sexta-feira, 2 de março de 2007

Presentes aos internautas



Prêmios para a galera. A partir de hoje estarei presenteando 10 internautas que acessarem e postarem seus comentários neste blog com livros de minha autoria. Serão cinco exemplares de "Desatando o Nó da Gravata", publicado em 1996, e cinco exemplares de "Locomotivas - Um Tributo à Mulher", publicado em 2001. Portanto, os 10 primeiros que postarem comentários dizendo o que acham, críticas ou sugestões, levarão um presente.


Todos apostos no "patidor". Foi dada a partida ..

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Lavanderia CEF

A cada feito ilícito, me torno mais cético quanto o isenção e a independência da mídia tupiniquim. Uma isenção e uma independência que tem servido de brigas intermináveis. Porém, quando é para mostrar que realmente é isenta e independente, os chamados grandes veículos se mostram ao reverso.

Já no ano passado houve denúncias de que a Mega Sena servia de "lavagem de dinheiro" a muitos membros das elites "fora da lei". No final de semana novas denúncias vieram à tona, e feitas pelo mesmo deputado. Ganhadores acertaram, não exatamente o prêmio maior, mas centenas de vezes prêmios menores. Um tem tanta sorte, mas tanta sorte que já "acertou" 525 vezes na quina da Mega Sena. Isso me leva à lembraça do "abençoado pela sorte", o ex-deputado João de Deus, que "acertara" mais de quatrocentas vezes nos prêmios da Mega Sena.

As notícias na mídia foram en passant, logo depois da denúncia. No dia seguinte, ao contrário do que foi feito com a barbárie da morte do menino João, que ficou no ar por cerca de doze a quinze dias, a mídia simplesmente se omitiu. Acumpliciou-se. Não quero acreditar que haja uma perfeita afinação da mídia com a Caixa Econômica, e menos uma blindagem.

Mas que é muito, muitíssimo estranho, isso é.

Segundo a Constituição, a chamada Carta Magna, tem sido desrespeitada uma multiplicidade de vezes pelos próprios legisladores. Assim, num país onde o jogo de azar é taxativamente proibido, logo uma estatal é quem faz o papel de "banca" e detém e controla o maior Cassino, quiçá, do mundo. São cerca de oito opções de apostas. Como não fosse suficiente, vem aí - não percam torcedores doentes - a Clubemania. Façam logo suas apostas, a "caixinha já vai correr". E não deixem o seu clube do coração quebrar ... e nem os pobres e bem intencionados cartolas. Estes em especial!

Uma nova loteria (os governos encontraram um belo e facilitado nicho, tornado legal, para tirar mais dinheiro do povo) que, além de mais uma vez tomar o dinheiro dos crédulos e ingênuos, servirá para acoberta os rombos deixados pelos cartolas dos times de futebol. E, como já é praxe nesse sempre espoliado "patropi", quem vai pagar essa monstruosa conta é o povo. Digo, os fanáticos torcedores.

Quem viver, verá!

Observatório 3

* Com todo esse desdobrar que ainda e cada dia mais vai haver, sensatamente, quem perde, administrativamente, com certeza e sem a menor sombra de dúvidas, é Canoas e os canoenses. Enquanto existir esse ti-ti-ti em torno de prováveis candidaturas as obras ficam paradas e os serviços perdem em eficiência e qualidade ... mas o carnaval e as festas ganham em “quantidade”.

* O caso do desabamento nas obras do Metrô, em São Paulo. Um governador que assina um contrato com o “Consórcio Via Amarela” (um pool de empreiteiras), e que obriga o Estado a pagar pelo serviço, sem poder fiscalizar - só mediante pagamento de multa contratual -, comete, no mínimo, um crime contra o patrimônio público e o erário. Assim procedeu o ex-governador Geraldo Alckmin no caso das obras do Metrô. Foi o que a mídia demonstrou, mas não disse claramente.

* Encontro casual me revelou que a Fundação Cultural de Canoas recebe uma verba oficial, ou seja da Prefeitura Municipal de Canoas, de R$ 300 mil / ano, além das contribuições espontâneas e as taxas cobradas dos diferentes cursos lá realizados. O presidente e uma funcionária da FCC são funcionários públicos. Além da consevação do material e das exposições, apenas dois funcionários com simples funções recebem salário, como a faxineira. E dizem que faltam recursos?

* O sonegador de tributos, cuja grande maioria pertence a elite dominante, tem que ser tratado como “criminoso comum”, sem privilégios e delongas jurídicas. No período de 2002 a 2006, no Estado, denunciou um levantamento do atual governo estadual, a sonegação chegou próximo aos R$ 7 bilhões, excetuados os períodos anteriores. Para 2007 a sonegação estimada – pelo atual governo da paulista Yeda Crusius - é de R$ 1 bilhão e 100 milhões.

E existem apenas 421 fiscais da Receita, enquanto, que os ineficazes CCs estaduais e municipais (os “trenzinhos da alegria”, mais acomodam familiares e parentes, num desavergonhado nepotismo). Nos poderes executivos e legislativos, pululam abusivamente, sem que apresentem resultados positivos aos contribuintes.

* A paulista governadora dos gaúchos, Yeda Crusius, assegurou durante a campanha, que iria por a casa em ordem quanto a questão das despesas. Pois, não é que a primeira medida foi pedir aprovação à Assembléia Legislativa para aumentar impostos. Prá quê? Para que os “criminosos da apropriação indébita” se locumpletem ainda mais? Basta cobrar, com a parceria e agilidade do Judiciário, o que foi sonegado que a casa ficará em ordem, sem mais sacrifícios da sociedade. Em quatro, conforme levantamento e anúncio do atual governo, anos foram R$ 7 bilhões sonegados. E Yeda Crusius irá tomar as medidas legais e punitivas cabíveis?

* Pois, está mais do que na hora de se criar leis, objetivas e sem dubiedade, para acabar com os “trenzinhos da alegria” (leia-se CCs) - e pior, sem limites -, assim como tratar a corrupção e a sonegação como crimes hediondos. Portanto, sem direito à fiança e outras costumeiras e casuísticas benesses jurídicas sempre reconhecidas em favor dos políticos e membros da elite feudal.

* Pois, fico sabendo, oficiosamente, o que me remete ao caso da suspeita extinção do Grêmio Niterói e me faz incrédulo, que, além da perda de uma ação trabalhista na ordem de R$ 23 mil, o Canoas Country Clube teria negociado (?) um terço da sua nobre área de 21,5 hectares.

Por falar nisso, seria interessante ter notícias sobre o Processo Nº 00800472654, que o “Clube Verde e Prata” move contra o ex-presidente, que gestou o clube de 1994 a 1998, e teria, eram os comentários à época, provocado um “rombo” de US$ 100 mil (leia-se dólares).

* Ouço, e não quero acreditar, que o tradicional Clube Cultural Canoense, fundado em 1933, anda às voltas com uma dívida resultante de encargos sociais na ordem de R$ 240 mil

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Observatório 2

* Correndo, agora por fora do que já foi evidente, a candidatura do hoje vice-prefeito Jurandir Maciel que, obviamente, deverá trocar de legenda, saindo da conflagrada lista de candidatos do PTB, onde virou "fritada na chapa". Mas é o candidato com as melhores chances se souber compor. Jurandir Maciel já deixou passar uma grande oportunidade. Agora terá que ser politicamente astuto para formar uma nova e imbatível chapa.

* Pela raia da coréia, e até por não contar com o apoio e a simpatia da maioria dos seus correligionários de partido, deverá fazer páreo o ainda peessedebista Ayrton Souza, cuja aceitação no último pleito para a Assembléia Legislativa o crendencia como candidato à Prefeitura de Canoas.

* Os prováveis candidatos não páram por aí. Jairo Jorge, que já concorreu a prefeito e já foi o vereador mais votado em Canoas, nas eleições de 1982, vem com força para a disputa: é o atual pró-reitor para Assuntos Institucionais da Ulbra. Concorre, internamente, com o deputado federal Marco Maia, super bem votado nas últimas eleições.

* Outras dobradinhas, nada descartáveis e tornadas cartas guardadas na manga, poderão se formar com o andar da carruagem, como Coffy Rodrigues (PDT) e Nedy Vargas Marques (PTB) e Jurandir Maciel (a escolher um partido) e o candidato que será indicado pelo PT. É como jogo de truco: é pagar prá ver!

* Em suma: ou teremos uma enxurrada de candidatos e aí será difícil arriscar um prognóstico, ou vai acontecer uma montagem com o propósito de não diluir e nem abrir brechas e correr o risco de entregar o comando da política local a outra corrente. É exatamente isso que os tucanos e os petebistas não querem.
Por enquanto muita especulação, mas poderá estar havendo, como no jogo de truco, um blefe decisivo.

* Na última eleição para Presidente da República e o governo do Estado, viu-se o atual "establishment" em queda. Lula e Olívio Dutra, em Canoas, fizeram mais votos que os oponentes Geraldo Alckmin e a eleita governadora Yeda Crusius, mesmo com o total apoio do grupo dominante. Esse é um ponto que está sendo levado em conta pelos prefeituráveis opositores
.

Observatório 1

* Canoas, em termos de investimentos (prestação de serviços à comunidade) anda aos trancos e barrancos, com saldo zero, enquanto a preocupação dos políticos está centrada, quase exclusivamente, na sucessão em 2008. Daí surgirem, conforme as especulações e os pantins, diferentes candidatos à sucessão do reeleito Marcos Ronchetti.

* E nesse vem e vai de possíveis composições, não há como esconder uma provável chapa que faça o "roque" (no xadrez, o ato de trocar a torre para proteger o rei). Assim, é assunto nas rodas políticas, e as nem tanto, uma dobradinha: deputado estadual Coffy Rodrigues e a primeira-dama Rose Santos. Se a lei permitir!

* Outra candidatura, dentro da linha dos preferenciáveis dos "partidos primos consagüíneos" locais, PSBD e PTB, e que é sempre pauta das tais rodas, é o vereador Nedy Vargas Marques.

* É pouco, pouquíssimo provável, apesar das insistentes especulações, que o plenipotenciário Secretário de Governo entre na briga por uma vaga de candidato a prefeito. A sua posição nunca foi de goleiro, ele é "capitão", e joga de centromédio, comandando e distribuíndos as jogadas. Quem entende de futebol, sabe!

A questão da criminalidade

A cada ato ou feito de perversa magnitude ou barbárie, como o caso do menino João arrastado por cerca de sete quilômetros ou o serial de incêndios em São Paulo, as tomadas de medidas para as soluções passam a florecer alimentando a expectativa de que a partir daí se terá atitudes, revisão do Código Penal com leis mais severas, que extirpem de vez as decisões de impunidade e reformulações pertinentes ao compotamento dos cidadãos, que tais atos ou feitos não mais se repetirão. E assim, se arrastam e se perdem em vãs discussões, debates, cansativas e repetitivas reuniões, troca e desencotros de opiniões. Há uma indolência e um desinteresse tão óbvio de parte das elites (e aí inclue-se os ditos "organismos vivos", que se dizem repreentantes dos mais diferentes segmentos e setores da sociedade produtiva; a OAB, o Judiciário, o Congresso e o próprio governo), que é em vão se alimentar expecatativas quanto às soluções.

A mídia, o governo, os políticos, a elite e a sociedade não se entendem. Não se enquadram nos mesmos propósitos. Cada qual inventa um pretexto e acaba puxando para o seu lado as formas de erradicar a violência e a criminalidade, quando na realidade a raiz desse mal está enrraigada no seio dessa mesma elite protelante. E tudo acaba se esvaindo na futilidade dos debates e das discussões, enquanto o crime, mais ágil e mais desesperado à busca dos seus propósitos, se mostra distanciadamente competente.

Se não buscarmos a solução pelos caminhos da educação (ensino), do emprego com salários que possibilitem um mínimo de dignidade aos cidadãos, de uma legislação efetivamente penalizante, sem a gama interminável de benesses jurídicas, feitas, primeiramente, para beneficiar os "fora da lei" membros dessa mesma elite dominante, e que, por fim, acaba servindo a privilégios jurídicos também aos grandes grupos e às organizações criminosas, não teremos, com a mais consciente convicção, sequer o mais tênue fio de esperança de que tais bárbaries tenham, não um fim, ao menos uma gradativa limitação.

Fora disso - e perdoem-me o invergável ceticismo - não encontramos no que crer para uma melhora, uma diminuição da violência e da criminalidade no Brasil. Se não têm como se educar, como trabalhar e nem o que comer ... a questão é mais do que manifesta de que só fazendo valer a "lei da selva" para sobrevier. Enquanto, ao redor das favelas, dos lixões que alimentam milhares ou milhões de brasileiros famélicos, pululam suntuosos arranhas-céus, milionários - e a maioria impunemente, ainda que através da gama de atitudes ilícitas e previstas no CPB - banqueteando alarmadamente nas mais diferentes colunas dos jornais, espaços de televisões, páginas virtuais, o sentimento bnafejado pela miséria e pela fome, continuarão abastecendo o senso de vendetta.

As alegações, que viraram síndrome da mesmice sintomática, portanto sem fundamentos convincentes, é de que não há recursos. Não há para a Educação, para a Saúde, para a geração de empregos, para dar dignidade e qualidade de vida aos cidadãos brasileiros, mas há para fazer vistas grossas aos crimes de sonegação fiscal galopante, aos crimes "lesa pátria" via corrupção incontrolável (tanto dos políticos como das elites dominantes, livremente), para o banquete esportivo do Pan do Rio 2007, que com a mais convicta certeza, alimentará - e muito - os caixas da mídia, e, também, sempre há recursos para o aumento dos congressistas sem previsão orçamentária, etc e etc.

E quando os governos (todos, indistintamente) falam em cortes de gastos, o fazem exatamente nas áreas da Educação, da geração de empregos, da Saúde, da Previdência Social, da Segurança Pública. Aí, como dizia aquele detetive: “é elementar, meu caro Watson”, não são cortes de gastos, mas cortes de investimentos nas áreas sociais. O que é uma puta pilantragem, uma baita safadeza, posto que os brasileiros pagam impostos para terem o devido e constitucional retorno em prestações de serviços., Mas, lhufas!

O resto, meus caros "watsons", é nada mais do que falácia, demagogia da mais rasteira, desculpas em nível forração. E o povo acredita ... que é sério. Que o que os políticos e a mídia diz é a mais pura verdade. É isso aí!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Haja brasilidade

Cada vez me sinto mais incrédulo quanto a uma mudança social e comportamental, prá melhor obviamente. E mais cético me torno quando vejo o Brasil praticamente parar prá assistir um vergonhoso programa como o BBB da Globo (nada mais do que um jogo de cartas marcadas prá faturar ... e muito). E vem logo em seguida de outra grande cretinice ibopesca que são as tais novelas globais. E mais drástica fica a situação quando percebo que "as marias vai com a outra" se dobram à mesma criatividade e ao mesmo talento.

Parem, observem e constatarão! A grade de progração das TVs são tão porpositadamente assemelhadas que, mesmo trocando de canal, penso estar na mesma emissora. Os apelidados "telejornais" são apresentados com a mesma diagramação, o mesmo esquema de apresentação com uma mesmice massificante e alienante. São tal e qual, desde a abertura ao fecho, apenas se diferenciam pelas imagens e as vozes dos apresentadores. Programas de humor ... Só se humor cáustico. E tem gente que acha graça e ri parecendo se esborrachar.

Nessas horas é que me dou conta quanta falta faz um Oscarito, com seus trejeitos improvisados e inimitáveis; um Grande Otelo desconsertante; um Mazaroppi e aquele seu jeitão caipira legítimo; um Chico Anísio e sua multiplicidade de personagens de humor agradável e inteligente; o humor cheio de inteligente ironia de um Juca Chaves, além de um compositor satiricamente mordaz.

O Brasil, no domingo, parou mais uma vez prá assistir a um descarado e multimilionário "mis-en-scène" mundial, patrocinado pela Acedamia Cinematográfica Norte Americana, festival de jogo encenado mais popularmente conhecido como "Oscar". Um perfeito jogo de truco.

O Brasil já havia parado, obsoluto, no que se conhecia, há anos passados, como "tríduo de Mômo". Daqui a pouco vem aí o Pan do Rio. Outro pândego motivo para não se poder ligar a televisão. Vai ser uma panacéia (remédio para todos os males) pandemônica insuportável. E tudo parte de truanices.

Nada, disso tudo, passa de uma grande e forjada pandilha. É como escreveu Viana Moog: "O nosso dever é dar ordem ao caos e ao pandemônio social do nosso tempo". Amém!

Enquanto isso, o "sábio e experto" brasileiro, financeiramente cada vez mais estressado (ou seria espoliado?), psicologicamente mais depremido e à beira de evolutivas crises de ansiedade, se entrega a alto preço à fé de oportunistas de plantão, que vão surgindo, como se brotos de trevo de três folhas em terra arada, em todas as esquinas do Iapoque ao Chuí. E, assim, dê-le dinheiro às enxurradas de églises que pululam per tutti i canti, para poder ter a fé, a benção e a solução de todos os problemas. E tutto in nome di dio!

Assim não há como resistir. Me sinto cada dia mais lânguido, mais penalizado e mais sofrido. E o pior é que mesmo não participando desses processos, estou compulsoriamente obrigado a arcar com seus reflexos e efeitos.

Et vive le ignorance !?!?!?