sábado, 25 de agosto de 2007

PIRIRIS $ PORORÓS 1

*** Folgo em saber que este novo jeito de fazer coluna tem a aceitação de muitos leitores. Tanto que alguns reivindicaram o seu retorno. Então, vamos em frente!
*** Sabedores de que o próprio acabou cavando a sua própria sepultura à prefeiturável estão folgando. Faltaram os foguetórios. *** Isso me leva a relembrar a atitude dos cabideiros que, na década de 70, quase botaram a baixo o Edifício Schiavon, depois de anunciada a saída do correto prefeito DCC *** Meu office-boy Johnny Poster passou a andar rindo à toa quando soube dessas histórias. *** E só sossegou depois de falar: "Não se pode confundir quem pode com quem é poder", disse-me, sabiamente. *** Confesso que me surpreendi com sua visão e consciência. *** Me conforta Johnny Poster, ao dizer que é apenas uma questão de cultura e que tal poderá desvendar o que se esconde por debaixo do véu. Ou do tapete. *** Semana que passou no castelo da baronesa Barcova, uma senhorita very sex-appeal ficou extarrecida com as histórias sobre um "petrodólar" citadino. *** Quem será o dito? *** A sensualíssima Dolly Butterfly anda num invejável vaivém em seu novo e flamante zero. A gasosa não é adulterada. Isso é coisa que só acontece em São Paulo. *** É a velha história - ou seria adágio? - de que "Deus ajuda quem cedo madruga". *** Fortunas se constróem na quietude das madrugadas. *** Johnny Poster comentou a boca pequena sua indignação e, com ar de desconfiado, diz que fica intrigado quando aparece na televisão, jornais ou revistas uma moça bonita, sem profissão específica, e logo a rotulam de "atriz e modelo", sem que nunca alguém as tenham visto em alguma peça de teatro, filme, novela ou pisando numa passarela. *** Isso é coisa da "vereda tropical", diria Cae Velô. *** Ouço de um amigo, que diz "é o teu professor de balé", quando atende ao telefone, que apesar de baratinado com o que está acontecendo na city, não se mostra surpreso. *** Aí fiquei me questionando cá com meus botões, também baratinados, que muita coisa era corrente, só alguns não sabiam até então. *** Aí, ao ler o que havia escrito, meu dedicado office-boy questionou: "O que é cabaré?" Logo expliquei: "Não é o que você a princípio pode estar pensando. É uma casa de diversão onde se bebe e dança (não se come, até porque não tem buffet) e, em geral, se assiste a espetáculo de variedades. "Ah, bom!", disse ele aliviado. *** Desabafo da Baronesa Barcova: Hoje a safadeza tem merecido melhores reconhecimentos do que a moral e a ética. Essas, pelo que se constata, está em baixa, por fora. E ensina: Quem quiser se dar bem, social e financeiramente, que se junte ao time dos safados, ou enfretará muitas dificuldades. *** O desabafo foi ouvido também pelo atento office-boy Johnny Poster e concluiu que não se referia apenas a certas colunas sociais que tem privilegiado os espertos (no mau sentido) em preterição aos colunáveis com moral e ética. *** A conversa indignada tinha a haver com um certo e tradicional evento que tem distinguido, usando o mesmo diapasão, como o modelar caso de um estelionatário (condenado criminalmente em processo transitado em julgado) que está sendo processado, inclusive, pelo próprio clube da aristocracia. Aí estão nivelando todos por baixo. *** Tão ou mais constrangedor foi a "homenagem de revival" a certos ex-membros da organização do tradicional evento. Para alguns era extremamente embaraçante, até por isso sequer compareceram à festa. *** Há certos feitos, como ressaltou a bela e sensual Dolly Butterfly, que merecem ser melhor avaliados para que não provoquem o constrangimento dos "homenageados". *** Comentário de um colega do meio (a pedido o anonimato): "Tinha gente saltitando porque a La Stampa tinha parado de circular". Agradeci e disse-lhe: "Diga-lhes que não se apoquentem, pois ainda há fôlego. *** Tem muita gente por aí dizendo que está grilada. Pois lhes digo: Isso é coisa de quem está apenas a encangar grilos. *** Largos comentários dão conta de que estão vendendo o último clube criado, inicialmente, com o propósito de ser o clube da aristocracia citadina. E tem associado se indignando. *** Se deveras, Canoas está socialmente na ladeira da predestinação. Antes "cidade dormitório de Porto Alegre", agora "sala de espera" de salões sociais. E um dos responsáveis, sabidamente, continua solto. *** Quem está adorando, além de alguns poucos, obviamente, é a Baronesa Barcova, que ficará com o único salão digno de receber selecionados da nata social. *** Ao contrário do que a maioria dos políticos andam balelando, largamente, como disse um filósofo da periferia, "num país aonde há uma escalada de escândalos de corrupção - no popular, roubalheira - e ninguém é condenado e preso, não há democracia". *** Na realidade, são cerca de 380 bilhões / ano que se esvaem pelos ralos cavados pelos corruptos. E aí: Será que ele está errado? *** Lamento que não exista mais o Bar do Tio João, "o bar mais politizado da cidade", como avisava uma faixa na parede. Lá se discutia também essas coisas *** Com certeza, estaria em pauta a deslavada impunidade, e o debate sobre a verdadeira democracia. *** Depois de tanto ... Bem, deixa prá lá. É melhor pensar na Dolly Butterfly. Aí é tesão e não gana. *** Prá encerrar o je de mots ou, no bom e rebuscado sotaque acadêmico, calembur: Atenção, porque a chuva é de canivete aberto, e o baile de bota prá escapar das insaciáveis gibóias, cascavéis e jararacas! Ou você é dos que não tem medo de cobra?