Além de d. Marisa, ninguém tem nada a ver com a vida sexual de Lula. Mas acontece que o procedimento dele como governante foi indefensável.
Por Carlos
Newton
Para
o PT e o governo, vale tudo na tentativa de defender o comportamento amoroso
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro caso que está sendo
recordado é o romance do então presidente Fernando Henrique Cardoso com a
repórter Miriam Dutra, que lhe rendeu o reconhecimento de um filho que
recentemente o DNA mostrou que não era dele.
O affaire com FHC, aliás, foi ótimo para a
jornalista, que não apenas tornou o filho detentor de uma herança milionária,
mas ela própria passou a desfrutar de uma sinecura perpétua na Espanha, onde
há décadas vive sem trabalhar, mas recebendo salário da TV Globo, que no caso
agiu como alcoviteira, digamos assim.
Para
justificar Lula, seus fanáticos seguidores citam também o ex-presidente John
Kennedy, que não podia ver mulher e teve caso até com uma brasileira, a
lindíssima Regina Léclery. Eles não esquecem – é lógico – de Bill Clinton e
sua estagiária gordinha, a Monica Lewinsky, que gostava de fumar charuto
agachada no Salão Oval da Casa Branca, vejam só como os políticos são
criativos.
Nessa
ânsia de arranjar desculpas para Lula, daqui a pouco os jornalistas
amestrados que vivem à custa do governo certamente vão lembrar de Juscelino
Kubitschek e sua paixão pela belíssima socialite Lucia Pedroso. E acabarão
citando também dom Pedro I e a romântica Domitila de Castro, a Marquesa dos
Santos, para mostrar que a História é rica em infidelidades governamentais.
Mas, na verdade, não é disso que se trata no caso Lula/Rose.
ÀS CUSTAS DO GOVERNO
O
problema atual não pode ser encarado como um simples episódio romântico,
digno de privacidade e até compreensão. As críticas que são feitas a Lula
nada têm a ver com amor ou sexo, que é um problema a resolver sozinho com a
esposa, dona Marisa Letícia, com Lula explicando à ex-primeira-dama por que
deixou de levá-la em 24 viagens internacionais, nas quais foram visitados 32
países, preferindo no próprio avião presidencial a companhia da segunda-dama,
com passaporte diplomático, ganhando diárias e tudo o mais.
Analisada
em profundidade, a questão de Lula é muito mais penetrante. Afinal, se um
governante jamais deve tomar decisões que o beneficiem pessoalmente, como
justificar que nomeie a própria amante para ficar junto a ele? Foi justamente
o que ocorreu.
Esse
é o fato. Usando recursos públicos, o então presidente da República criou por
decreto um órgão público exclusivamente para alojar a concubina e tê-la mais
próxima, como sua assessora imediata e direta, colocando-a à frente de um
pretenso Gabinete da Presidência da República em São Paulo, tão dispensável
que acaba de ser extinto pela sucessora Dilma Rousseff.
E
o pior é que Lula não somente criou a desnecessária função exclusivamente
para abrigar Rosemary Nóvoa Noronha, com carro oficial e três assessores, mas
também conferiu a ela poderes republicanos de influir na formação e nos
negócios do governo e a indicar autoridades para altos postos nas Agências
reguladoras e no Banco do Brasil (cavando financiamentos milionários para a
empresa do ex-marido). Essa é a realidade, como se comprova nos e-mails
publicados diariamente pela imprensa.
Nem
FHC, nem Kennedy, nem Clinton, nem JK, nem dom Pedro I ousaram tanto. Como
diz o próprio Lula, jamais, na História deste país, um governante se
comportou tão idiotamente como ele.
E
ficou explicado por que a Polícia Federal desistiu de grampear as ligações
telefônicas entre Rose e Lula. Os assuntos tratados realmente só interessam
aos dois. É coisa de vida privada, não deve mesmo ter divulgação, e o país
não merece passar por tanto constrangimento e tanta humilhação.
NL. Enquanto se discute se Lula era o "Bebê de Rosemary", o "Bobo
de Rosemary", o "Bebum de Rosemary" ou o "Babaca de
Rosemary", uma coisa é certa: do jeito que ela mandava e desmandava no
Banco do Brasil, aquele banco, com certeza era o "BB de Rosemary"
(Fernando A. G.)
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domingo, 23 de dezembro de 2012
A VIDA SEXUAL DE LULA
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