin reduziu a velocidade e estacionou o
veículo no acostamento da BR-116 em frente a um terreno baldio com arbustos
altos. Com o motor ainda em movimento, Tirone Lemos Michelin acionou a trave
das portas do veículo, onde estava minha pessoa, Tirone Lemos Michelin, além de
uma terceira pessoa que poderia estar escondida no porta-malas do veículo, eis
que de vez em quando ouviam-se ruídos que vinham do porta-malas. Esta terceira
pessoa poderia ser o senhor Vladimir, coordenador geral da segurança da ULBRA,
homem com grandes habilidades e conhecimentos em armas. Pois o que se sabe é
que Vladimir era ou teria sido um PM da Brigada Militar.
Após Tirone Lemos Michelin ter estacionado às margens da BR-116, ainda com o
motor em movimento, Tirone Lemos Michelin perguntou a minha pessoa se eu tinha
arma, se portava e se estava armado. Disse que tinha arma, mas esclareci que a arma
de minha propriedade era uma arma calibre 12 de marca Boito e cano duplo, e que
apesar de a mesma ser regularizada junto a Polícia Federal, a arma poderia ser
utilizada apenas em algumas situações de caça e proteção de minha e de meus
familiares onde residiam. Com isto, é óbvio que naquele momento minha pessoa
não estava armado.
Foi naquele momento que Tirone Lemos Michelin anunciou o seqüestro, batendo com
sua mão direita nas minhas costas dizendo. “Diretor, o senhor foi seqüestrado”.
Segundo Tirone Lemos Michelin, o mesmo falava em nome dos reitores Ruben Eugen
Becker, Leandro Eugênio Becker e Pedro Menegat, alegando que minha pessoa
estava batendo de frente com a ULBRA.
Tirone Lemos Michelin disse que a ULBRA era uma máfia internacional e que aqueles
homens, se necessário fosse, fariam gente desaparecer.
Naquele momento, sentindo-me encurralado e preso dentro da cabine da Blaser, ao
ouvir de Tirone Lemos Michelin dizer que se minha pessoa não desistisse da
idéia da construção do Instituto IESES no Brasil, minha pessoa poderia
desaparecer a qualquer momento ou ainda, encontrar minha filha mais nova, Keila
Cristine Lippert, com as pernas quebradas.
Tirone Lemos Michelin disse que os reitores queriam ainda, que minha pessoa
desocupasse a propriedade onde morava com minha família, queriam a devolução de
todas as fitas em VHS gravadas com pesquisas dentro ou fora da ULBRA por minha
pessoa, além de outras fitas k7, gravadas por minha pessoa via telefone ou
gravações também em fita k7, com informações técnicas de pesquisas nas áreas
humana e veterinária, além de informações de técnicos da universidade.
Disse ainda Tirone Lemos Michelin no ato do seqüestro. “Diretor, não adianta
você construir a escola. A ULBRA, os reitores vão destruir tudo”.
Transmitido as exigências dos reitores em relação a minha pessoa e o Instituto
IESES, na mão direita de Tirone Lemos Michelin apareceu um cigarro, aparentando
que o mesmo teria sido fabricado artesanalmente e tinha sinais de já ter sido
aceso. Informou Tirone Lemos Michelin, dizendo a minha pessoa. “Sabe o que é
isto diretor?” Respondi. “Isso me parece um cigarro de maconha”. Disse Tirone
Lemos Michelin. “Isto é um memoriol ou um estimulante”. Disse ainda Michelin,
tentando colocar aquele cigarro na minha mão. “Queima ele diretor”. Respondi.
“Não tenho vícios caros”.
Cabe salientar aqui, que Tirone Lemos Michelin parecia estar drogado. Com meus
conhecimentos na área humana, percebi que Tirone Lemos Michelin estava com o
fundo dos olhos apresentando uma coloração muito avermelhada, aparecendo
visivelmente micro-ramificações de vasos sangüíneos na lateral dos olhos, além
de Tirone Lemos Michelin apresentar um estado muito nervoso e agitado.
Naquele momento tocou o celular de Tirone Lemos Michelin. Tirone Lemos Michelin
atendeu ao seu celular e desceu do veículo, deixando as portas trancadas e se
dirigiu para frente do veículo, falando ao celular e com uma arma em punho.
Tirone Lemos Michelin parecia muito nervoso falando ao celular e dava socos no
capô do carro, com a mão direita que segurava a arma. Michelin deve ter pegado
a arma no trajeto da porta até a frente do veículo. Michelin ficou falando ao
telefone por cerca de trinta minutos ou mais. Ao retornar ao veículo, Tirone
Lemos Michelin ainda estava com arma em punho. Era uma arma pequena de cor
preta. No entanto, antes de entrar no carro, o mesmo colocou a arma na cintura.
Naquele momento cheguei a imaginar que Michelin fosse atirar em minha pessoa e
abandonar meu corpo às margens da BR-116.
Sentindo uma forte dor no peito, coloquei a mão esquerda no peito do lado
esquerdo, fazendo algumas massagens com a mão direita no peito do lado
esquerdo. Foi quando Tirone Lemos Michelin perguntou. “Ta passando mal
diretor?” Respondi. “Sim”. Tirone Lemos Michelin arrancou o veículo com uma
certa velocidade, parando logo em seguida próximo a um estacionamento de um
posto de gasolina, antigo posto de gasolina Schell, às margens da BR-116, onde
fui deixado.
Quando Tirone Lemos Michelin freou o veículo, constrangido e com medo de ser
assassinado, tentei abrir a porta e sair do veículo. A porta foi destravada,
não sei se por Tirone Lemos Michelin ou se em razão de minha pessoa ter puxado
o trinco da porta com muita força. Com a porta aberta, com a mão esquerda sobre
o peito e a mão direita no trinco da porta, desci do veículo, pondo o pé
direito no calçamento do posto. Foi quando Tirone Lemos Michelin jogou o
cigarro que tinha em sua mão direita. O cigarro de maconha bateu no meu ombro
esquerdo, em seguida em minha perna direita. Observa-se que a perna esquerda
permanecia no estribo do veículo. Ouvi Tirone lemos Michelin dizer. “Fuma
depois diretor.” O cigarro, ao tocar em minha perna direita, ainda com a porta
aberta, rolou para debaixo do veículo e Tirone Lemos Michelin acelerou o veículo,
fazendo com que o mesmo arrancasse bruscamente e fazendo com que a porta se
fechasse. O cigarro que havia rolado para debaixo do veículo, a roda traseira
passou por cima do mesmo. Com a arrancada brusca do veiculo, desequilibrei meu
corpo e cai.
Ainda sentindo forte dor no peito, esperei por alguns momentos, quando
dirigi-me aos frentistas do posto para tentar pedir socorro. Foi quando notei
que o veículo de minha propriedade, que era dirigido pelo meu sobrinho José
Luiz Lippert da Silva, uma caminhoneta S-10 de marca Chevrolet cabine dupla. Ao
verem minha pessoa abanando a mão, meu sobrinho encostou rapidamente próximo a
minha pessoa, no antigo posto Schell na BR-116. Como já dito, o meu veículo era
conduzido por meu sobrinho José Luiz Lippert da Silva, no assento traseiro do
veículo estava minha filha Chiara Aline Lippert, no assento dianteiro ao lado
do motorista estava meu filho Robson Ricardo Lippert, que abriu a porta do
veículo e perguntou. “Onde está Michelin?” Eu disse. “Foi embora”. Entrei em
meu veiculo e disse. “Vamos sair imediatamente deste local”. Robson Ricardo
Lippert sentou no banco de trás e sentei-me ao lado de meu sobrinho e saímos do
local, indo diretamente para minha residência a Rua Peru n° 785, Bairro São
Luís, Canoas/RS.
Ao chegarmos na propriedade, em razão ameaças de Tirone Lemos Michelin para que
não relatasse o ocorrido a ninguém, caso contrário os reitores iriam se vingar
de minha pessoa ou de quem soubesse do sequestro. Esperei que meu sobrinho e
esposa, além do filho de cerca de seis anos, retirassem-se da propriedade. Só
então é que relatei o que realmente aconteceu para minha esposa na época e aos
meus filhos. Michelin também foi taxativo: não poderia minha pessoa avisar
autoridades civis ou militares do sequestro, mesmo porque, segundo Tirone Lemos
Michelin, os poderosos reitores da ULBRA tinham em todas as áreas, desde
advogados, oficiais de justiça, juízes, homens que já estariam prevenidos para
não darem a mínima importância sobre qualquer assunto que minha pessoa relatasse
ou tentasse registrar na delegacia de polícia civil do bairro que residia. Ou
seja, a quadrilha dos reitores estava muito bem preparada.
Lembro-me ainda, que antes que Tirone Lemos Michelin arrancasse o veículo,
quando ainda estava parado às margens da BR-116, perguntei a Michelin onde é
que ele havia conseguido aquele cigarro. Tirone Lemos Michelin disse. “Ora
diretor. Não é só o senhor que a ULBRA tem como pesquisador”. Segundo Michelin,
o cigarro teria sido pego por Volney Falchembach em um dos laboratórios de
pesquisa da ULBRA, a pedido do Leandro. Disse ainda Tirone Lemos Michelin, que
era um agrado do vice-reitor para minha pessoa.
Ouvi de Tirone Lemos Michelin, antes de arrancar o veículo. “Diretor, você não
é homem sozinho. Pense no que eu te disse, nos teus filhos e na tua mulher”.
Dizendo isto, Tirone Lemos Michelin ameaçou minha pessoa, meus três filhos e
minha esposa. Após dizer isto, Tirone Lemos Michelin saiu acelerando
bruscamente a Blaser.
Excelência. Na época relatei o fato ao delegado Dr. Flávio Comparsse Conrado e
ao Dr. Bem-Hur Marchiori todo o meu sequestro. Dr. Conrado, que na época era
Delegado titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Canoas/RS, colocou dois
policiais civis da 3ª Delegacia e uma viatura na Unidade de Ensino Sapucaia do
Sul. Um policial ficava na porta de meu gabinete e o outro ficava no hall de
entrada da unidade. Dr. Conrado também disse a minha pessoa que era para
relatar todo o sequestro, formatar e entregar o documento a ele, que se alguma
coisa acontecesse comigo ou minha família, que o mesmo tomaria as devidas
providências. Não fiz tal documento porque minha conversa com Dr. Conrado, na
época foi toda gravada em fita K7. Contudo, na reintegração de posse da
propriedade da Rua Peru, esta fita e outras desapareceram.
Após o seqüestro, veio o embargo da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul,
através do juiz Dr. André Reverbel Fernandes. O juiz não aceitou receber-me
para negociar a dívida que era dos proprietários do curtume Vacchi e a obra foi
embargada sem que pudesse retirar nada das dependências da obra. Após o juiz
Dr. André Reverbel Fernandes embargar a obra, o mesmo foi promovido com uma
transferência para a Justiça do Trabalho Federal de Porto Alegre, onde está
atuando na 5ª Vara Trabalhista daquele Fórum.
Com o embargo da Unidade IESES Sapucaia do Sul, iniciou-se a implantação da
Unidade IESES Novo Hamburgo. Quando a obra estava com aproximadamente noventa
por centro concluída, cerca de oitenta a cem homens destruíram
totalmente toda a obra. Em um ato de vandalismo jogavam computadores pelas
janelas, rascaram documentos e projetos do IESES, além de furtarem materiais e
equipamentos da unidade de ensino. A Brigada Militar foi acionada, prenderam
dois ônibus com materiais roubados do Instituto IESES, tudo foi levado para 1ª
Delegacia de Polícia Civil de Novo Hamburgo, mas o delegado da época nada fez e
ninguém foi preso nem prestaram esclarecimentos. Os materiais apreendidos não
foram devolvidos para o Instituto IESES. Após destruírem a Unidade de Ensino
IESES Novo Hamburgo, tentaram invadir a minha residência, na época localizada
na Rua Peru n° 785 – Bairro São Luiz – Canoas
https://youtu.be/e5tz1pW2UdU (08/03/2015)
https://youtu.be/RlBluU-lR7E (15/03/2016)
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