1) José Carlos da Silva Arouca - Indenização: R$
2.978.185,15 - Pensão
mensal: R$ 15.652,69. - Relator: Márcio
Gontijo.
2) Antonieta Vieira dos Santos - Indenização: R$ 2.958.589,08 - Pensão mensal: R$ 15.135,65. - Relator: Sueli Aparecida Bellato.
3) Paulo Cannabrava Filho - Indenização: R$ 2.770.219,00 - Pensão mensal: R$ 15.754,80. - Relator: Márcio Gontijo.
4) Renato Leone Mohor - Indenização: R$ 2.713.540,08 - Pensão mensal: R$ 15.361,11. - Relator: Hegler José Horta Barbosa.
5) Osvaldo Alves - Indenização: R$ 2.672.050,48. - Pensão mensal: R$ 18.095,15. - Relator: Márcio Gontijo.
6) José Caetano Lavorato Alves - Indenização: R$ 2.541.693,65 - Pensão mensal: R$ 18.976,31. - Relator: Márcio Gontijo.
7) Márcio Kleber Del Rio Chagas do
Nascimento - Indenização: R$ 2.238.726,71
- Pensão mensal: R$ 19.115,17.
- Relator: Márcio Gontijo.
8 ) José Augusto de Godoy - Indenização: R$ 2.227.120,46 - Pensão mensal: R$ 12.454,77. - Relator: Sueli Aparecida Bellato.
9) Fernando Pereira Christino - Indenização: R$ 2.178.956,71 - Pensão mensal: R$ 19.115,19. - Relator: Márcio Gontijo.
10) Hermano de Deus Nobre Alves - Indenização: R$ 2.160.794,62 - Pensão mensal: R$ 14.777,50. - Relator: Vanda Davi Fernandes de Oliveira.
O ranking dos 10 mais da lista dos
anistiados políticos soma R$ 25.439.875,94 em indenizações. A
quantia é suficiente para instalar, por exemplo, 26 mil
computadores em escolas públicas ou equipar 31 hospitais com
aparelhos de tomografia. As cifras aparecem na folha de pagamento do
Ministério do Planejamento.
A identificação dos beneficiários
exige uma demorada busca na coleção do Diário Oficial da União. Todas
as indenizações foram aprovadas pela Comissão de Anistia. Quem nomeou
essa “Comissão de Anistia" ?
O n° 1 da lista, José Carlos da Silva Arouca, recebe,
regularmente, todos os meses os R$ 15,6 mil da pensão. Fica a pergunta: O que ele fez pelo Brasil para merecer
tanto dinheiro?
“Eu era filiado ao Partidão”, conta em
tom orgulhoso, chamando pelo apelido carinhoso o velho Partido
Comunista Brasileiro. “Tinha uma militância política muito intensa
junto aos sindicatos”. Em 1999, 20 anos depois da anistia, Arouca
se tornou juiz do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Aposentou-se
em 2005 e, no mesmo ano, foi contemplado com a indenização
milionária.
Terceiro do ranking, Paulo Cannabrava
Filho,conseguiu R$ 2,7 milhões, além da pensão de 15.754,80 por mês. Presidente
da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos
Jornalistas Profissionais, Cannabrava recebe o equivalente ao salário
médio de um editor. Procurado por VEJA.com, exigiu que a pergunta
fosse feita por e-mail. Atendida a exigência, respondeu com
admirável concisão: “A VEJA digo: nada a declarar. Assunto
encerrado”.
Os beneficiários das boladas gostariam
que o assunto fosse sepultado para sempre. Os brasileiros que
pagam a conta discordam.
O quarto da lista, Renato Leone Mohor,
também premiado com R$ 2,7 milhões, teve a reparação equiparada ao
salário médio de um chefe de redação: R$ 15,3 mil. Encerrou o
telefonema ao saber que conversava com um repórter de VEJA.com. “Este
número é confidencial e não vou te atender, amigo”.
Entre os relatores, o campeão da
generosidade com dinheiro alheio é o advogado Márcio Gontijo, com seis dos 10 nomes entraram no ranking
graças ao parecer favorável do conselheiro perdulário. “Eu sou o conselheiro mais antigo da
Comissão, muitos processos já passaram pelas minhas mãos”, desconversa
Gontijo. E quais foram os critérios que ampararam a gastança? “Eu
me baseio na lei”, acredito. Ninguém sabe exatamente a que lei se
refere.
Por estas e outras é que querem
ressucitar a CPMF.
Do blogueiro: Tal quadro, juntando-se a essa "vergonha nacional", que apenas priorizou alguns poucos privilegiados ou apadrinhados com indenizações exorbitantes e pensões absurdas e injustificadas, vem os militares que, depois de desencarnarem, a esposa ou filha ficarão "premiadas" com a pensão vitalícia. Tudo mais sem considerar os absurdos abusos com que tratam o dinheiro público, pagando quantias milionárias aos senadores e deputados federais com direito a aposentadoria após dois mandatos, deputados estaduais e vereadores e mais ainda, os governadores e presidentes que, quando deixam o poder, passam também a receber pensão vitalícia de valores estratosféricos, somando-se as mordomias.
Se o governo brasileiro, os políticos e as elites dominantes não se aterem a tais questões, não será de se duvidar que amanhã ou depois o Brasil poderá se tornar uma nova Grécia. E tudo por inconsequência, irresponsabilidade, privilégios abusivos e mordomias inadmissíveis que há longo tempo vem sendo concedidas a governantes, políticos, magistrados, promotores e o próprio funcionalismo público dos três escalões: federal, estaduais e municipais.
Quem viver, poderá comprovar!
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