O 13° Salário, instituído no governo do ex-presidente Getúlio Dornelles Vargas, para corrigir uma injustiça social para com os trabalhadores, não se trata de um prêmio, um privilégio ou generosidade do governo, mas o pagamento do que foi devido pelos empregadores aos trabalhadores durante o ano. |
Pois bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática, mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem da retórica enganosa.
É preciso lembrar que o 13° Salário, no Brasil, foi uma inovação do ex-presidente Getúlio Dornelles Vargas - o pai dos pobres -, buscando resgatar as perdas que os trabalhadores da iniciativa priva vinham tendo, e que nenhum governo depois dele mexeu nisso. Por quê? Simplesmente porque o 13° Salário, na realidade, não existe. Sempre foi um engodo, uma demagogia dos governantes e dos políticos.
O 13° Salário é uma das mais escandalosas de todas as mentiras dos "donos do poder", que se intitulam "capitalistas" ou "socialistas" e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.
Vamos demonstrar essa GRANDE E DURADOURA MENTIRA através de um exemplo aritmético prático e simples. Suponhamos que você ganha R$ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, no final do ano, um total de R$ 8.400,00 por 12 meses de trabalho. Multiplicando-se R$ 700,00 X 12 meses = R$ 8.400,00. Em dezembro o generoso governo manda, então, pagar-lhe o conhecido 13° salário. Assim, RR 8.400,00 + 13° salário = R$ 9.100,00. São R$ 8.400,0 a título de salário anual + o 13° salário R$ 700,00 (tido como uma espécie de prêmio) = R$ 9.100,0 como total de ganhos (brutos) no ano.
Vamos, agora, a um simples e rápido cálculo aritmético:
Se o trabalhador recebe R$ 700,00 por mês e o mês tem 4 (quatro) semanas, significa que ganha R$ 175, por semana. Salário mensal de R$ 700,00 dividido por 4 semanas (do mês) = R$ 175,00 por semana.
Um ano tem 52 semanas (confira no calendário quem tiver dúvidas). Então, se multiplicarmos R$ 175,00 (salário por semana) por 52 semanas que tem o ano, teremos um resultado = R$ 9.100,00. R$ 175,00 (salário semanal) X 52 (número de semanas do ano) - R$ 9.100,00.
O resultado acima é o mesmo valor do Salário ganho num ano + o 13° Salário. Surpresa? Onde está, portanto, o 13° Salário, que pagam aos trabalhadores como se um privilégio?
A resposta é que o governo, que é quem faz as leis, lhes rouba uma parte do seu salário durante todo o ano pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31, quatro a cinco semanas. No final do ano, e ainda parcelado, o generoso governo presenteia o trabalhador, especialmente o da iniciativa privada, com um 13° salário, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador no decorrer do ano.
Se o governo retiar o 13° Salário dos trabalhadores e funcionários públicos, o roubo é duplo. Daí que NÃO EXISTE NENHUM 13° SALÁRIO. O governo apenas manda o patrão DEVOLVER o que sorrateiramente foi tirado do salário anual do trabalhador. Ou seja, o 13° Salário é a devolução de um dinheiro que foi negado ao trabalhador durante o ano, mas sem juros e sem correção monetária.
CONCLUSÃO: Os trabalhadores recebem pelo que já trabalharam e não como um adicional, "cheirando" a prêmio ou privilégio.
13° Salário não é prêmio, nem gentileza e nem concessão. É simples pagamento, sem juros e sem correção monetária, pelo tempo trabalhado nas 52 semanas do ano.
NOTA DO BLOGUEIRO: Quem tem prêmio, mas não trabalha para fazer jus a tanto, são os deputados, senadores e vereadores que chegam a receber o 14° e o 15° salários por ano, sem contar as demais mordomias e direitos auto-contemplados, os quais não passam de uma forma oficial e legalizada de "roubar" o dinheiro público e "enriquecer ilicitamente", porém sustentados em lei que os auto-beneficiam, enquanto que o trabalhador da iniciativa privada não tem esses mesmos direitos. São os excluídos, socialmente.
Os trabalhadores, considerando o 13° Salário, recebem o equivalente a 52 semanas por ano, enquanto que os senadores, deputados e muitos vereadores, além de recebem polpudos e abusivos salários, sem contar as mordomias, recebem o equivalente a 60 semanas por ano. Ou seja, o ano para o trabalhador é de 365 dias, mas para os políticos é de 379 dias.
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