quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Saiba a diferença entre medicamentos de REFERÊNCIA, GENÉRICOS e SIMILARES

"O remédio de referência tem sua qualidade comprovada cientificamente, bem como o genérico - este, no entanto, não possui uma 'marca', é conhecido apenas por sua substância ativa. Já o similar não tem a bioequivalência comprovada. Somente pela embalagem não é possível diferenciar os de referência dos similares, enquanto o genérico possui uma tarja amarela que o identifica".
Faz alguns anos que os termos medicamento genérico, similar e de referência passaram a fazer parte do vocabulário cotidiano de médicos, pacientes e farmacêuticos - mas ainda assim muita gente fica em dúvida na hora de decidir entre eles. Os remédios genéricos têm o mesmo efeito dos tradicionais? Por que são mais baratos? Qual a diferença entre genérico e similar? Conversamos com Terezinha de Jesus Andreoli Pinto, diretora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), que responde essas e outras dúvidas sobre o assunto. Confira.

0 que é medicamento de referência? 
É o remédio inovador cuja eficácia, segurança, qualidade e biodisponibilidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal responsável na ocasião do registro. Está há muito tempo no mercado, é bastante conhecido e, geralmente, foi o primeiro remédio que surgiu para curar determinada doença. Quando o inovador ou a referência não possui registro no país, considere-se referência o produto líder de mercado, com eficácia, segurança e padrões de qualidade comprovados.

E o genérico? 
É o que possui o mesmo princípio ativo, o mesmo efeito, as mesmas contra-indicações, a mesma dosagem, a mesma forma farmacêutica (drágea, líquido, pomada, injetável) e a mesma indicação terapêutica de um medicamento de referência. Ambos são intercambiáveis, ou seja, é possível tomar o remédio genérico no lugar do tradicional e vice-versa, com toda segurança. O que pode variar de um genérico para um produto de referência são os chamados excipientes - substâncias inertes que são agregadas à medicação para tornar seu uso mais adequado (corantes, lactose, espessantes etc.).

Já o similar... 
É o que tem o mesmo princípio ativo do remédio de referência, a mesma concentração, via de administração, forma farmacêutica, posologia e indicação, mas não tem bioequivalência comprovada. Em outras palavras, não pode substituir o de referência porque, apesar de garantido pelo Ministério da Saúde, não foi comprovado se a quantidade e a velocidade com que é absorvido pelo organismo são equivalentes ao medicamento tradicional.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES & CONTRADIÇÕES

Pois, lendo o que foi postado acima e publicado no site Vivasaúde online, observa-se que os medicamentos genéricos, apesar da garantia de conter o mesmo princípio ativo (fármaco), os mesmos efeitos, as mesmas contra-indicações, a mesma dosagem, a mesma forma farmacêutica e a mesma indicação terapêutica de um medicamento de referência (marca), porém não diz se deve ter a mesma quantidade (por exemplo: 20 ml ou "x" comprimidos ou drágeas), o que poderá ser um dos ingredientes para a diferença no preço.

Por outro, os similares, ainda que alertado que não pode substituir os de referência (marca), apesar de garantido pelo Ministério da Saúde, não foi comprovado se a quantidade e a velocidade com que é absorvido pelo organismo são equivalentes ao medicamento tradicional.

1) Se assim como que o Ministério da Saúde garante sua validade e permite a sua comercialização? 

2) Se a sua bioequivalência - a do similar - não está comprovada, assim como também não é definida se contem a mesma quantidade de produto, como se ter a certeza de que se está efetivamente pagando menos por um mesmo produto?

3) Se todos os medicamentos de REFERÊNCIA, GENÉRICOS e SIMILARES tem a garantia do Ministério da Saúde e a liberação pela Anvisa, qual o argumento para se ter o mesmo medicamento com três apresentações e o preço igualmente diferente?

CONCLUSÃO: TRÊS BOLAS IGUAIS COM CORES E PREÇOS DIFERENTES

O que se pode concluir de tudo que aqui se leu sobre medicamentos de referência, genéricos e similares restam grandes e incompreensíveis dúvidas, as quais foram expostas nos três Itens acima. Isso, apenas para ilustrar melhor a questão que mais parece um embrólio ou engodo do que uma explicação científica, compreensível e plenamente aceitável, seria o mesmo que se produzir três bolas de futebol de formato, peso, tamanho, qualidade e durabilidade iguais, porém com cores em vermelho, azul e amarelo e atribuir a cada bola um preço diferenciado apenas e tão somente levando-se em consideração a sua cor.

Difícil um entendimento claro e consciente, mesmo para quem é ilustrado e até conhecedor da medicina, sob o ponto de vista do que foi exposto sobre as três apresentações de um mesmo medicamento, porém de referência (marca), genérico e similar. Enfim, essa é a política que vigora e que temos que acatar por imposição do sistema.

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