quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Não há mais tempo


LEGENDAS: 1) Anos 1953 ou 54 na Rua Santos Ferreira, em Canoas-RS. De pé: Osmar Pagot, Lui e Paulinho Bohn e Clarinha Mahfuz. Agachados: Dirceo e Chico Pagot, Wanderley (Piquinho) Mahfuz, Bruno Pagot e Marco Antônio Mahfuz.

2) Ano de 1960, o time do E. C. São José "B", campeão, da Rua Frederico Guilherme Ludwig. De pé: Antônio Fogaça, Norma Ren, a Rainha do Clube Neusa Bernardes, Leonora Ren e Carlos Gilberto Vargas. Agachados: Ademir D´Arrigo (Polenta), Odir Bertoletti, Felipe Collares e Francisco Antonio (Chico) Pagot.


3) Anos 60, as meninas da rua Frederico Guilherme Ludwig, em foto na casa do casal João e Rosa Venhofen: Eliane Theisen, Neiva Bernardes, Ivone e Iris Droescher, Margarida, Renato Droescher, Cristina e Neusa Bernardes.

O ziguezague dos tempos, as correrias e os atropelos da vida de hoje, tempos supersônicos em que a tranqüilidade e a paz coletiva forçosamente deixaram lugar às guerras eletrônicas via satélite. Guerras programadas com tempo, que nos roubam o tempo. Tempos em que as bombas, os tiros e tudo mais acontece dentro de nossas casas, na nossa sala de jantar, sobre nossas mesas, durante o almoço ou mesmo o jantar, o que é ainda pior. Foguetes teleguiados, granadas e balas que explodem nas nossas caras, e à vida de inocentes, ingênuas e dóceis crianças, que tembém não têm mais tempo para ter tempo de brincar com a critividade, com os sonhos traduzidos nos caminhãozinhos e nas bonecas. Século vinte: crianças-robôs, adultos impessoais.

Tempo em que não há mais tempo para nada. Não temos mais tempo para a família, nem para os filhos e muito menos para os amigos. Cada dia temos menos tempo. Até mesmo para viver. Só nos resta uma réstea de tempo para sobreviver uma sobrevivência que nos toma todo o tempo. Assim, só teremos tempo para chegármos mais rápido ao fim. Temos muita pressa. Todo o tempo é de pressa. Passa. Agora não dá!

Vou falar em saudade. "E por falar em saudade ...", intrometo em meio a este meu filosofar, que para alguns poderá parecer uma perda de tempo, um espaço do tempo que o "poetinha" Vinícius de Moraes dedicou do seu tempo para o tempo de romancear, tempo de cantar, de amar e de viver. Disse ele: "Houve tempo ... e eu vos digo: havia tempo / Tempo para a peteca e para a soneca / Tempo para trabalhar e tempo para dar tempo ao tempo / Tempo para envelhecer sem ficar obsoleto".

Ah! que saudade - e já vai longe - os tempos dos filós (os italianos e seus descendentes sabem bem o que é e o que representa o filó), quando se passava horas e horas conversando, cantando, enquanto se bebericava um bom vinho tirado diretamente da pipa, lá no interior de Garibaldi e Nova Prata, no fresco dos porões. (Não estou remetendo ao tempo da ditadura militar).

Ah! que saudades dos tempos juvenis em Nova Prata, ou já em Canoas, na rua Santos Ferreira, e mais tarde na Frederico Guilherme Ludwig. Eram manhãs/tardes/noites infindáveis de prazer. Prazer pelo jogar bola, pelo disputar do futebol de mesa, do pingue-pongue, do flerte com as meninas adolescentes da minha rua. Meninas que já ondulavam o corpo nun ziguezagueante molejo no andar. Um andar de requebros mais sensuais e insunuantes até.
Mas já não há mais tempo, nem mesmo para recordar. Estamos todos, todo dia, sem tempo. E o tempo que resta - se é que resta tempo - é de pressa. Na realidade sobrevivemos ao tempo da sobrevivência.

Pois é, não há mais tempo. Não há mais tempo para se brincar, para se jogar, para se descansar, conversar jogando conversa fora. Só há tempo para pouco tempo. Não há mais tempo para as amizades. Aliás, já desaprendemos como fazer e cultivar amigos. Os amigos, nesses tempos sem tempo, são conhecidos. Os amigos que ainda temos são os que ficaram. São os que se plantou e colheu em outros tempos

Haja tempo para tão pouco tempo. Tempo, ora bolas! O que é tempo se não um simples espaço de tempo, que a grande maioria não liga, não valoriza, não dá importância.
E quem terá hoje tempo para pensar e recordar os bons tempos?

E o tempo se vai. Se esvai. É, não há mais tempo. Aliás nesses tempos sem tempo, dei um jeito de arranjar um tempo. Um tempo para os amigos. Amigos, não conhecidos. Rebusquei no fundo do baú. E foi ótimo. E os amigos de tempos foram aparecendo num reencontro que há tempo eu desejava. Como foi bom e fez bem me encontrar com os amigos, ainda que por pouco tempo. Amigos que fui colecionando com o passar do tempo. E sabem a que horas fui arranjar esse tempo? A uma hora da madrugada. Aliás, um bom tempo para se ter tempo. Até porque lembrar é reviver. É ganhar com o tempo no passar dos anos.

Pois é! Foi tão bom que até tive tempo de relacionar os amigos um por um, e cada um a seu tempo. Amigos dos tempos de criança, tempos de adolescente e de alguns tempos mais recentes.

Tem que se ter tempo para falar tanto tempo. De tempo mesmo, e de se ter saco para escrever tanto tempo sobre algo que, para muitos, não representa nada: o tempo. Mas no final é confortante, pois, em se tratando de amigos, o tempo dedicado foi gratificante. Fez bem para o meu íntimo. Estufou o meu ego. Senti um enoerme prazer em reencontrálos a todos. A maioria ainda por aqui, talvez sem muito tempo também.

É importante que nesses tempos de vida atribulada, de corre-corres, de tempos em tempos se arranje tempo para curtir um tempo com os amigos. Hoje vivemos, todos, tempos de massificação, tempos novelescos e tempos de alienação que deixa um vazio no tempo.

Em falando nisso, por diversas vezes me perguntei porque será que a Igreja Matriz não tem em sua torre um relógio onde Canoas e sua gente pudesse ver o tempo? Mesmo que pelo simples fato de vê-lo passar. É quase uma tradição todas as principais igrejas de cada cidade terem um relógio na torre. Mas ainda há tempo!

Há que se refletir sobre a questão "Não há mais tempo". Não podemos ficar presos ao tempo, mas também não podemos esquecer de ter tempo para quem nos ligou no tempo. Pois amanhã poderemos estar literalmente sem tempo. E aí poderá ser tarde demais.

Há uma questão a ser colocada. Nesse tempo será que não perdi tempo? Ou, talvez, foi o tempo que me ganhou?

Bem, sem mais perda de tempo, nesse tempo sem tempo, tirei um tempo para lembrar dos amigos de tempos. Me dei ao tempo de relacioná-los um por um os que cultivei todo o tempo.
(Aí vem uma relação extensa, por isso não relacionada).

Aos meus outros amigos não lembrados nesse curto espaço de tempo, e por isso não citados, minhas desculpas, pois não há mais tempo. (Escrito em junho de 1991)

* Clique sobre as fotos para amliá-las.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Osvaldo Alvarez e o resgate da imprensa


Há dias que somos surpreendidos com fatos e feitos que nos fazem ver e sentir que vale a pena viver. E viver com intensidade e plenitude um tempo que passou - prá mim depressa demais. Recebi hoje do amigo e desembargador Osvaldo Moacir Alvarez um farto material que, por certo, enriquecerá ainda mais o livro A Imprensa de Papel (ainda no prelo), que para mim, até aqui, já estava concluído. É um livro, com material único, que aborda com boa propriedade a cronologia da imprensa canoense. O livro que, a exemplo do filme foográfico, registra o lado positio e o negativo. São registros, por momentos, narrados com visão otimista e por outro, com uma incontida crítica. Um trabalho iniciado pelo cineasta Antônio Jesus Pfeil, e que me repassou a responsabilidade de concluir e publicar.
Nesse trabalho, além da cronologia histórica, que inicia em 1909 com o registro do primeiro jornal que circulou em Canoas, "O Canoeiro", manuscrito, editado por Frederico Guilherme Ludwig e que circulava no "trem de ferro" ou Maria Fumaça, entre Canoas e Porto Alegre. No livro são resgatados também temas como todos os cronistas sociais que passaram pelos 84 jornais que Canoas tem e teve, cujo pioneiro foi Léo Medina Martins, em 1955, seguido do amigo e desembargador Osvaldo Moacir Alvarez. Ambos exerceram a crônica social na imprensa e no rádio com rara competência. Mais a quase totalidade, pelo menos os principais e mais atuantes, profissionais fotógrafos. E análises incentivadoras e pontiagudas.

Osvaldo Alvarez, que no intermeio da carreira profissional foi vereador, advogado e juiz federal, me agraciou com umas preciosidades de fotos, uma calhamaço de cópias dos originais da sua coluna, que era publicada no espaço "Zona Norte, Zona Sul", na hoje extinta Folha da Tarde. E, além disso tudo, uma entrevista sui generis, a qual respondeu por escrito, onde revela fatos que poucos cronistas sociais ou jornalistas tem coragem de fazer ou dizer: a relação das mulheres mais elegantes, outras de sucesso, as mais simpáticas, clubes de melhores realizações sociais, etc., assim como detalhes sobre o baile de escolha da primeira Glamour-Girl de Canoas, feito que teve a organização do ex-militar Anísio Lopes Ribeiro de Menezes, então diretor social da Associação Cultural Vasco da Gama.

Alvarez, na entrevista, foi além. Apontou, com sapiência e justeza, o Léo Medina Martins como o cronista social que mais o impressionou. E, por bondade e generosidade, teceu loas ao meu trabalho como cronista social e assim massageou meu ego. Cai das nuvens ao ler no final: "Xico Júnior! Em realidade, sem qualquer puxa-saquismo, ocupas um lugar de destaque na vida social canoense, porque, sem dúvida alguma, és o maior e o melhor cronista social da cidade em todos os tempos. Teu conceito ultrapassou em muito nossas fronteiras. Tu sempre serás o ponto de destaque em toda e qualquer pesquisa a ser feita em nossa cidade. É como digo: só há um Xico Júnior! Todos já tentaram imitá-lo. Nenhum obteve êxito".

Caro amigo Alvarez, levo em consideração e aceito tuas massageadoras referências à minha pessoa, primeiramente por ter acompanhado muito da tua carreira profissional e saber do ilibado comportamento e da sinceridade que sempre pautou as tuas atitudes, tanto na Câmara de Vereadores como no exercício do direito. E, em segundo lugar, porque nossa amizade tem raizes num tempo que, dada a realidade de hoje, nos enche de saudades e nostalgia, mas que, com a melhor coinsciência, era um tempo de lealdade, de franqueza e de uma solidária cordialidade. Um tempo em que se podia desfrutar de pessoas e amigos, como você meu caro Alvarez, cuja educação, respeito e senso humanitário os tornavam verdadeiros gentlemen.

Reprisando um autor que desconheço, a recíproca é verdadeira!
* Clique sobre as fotos para ampliá-las.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Hoje foi um dia de belas e agradáveis emoções




Pois, há dias que nos surpreendem pelas muitas coisas boas que acontecem. Primeiro um telefonema de uma destacada e influente socialitè elogiando o rebu (de rebuscado) sobre a trajetória do pioneiro do colunismo social em Canoas: Léo Medina Martins, publicado na edição de setembro da Gazeta de La Stampa. Um justo resgate a quem muito fez pelo colunismo, jornalismo, sociedade, nos setores político e empresarial e, como disse Normélio Ravanello, um construtor de pessoas, assentado no fato dele ter ajudado a muitos jovens canoenses com empregos, porém sob a condição que teriam que estudar. E assim muitos se projetaram profissionalmente.

Depois o contato com os amigos João Gilberto Graebin e Protásio Bernardes, a quem fiquei de fazer uma visita e matar saudades dos feitos de quatro décadas passadas. Um dos assuntos tratados foi a colaboração no sentido de incrementar com fotos e informações o livro que estou escrevendo A Minha, Nossa Rua, outro rebu inadiável sobre a Rua Frederico Guilherme Ludwig, especificamente no período de 1956 a 1970, quando lá vivemos o auge da liberdade, da criatividade e dos muitos jogos e bricandeiras da infância-adolescência. Um mergulho pelo túnel do tempo, e de um tempo que, lamentavelmente, não há como trazê-lo de volta. Um tempo de puro romantismo, de fortes e duradouras amizades e de laços que nos levam ao melhor das emoções. Mas que vale revivê-lo através de fotos e das muitas histórias.

Por final, um reencontro, via telefone, com a minha querida e inesquecível Neusa Barnardes, que depois acrescentou Feistauer ao seu nome. Lembranças e relembranças e, melhor, de que tudo está bem. Na conversa com a graciosa e simpática Neusa, descubro que depois da biologia que, como disse, não serviu muito por falta de praticá-la devido as viagens e locomoções, voltou-se inteiramente às artes plásticas. Autoditada começou pintando com óleo sobre tela, passou para o abstracionismo e o estilo hiperrealista e hoje dedica-se mais a pintura em acrícilo: natureza morta, porém com um estilo muito pessoal e que, a cada obra, mais valoriza o seu trabalho. E olha que são poucos os artistas contemporâneos que detém um currículum tão importante e obras que revelam uma sensibilidade artística incomum. Assim, também, as paisagens e as marinas de Parati, cuja leveza e um certo toque de abstracionismo valorizam ainda mais o seu criativo trabalho.

Merece, assim, uma prestigiada exposição em sua terra natal.

Em homenagem à querida amiga, depois de decano tempo, não resisti em postar uma foto muito especial e que faz parte das que mais zelo e procuro cuidar dentre as cerca de 26 a 27 mil fotos que tenho em meu particular acervo fotográfico. Registra o primeiro baile de Carnaval, dela quanto meu, curtido na primeira sede, provisória, da Sociedade Canoense de Caça, Pesca e Tiro, em 1965, onde por longo tempo funcionou o Cinema Central, sob o comando do "velho" e simpático Mattos.

Foram, enfim, contatos que me levaram a reviver, memoravelmente, o que de mais bonito e aprazível uma juventude pode curtir. Sem querer subestimar outros tempos, os anos dourados e diamantinos foram, além dos mais glamourosos e atrativos, um tempo em que as pessoas e, em particular, a geração dos dourados e diamantinos anos, tiveram o privilégio de viver uma das fases mais cheias de encantos, liberdade, criatividade e alegria que se tem conhecimento, até mesmo pelos milhares de relatos em livros, crônicas e artigos registrados por grandes escritores, jornalistas e memorialistas.

Ah! Que infinita pena que aqueles anos não voltam mais!
Como os versos poetisados: "Ai que saudades eu tenho / da aurora da minha vida / da minha infância querida / que os anos não trazem mais".
* Clique sobre a foto para ampliá-la.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Fumo faz mal, sonegação e corrupção matam

A lição do investigador: sem sombra ou “fumaça” de dúvida.

Astucio Cappotta já não suportava mais a hipocrisia e o cinismo que vinha massificando e fazendo lavagem cerebral nas pessoas, através da chamada grande mídia. Mídia essa, perscrutrara ele, que também cometia os mesmos crimes de "lesa-pátria" praticados pelos chamados sonegadores, corruptos, estelionatarios, falsificadores, etc.

E eis que num certo evento social encontrava-se o investigador Astucio Cappotta, com seu estilo meio que desleixado, sem muito aprumo - jamais seria eleito como um dos mais elegantes - e lá, retirado do grupo, excluso, tragava tranqüilamente seu habitual cigarro, hábito que cultiva desde o tempo em que fumar era símbolo de machismo e atitude de elegância, quando aproximou-se um tradicional e bem sucedido (?) empresário, um líder da pequena cidade de Canastra, atolado em vício e crimes de “lesa pátria”, lembrando que, por sua vez, também tem o hábito de cachimbar e fumar charutos, e foi logo tripudiando sobre o simplório, mas nada submisso, investigador:

- “Ô, Astucio, pára de fumar. Não vê que cigarro faz mal prá saúde? E pior, tu tá poluindo o ambiente com esse teu mal cheiroso cigarro”.

Astucio, que não era lá dado a prazenteios e nem de guardar as coisas, não sabia e nem aprendera a técnica de “engolir sapo” como habitualmente justificam os “tartufos” políticos praxistas, quando lhes interessa não contestar para logo adiante obter vantagens, lascou, sem dó nem piedade, como se num palanque, púlpito ou tribuna, porém em meio tom, posto que o velho e tradicional empresário também atolara-se no vício de cachimbar (ou cachimbo não é uma forma de fumar, uma forma de “se matar” com o tabaco? pensara Astucio lá com seus botões desbotados), e de súbito surpreendeu:

- “O cigarro, senhor, faz mal à saúde, sem dúvida. Mas faz menos mal à saúde do que a crescente gama de crimes de sonegação, que nada mais é do que uma forma praxeira e sutil de referir-se aos crimes de apropriação indébita, que levam a grande maioria ao enriquecimento ilícito e daí a esnobação para com os socialmente menos ousados e não dados à prática de crimes de “lesa pátria”. A sonegação, senhor, e repito, que é um crime hediondo, posto que permite que muitos roubem o dinheiro do contribuinte, acaba causando a morte de milhares e milhares de pessoas por falta de recursos nos setores da saúde, falta de recursos, senhor, para os medicamentos, a construção de mais hospitais públicos, o aumento do número de leitos, de medicamentos aos necessitados. Falta de recursos para a aquisição de mais e modernos aparelhos de assistência médico-hospitalar. Enquanto muitos, senhor, ficam aí fazendo demagogia sobre o que se tornou uma síndrome em nosso espoliado Brasil, o obediente e pontual povo brasileiro está a merecer maior atenção dos que se dizem autoridade. Está sendo esbulhado pelos seus “lídimos representantes”, em escândalos que envergonham e enlameiam a dignidade de um povo e de uma Nação, em todos os níveis, e cada vez mais impunes. Isso, senhor, é que faz mal à saúde. O cigarro é apenas um mero pretexto a desviar a atenção dos problemas maiores como os crimes de sonegação (repito, crime de apropriação indébita), tão grave e nefasto quanto a corrupção, estelionatos, golpes financeiros, trapaças mil, estes todos tratados como se não graves, posto que são classificados como crimes do colarinho branco, como se esses criminosos não devem ser punidos da mesma forma como é punida uma senhora que se apossa de uma latinha de margarina em supermercado.

Então, senhor, antes das pessoas reclamarem e quererem dar “moral” aos outros, usando como modelo o cigarro (cachimbo, charuto e cigarro todos se originam do tabaco), seria importante que as pessoas se conscientizassem dos grandes malefícios que toda essa gama de “crimes de lesa-pátria”, assim como a poluição ambiental provocada por ônibus, caminhões e camionetas, fundamentalmente, que se utilizam de óleo diesel, e os automóveis, de gasolina, se exigisse que parassem de circular. Que se obrigasse, por leis exdrúxulas, como é praxe neste culturalmente empobrecido Brasil, as indústrias de funcionaram com seus altos chaminés, que exalam na fumaça gases letais como enxôfre, mercúrio, metano, etc., ou com descargas de uma gama imensurável de poluentes jogados nos arroios e rios. E assim, que todas parassem de funcionar.

Depois que isso acontecer, senhor, serei o primeiro a parar de “matar os outros por tabela” pelo hábito de fumar, como apregoam os “maria vai com as outras”. Enquanto essa hipocrisia perdurar e o governo continuar cobrando os impostos sobre a produção e o consumo do tabaco, e as indústrias das mais diferentes formas continuarem a poluir expelindo gases venenosos, cancerígenos e letais à vida do homem e da natureza, e produziem enlatados cheios de venenos (conservantes, corantes, aromatizantes, etc), que me perdoem os idiotas, vou continuar fumando.

E se é, senhor, como cinicamente dizem, que a fumaça do cigarro de quem fuma contagia os outros, tenho a lhe revelar que, além de patriota (pois me sacrifico em favor da manutenção da sobrevida dos plantadores de fumo, da garantia de empregos nas fábricas de produtos originários do tabaco e da arrecadação de impostos pelo Governo - se não existir impostos, como fariam os políticos para praticarem corrupção?), não sou egoista. Portanto, se um dia eu partir desta para outra melhor (espero, porque aqui não está nada fácil), faço questão de levar os amigos comigo. E o senhor será meu parceiro nessa empreitada.

- Ah, antes de terminar, uma salutar sugestão, se me permite: Combata aberta e amplamente a escalada da corrupção e pára de sonegar! Isso faz muito, muito mal à saúde do povo brasileiro!

O experiente e “bem sucedido” empresário, sem jamais esperar por esse “rosário de moral e comportamento desse tamanho”, olhou o investigador Cappotta, e sem jeito e, quiçá, com a consciência já roubando-lhe o “sono dos anjos”, retirou-se sem sequer dizer qualquer palavra.

No fundo, é bem provável, sabe que o cigarro faz mal à saúde, sim, mas sabe melhor que o dinheiro público que é surrupiado através das mais diferentes práticas ilegais, faz muito, muito mais mal à saúde do povo, como ensinou em sua longa oração Astúcio Cappotta, sem qualquer sombra ou “fumaça” de dúvida.

O resto é puro mis-en-scène da gama infindável de tartufos (a paersonagem de Molière), enquanto a grande maioria, a massa de manobra, se comporta como autênticos Pangloss (personagem de Voltair).

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

HISTÓRIA DO COLUNISMO E JURANDIR MACIEL A PREFEITO







A partir de sábado estará circulando mais uma edição da GAZETA DE LA STAMPA, com matéria resgatando a história do colunismo social em Canoas e a trajetória do pioneiro do colunismo social.

Outra matéria que por certo despertará grande interesse por parte das mulhares, em especial, é A DIETA DO CHÁ-VERDE, postada na coluna de Vanusa Goriczewski.

Tema de importância do momento: MÔNICA VELOSO: FAMA COM NUDEZ E LIVRO, conta a história da amante do senador Renan Calheiros, envolvida nos escândalos do Presidente do Senado, e que será capa da revista Playboy.

NOTA 1: Com a decisão do STF - Superior Tribunal Federal acabou o troca-troca de partidos, quando a maioria que optava por isso tinha, no fundo, interesses exclusivamente pessoais. E tal decisão, que passa a valer para os "vira-casacos", desde 27/03/2007, abrange também os deputados estaduais e vereadores. Assim, em Canoas dois vereadores estão na mira do TSE - Tribunal Superior Eleitoral, que é quem vai dar a última palavra: Nedy de Vargas Marques, que trocou o PTB pelo PMDB só para poder concorrer a prefeito, e o vereador Laércio Fernandes, que deixou o PSDB pelo PTB, por discordar da filosofia do partido que detém o "establishment" em Canoas.
Isso ainda vai dar muito pano prá manga.
.
NOTA 2 - JURANDIR MACIEL já é o candidato do PTB a Prefeito de Canoas, ainda que não tenha havido a reunião oficial do Diretório, e como vice na chapa do PTB concorrerá o ex-vereador Luiz Roberto Steinmetz. Já o deputado federal Luiz Carlos Busato é o novo presidente do Diretoria Municipal do partido. Tudo ficou acordado e previamente definido na reunião realizada no dia 1º de outubro, na Sociedade Canoense de Caça e Pesca.
* Clique sobre as fotos para ampliá-las.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

PIRIRIS & PORORÓS E A JUSTIÇA





*** Muito se fala que fulano ou beltrano é empresário "bem sucedido", mas é preciso olhar ao fundo, pois é assim (vide seqüência) que as "elites brancas" defendem a democracia e se tornam milionários ilicitamente. Sem exceção. *** É como diz Fortuna Di Falco, num dos seus livros: ”Ninguém fica rico, milionário ou poderoso, impunemente”.*** Isso tem a ver com a resposta de um “bem-sucedido” que, perguntado, certa vez, por um jovem, como conseguira ficar rico, e depois de alguns segundos deu a resposta, que ficou no ar, com outra pergunta: “Você já viu pandorga subir sem rabo?” *** “É assim que os “ricos ou milionários”, que não tiveram oportunidades na infância, brincam, justificou sarcasticamente Leteu Laico. *** A lei é taxativa: quem deve aos cofres do Estado ou da União, não pode contratar serviços públicos enquanto não liquidada a dívida. E aí a pergunta: Como é que uma empresa, que deve mais de R$ 5 milhões de ICMS ao Estado - conforme o site do SEFAZ de ... -, mantém contrato de prestação de serviços de transporte com uma empresa estatal? *** O expert em direito, Leteu Laico, navegando pela Internet descolou essa da imortal Cármen Miranda, dito em 1955, que tem a haver: "JUSTIÇA é uma coisa que me revolta. Os ricos compram facilmente a justiça; os pobres e membros da classe média são sempre os condenados, mesmo aqui nos Estados Unidos. Eu nunca poderia ser advogada e ter que lidar com os fóruns e juizes, que cometem tanta injustiça ... em nome da justiça chamada 'cega". Dito e feito. *** A baronesa Barcova, que sempre esteve atenta à regras da boa etiqueta, surpresa com a falta de atenção e consideração que pulula nos mais diferentes setores, disse: "Percebo cada dia mais a desatenção quando se liga para alguém ou se passa um e-mail (maneira moderna de se corresponder) e sequer se tem resposta. Isso, segundo as regras da boa etiqueta, é falta de educação e de consideração. É menoscaso, lamentavelmente". *** Me faz lembrar, o ilustrado homem do direito Leteu Laico, que um dos seres humanos mais atenciosos e educados, quando se tratava de telefonema, e que jamais deixava sem uma resposta, era o saudoso Léo Medina Martins. Daí ter sido ele sempre um perfeito elegante, um verdadeiro gentleman. Assim como era exigente e cobrava a boa educação dos outros, era exigente e cobrava tal comportamento de si mesmo. *** Alguns vereadores têm mostrado relevantes serviços à sociedade e, assim, têm sido pródigos na prestação de homenagens. *** O prestativo e atento Johnny Pôster, que não perde um noticioso televisivo, veio com essa: “É um vai e um vem, lá está a mídia criticando que o Brasil tem uma das cargas tributárias mais pesadas e absurdas do mundo. À par disso, prossegue, a governadora Yeda Crusius, mostrando que é tão competente quanto muitos outros governadores que escalaram o poder estadual, lançou mão da sua também criatividade: mais aumento de impostos”. *** Já a “secretária do lar” Negajaba Conceição, que se liga mais nas alienantes telenovelas – e com a entrada no mercado de outras TVs vem uma enxurrada por aí – reclamou: “Como é que a gente pode sobrevivê com tudo aumentando e o salário da gente “ó”, cada vez menor?” *** “Cactus, minha filha, come cactus, que nem os cabeça-chata lá do nordeste”, respondeu a irriquieta Dolly Butterfly. *** Aí interveio o mendigo Demo Cria, tão espoliado e sem jamais conhecer a solidariedade, complementou: “Por quê tu acha que eu tô nessa?” *** Já as altas cúpulas, que andam em viés às pregações, convenções e legalidades, se satisfazem com o invertido adágio: “É recebendo que se dá”. *** Quem anda cantando alegre e faceiro que essa turbulenta injustiça são os donos de farmácia, pois haja “alprazolan” ou “clonazepam” pra enfrentar tanta ansiedade e angústia, alertou a preocupada baronesa Barcova. *** “Durma-se com esse barulho, e sem ansiolíticos”, arrematou a hipocondríaca Dolly Butterfly.

* Clique sobre as fotos para ampliá-las.

domingo, 16 de setembro de 2007

PIRIRIS & PORORÓS 5

*** O ideal, sugere, o investigador Cappotta, referindo-se a estelionatário já condenado em processo transitado em julgado (Art. 171 do CPB), é colocar esses marginais, metidos a “alpinistas sociais”, na geladeira ou no freezer. *** Aí questinou Demo Cria, o mendigo informante, “Geladeira ou freezer, ou mesmo congelado, purifica?” *** O intelectual Tartufo Pacóvio, com seu largo conhecimento e cultura, ampliou a questão: ”Junto teríamos que colocar os políticos corruptos e os empresários sonagadores. E sonegação, se não sabem, não é coisa pequena ou sem importância como fazem parecer, é “crime de apropriação indébita”, é dinheiro público, tanto quanto o da corrupção, que está sendo ilegalmente apropriado, esclareceu. *** Profundo e cabido esclarecimento. Mas, Barcova, que além de baronesa coletou vasta cultura em seus decênios de vida, disse: “Se através da Justiça não se fizer uma verdadeira, ampla e irrestrita assepsia no âmbito do que cabe aos governos preservar e fazer valer, não há freezer que agüente o tanto a ser congelado e purificado”. *** E mais, completou: “Enquanto o povo, servo e domado, se propuser apenas dizer graças a Deus eu consegui, mesmo quando espera meses e meses para uma simples consulta médica, não haverá político ou governante que se comova à soluções efetivas, sem embromações e sem engodos”. *** Essa, ressaltou o gajo Maluco Certeza, foi no fígado, rins e baço do povão. Direto como esse nem o Mike Tayson nos bons tempos. É disso daí ou todo mundo sifu! *** Tem gente chiando com os R$ 426,2 mil destinados pela Prefeitura de Canoas às comemorações da Semana Farroupilha. Nesse interim interveio o mendigo Demo Cria, e lascou: "Mas já se informaram sobre o preço da alfafa, do milho, dos saquinhos plásticos pra recolher o cocozinho dos cavalos e nos preserrvativos prás éguinhas não “ingravidá”? Só pensam nos caras pilchados, de lenço e bombacha e nas mulheres trajadas de prendas? E então?" *** A empregada da “fessora” Joanete, numa das pausa do trabalho, disse à patroa, no melhor estilo Pangloss, a personagem de Molière: “Ta ruim , má tá bom”. *** O ex-presidente FHC diz que “a parada de 7 de setembro é uma palhaçada”. Fortuna Di Falco, ilustrado crítico da realidade inconteste, concorda, porém, diz, para ser uma verdadeira palhaçada completa faltou o FHC como porta-estandarte da elite branca”. Talvez por isso a reação do “douto filósofo” FHC. *** E mais, parafraseando Paulo Henrique Amorim: “Em nenhuma democracia séria, jornais alienistas, servilistas e de baixa qualidade de conteúdo e um colunismo social pachola têm a importância que têm em Canoas. A opinião de “Piriris & Pororós” se baseia no fato de que o aludido jornal é ruim tecnicamente, como produto jornalístico. E fica ainda mais ruim com a pacholenta coluna. *** Depois, observando mais amiúde, se constata que a tal coluna é, realmente e sem dúvida, a mais pachola. É uma apologia aos “joios” da sociedade, e trata a todos com elogios, simplesmente elogios, ou situações em que os maus caratistas incorporam os heróis da Ilíada – na vida amorosa, na vida empresarial, como colunáveis e mestres-gourmets. Ridiculamente intragável. Ou, como diria aquele ex-ministro de FHC, “ilegível”. *** Como sempre foi dito, a ilustrada baronesa Barcova, que graduou-se pianista e professora de piano na Escala de Milão, revela a nota preferida pelo povo brasileiro, na escala musical: RÉ. *** E explica: “Se obervarmos bem a nota está contida na REeleição de FHC, na REeleição de Lula, na REeleição de Ronchetti e na REeleição das maioria dos deputados federais e estaduais e também dos vereadores”. E depois REclama ... e se diz u dos governos, políticos e elite branca”, concluiu REvoltada. *** Ao ler uma nota na coluna “Observatório”, na Gazeta de La Stampa, o investigador Astucio Cappotta perguntou ao Leteu Laico, grande conhecedor do direito: “Segredo de Justiça lhe agrada? O que acha do “sigilo” quando se trata de questões jurídicas envolvendo dinheiro público?” *** Leteu Laico, que não tem muita papa na língua, devolveu: “Aqui entre nós. Detesto-o. Não posso concordar com coisas que tolhem o direito do cidadão e contribuinte”. *** Enquanto em Porto Alegre a fiscalização caçava a qualquer custo camelôs, no mesmo dia no Senado, em Brasília, um grande falcatrua que cometera “decoro parlamentar” era inocentado com toda a desfaçatez, bradou injuriada a baronesa Barcova. *** RÉ NÃO. Avante, companheiros! gritou uma voz em meio à multidão atordoada com tanta safadeza, hipocrisia e cinismo dos despauterados senadores. *** Per oggi, fine!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

PIRIRIS & PORORÓS 4

*** Essa a Dolly Butterfly sacou do Millôr Fernandes: "O Conselho de Ética do Senado é um oxímoro". E ela, que às vezes parece songamonga, explica: "Oxímoro é uma figura que consiste reunir palavras contraditórias; paradoxismo, oxímoron". E exemplifica: silêncio elogüente, covarde valentia, valente covarde, inocente culpa, diz assentada no Aurelião. *** No mesmo diapasão, o cineastra canoense Antônio Jesus Pfeil diz sobre a casa dos homens de "fardões" (uma riqueza esnobe e ridícula), que só bebem chá com bolachinhas (acho que é porque a maioria usa chapa com corega): "É a Academia Brasileira de Letras ... de câbio". Pelo menos, como se tem visto, funciona num diapasão assemelhado. *** E logo a ilustrada e irônica baronesa Barcova não perdoou: Lá tem, entre tantas obras clássicas, até "Marimbondos de Fogo". *** Demo Cria, o mendigo que adora se divertir, apesar da desgraçada vida que leva, importou do José Simão, ou Macaco Simão, essa: "José Simão diz que recebeu uma foto de Poções, na Bahia, e que é real, que tem um açougue chamado "Casa de Carnes Renan Vaca Gorda". E existe, assegura Simão, bem antes dos escândalos, descobertos, do senador Renan Calheiros, e arrematou ele: "Esse cara não é açougueiro, é um profeta". *** Ainda segundo José Simão, o tucanês que ele usa nas suas colunas cheias de graça e ironia, é pura verdade. No tucanês "fome é o estômago em estado de vácuo". Outra dos tucanos que, junto com o Fernando Henrique Cardoso, foram visitar a seca no Nordeste, e aí falaram: "Seca é desconforto hídrico". *** Depois que o douto filósofo FHC deixou o "tronopólio", que faz parte do "dicionário tucanês", passou a vigorar o "dicionário lulês" e o "dicioonário antitucanês". *** Ouço um monte de histórias e estórias cheias de realidades e ironias e me dobro em risos, mesmo que muitas vezes elas não tem graça alguma. *** Por outro, folgo em ouvir que a coluna "Piriris & Pororós" (título esse criado por Ricardo Amaral nos anos 60), e que é publicada no jornal Gazeta de La Stampa, está ecoooaaaannndo ... favoravelmente. *** Per oggi fine. E vou em frente em busca de um novo talvez.

PIRIRIS $ PORORÓS 3

*** Quando Fortuna Di Falco começou a escrever falou pra ele mesmo e para alguns poucos amigos que, se não escrevesse a verdade, a sua verdade, ele não escreveria. E isso lhe dá, junto aos bons, bom crédito. As pessoas que lêem o que ele escreve sabem que está falando a verdade sob seu ponto de vista. *** O ideal, sugere, o investigador Cappotta, é colocar esses marginais, metidos a “alpinistas sociais”, na geladeira ou no freezer. *** Aí questinou Demo Cria, o mendigo informante, “Geladeira ou freezer, ou mesmo congelado, purifica?” *** O intelectual Tartufo Pacóvio, com seu largo conhecimento e cultura, ampliou a questão: ”Junto teríamos que colocar os políticos corruptos e os empresários sonagadores. E sonegação, se não sabem, não é coisa pequena ou sem importância como fazem parecer, é “crime de apropriação indébita”, é dinheiro público, tanto quanto o da corrupção, que está sendo ilegalmente apropriado, esclareceu. *** Profundo e cabido esclarecimento. Mas, Barcova, que além de baronesa coletou vasta cultura em seus decênios de vida, disse: “Se através da Justiça não se fizer uma verdadeira, ampla e irrestrita assepsia no âmbito do que cabe aos governos preservar e fazer valer, não há freezer que agüente o tanto a ser congelado e purificado”. *** E mais, completou: “Enquanto o povo, servo e domado, se propuser apenas dizer ‘graças a Deus eu consegui’, mesmo quando espera meses e meses para uma simples consulta médica, não haverá político ou governante que se comova à soluções efetivas, sem embromações e sem engodos”. *** Essa, ressaltou o gajo Maluco Certeza, foi no fígado, rins e baço do povão. Direto como esse nem o Mike Tayson nos bons tempos. É disso daí ou todo mundo sifu! *** Tem gente chiando com os R$ 426,2 mil destinados pela Prefeitura de Canoas às comemorações da Semana Farroupilha. Mas já se informaram sobre o preço da alfafa, do milho, dos saquinhos plásticos pra recolher o cocozinho dos cavalos e nos preserrvativos prás éguinhas não “ingravidá”? Só pensam nos caras pilchados, de lenço e bombacha e nas mulheres trajadas de prendas? Então ... *** A empregada da “fessora” Joanete, numa das pausa do trabalho, disse à patroa, no melhor estilo Pangloss, a personagem de Molière: “Ta ruim , má tá bom”. *** O ex-presidente FHC diz que “a parada de 7 de setembro é uma palhaçada”. Fortuna Di Falco, ilustrado crítico da realidade inconteste, concorda, porém, diz, para ser uma palhaçada completa faltou o FHC como porta-estandarte da elite branca”. Talvez por isso a reação do “douto filósofo” FHC. *** E mais, parafraseando Paulo Henrique Amorim: “Em nenhuma democracia séria, jornais alienistas, servilistas e de baixa qualidade de conteúdo e um colunismo social pachola têm a importância que têm em Canoas. A opinião de “Piriris & Pororós” se baseia no fato de que o aludido jornal é ruim tecnicamente, como produto jornalístico. E fica ainda mais ruim com a pacholenta coluna. *** Depois, observando mais amiúde, se constata que a tal coluna é, realmente e sem dúvida, a mais pachola. É uma apologia aos “joios” da sociedade, e trata a todos com elogios, simplesmente elogios, ou situações em que os maus caratistas incorporam os herpois da Ilíada – na vida amorosa, na vida empresarial, como colunáveis e mestres-gourmets. Ridiculamente intragável. Ou, como diria aquele ex-ministro de FHC, “ilegível”. *** Não confundir, como ensina o intelectual Tartufo Pacóvio, "Jornal com cara de revista", com "jota (pouca coisa, coisa nenhuma, nada) com cara de vigarista". *** E emendou: "Esta coluna "Piriris & Pororós" é uma joeira, que só retém o trigo". *** Usa-se, até com certa insistência, separar o joio do trigo. Mas tem muitos, que, como disse o ilustrado Tartufo Pacóvio, não sabem que joio é uma "erva daninha, ruim, que surge entre as boas e as corrompe". *** E o trigo, como ressaltou a baronesa Barcova, é representado por uma significativa parcela dos colunáveis.

sábado, 1 de setembro de 2007

LA STAMPA: MACA 40 ANOS


Já está circulando mais uma edição da Gazeta de La Stampa. Como assunto central o resgate da história do MACA Movimento Assistencial de Canoas, criado em 08 de abril de 1967, por um grupo de jovens adolescentes.
Outro assunto que, por certo, despertará interesse, é a matéria sobre a cura do cancer através da planta Avelós.

E a novidade, introduzida em edição anterior, cujo retorno é uma exigência de muitos leitores, é PIRIRIS & PORORÓS, novo estilo de fazer coluna social, e tem prováveis possibilidades de intrigar e arrepiar os pelos de muita gente. Como diria o saudoso "papa do colunismo" Ibrahim Sued, assentado em adágio árabe, "olho vivo, porque cavalo não desce escada".

sábado, 25 de agosto de 2007

PIRIRIS $ PORORÓS 1

*** Folgo em saber que este novo jeito de fazer coluna tem a aceitação de muitos leitores. Tanto que alguns reivindicaram o seu retorno. Então, vamos em frente!
*** Sabedores de que o próprio acabou cavando a sua própria sepultura à prefeiturável estão folgando. Faltaram os foguetórios. *** Isso me leva a relembrar a atitude dos cabideiros que, na década de 70, quase botaram a baixo o Edifício Schiavon, depois de anunciada a saída do correto prefeito DCC *** Meu office-boy Johnny Poster passou a andar rindo à toa quando soube dessas histórias. *** E só sossegou depois de falar: "Não se pode confundir quem pode com quem é poder", disse-me, sabiamente. *** Confesso que me surpreendi com sua visão e consciência. *** Me conforta Johnny Poster, ao dizer que é apenas uma questão de cultura e que tal poderá desvendar o que se esconde por debaixo do véu. Ou do tapete. *** Semana que passou no castelo da baronesa Barcova, uma senhorita very sex-appeal ficou extarrecida com as histórias sobre um "petrodólar" citadino. *** Quem será o dito? *** A sensualíssima Dolly Butterfly anda num invejável vaivém em seu novo e flamante zero. A gasosa não é adulterada. Isso é coisa que só acontece em São Paulo. *** É a velha história - ou seria adágio? - de que "Deus ajuda quem cedo madruga". *** Fortunas se constróem na quietude das madrugadas. *** Johnny Poster comentou a boca pequena sua indignação e, com ar de desconfiado, diz que fica intrigado quando aparece na televisão, jornais ou revistas uma moça bonita, sem profissão específica, e logo a rotulam de "atriz e modelo", sem que nunca alguém as tenham visto em alguma peça de teatro, filme, novela ou pisando numa passarela. *** Isso é coisa da "vereda tropical", diria Cae Velô. *** Ouço de um amigo, que diz "é o teu professor de balé", quando atende ao telefone, que apesar de baratinado com o que está acontecendo na city, não se mostra surpreso. *** Aí fiquei me questionando cá com meus botões, também baratinados, que muita coisa era corrente, só alguns não sabiam até então. *** Aí, ao ler o que havia escrito, meu dedicado office-boy questionou: "O que é cabaré?" Logo expliquei: "Não é o que você a princípio pode estar pensando. É uma casa de diversão onde se bebe e dança (não se come, até porque não tem buffet) e, em geral, se assiste a espetáculo de variedades. "Ah, bom!", disse ele aliviado. *** Desabafo da Baronesa Barcova: Hoje a safadeza tem merecido melhores reconhecimentos do que a moral e a ética. Essas, pelo que se constata, está em baixa, por fora. E ensina: Quem quiser se dar bem, social e financeiramente, que se junte ao time dos safados, ou enfretará muitas dificuldades. *** O desabafo foi ouvido também pelo atento office-boy Johnny Poster e concluiu que não se referia apenas a certas colunas sociais que tem privilegiado os espertos (no mau sentido) em preterição aos colunáveis com moral e ética. *** A conversa indignada tinha a haver com um certo e tradicional evento que tem distinguido, usando o mesmo diapasão, como o modelar caso de um estelionatário (condenado criminalmente em processo transitado em julgado) que está sendo processado, inclusive, pelo próprio clube da aristocracia. Aí estão nivelando todos por baixo. *** Tão ou mais constrangedor foi a "homenagem de revival" a certos ex-membros da organização do tradicional evento. Para alguns era extremamente embaraçante, até por isso sequer compareceram à festa. *** Há certos feitos, como ressaltou a bela e sensual Dolly Butterfly, que merecem ser melhor avaliados para que não provoquem o constrangimento dos "homenageados". *** Comentário de um colega do meio (a pedido o anonimato): "Tinha gente saltitando porque a La Stampa tinha parado de circular". Agradeci e disse-lhe: "Diga-lhes que não se apoquentem, pois ainda há fôlego. *** Tem muita gente por aí dizendo que está grilada. Pois lhes digo: Isso é coisa de quem está apenas a encangar grilos. *** Largos comentários dão conta de que estão vendendo o último clube criado, inicialmente, com o propósito de ser o clube da aristocracia citadina. E tem associado se indignando. *** Se deveras, Canoas está socialmente na ladeira da predestinação. Antes "cidade dormitório de Porto Alegre", agora "sala de espera" de salões sociais. E um dos responsáveis, sabidamente, continua solto. *** Quem está adorando, além de alguns poucos, obviamente, é a Baronesa Barcova, que ficará com o único salão digno de receber selecionados da nata social. *** Ao contrário do que a maioria dos políticos andam balelando, largamente, como disse um filósofo da periferia, "num país aonde há uma escalada de escândalos de corrupção - no popular, roubalheira - e ninguém é condenado e preso, não há democracia". *** Na realidade, são cerca de 380 bilhões / ano que se esvaem pelos ralos cavados pelos corruptos. E aí: Será que ele está errado? *** Lamento que não exista mais o Bar do Tio João, "o bar mais politizado da cidade", como avisava uma faixa na parede. Lá se discutia também essas coisas *** Com certeza, estaria em pauta a deslavada impunidade, e o debate sobre a verdadeira democracia. *** Depois de tanto ... Bem, deixa prá lá. É melhor pensar na Dolly Butterfly. Aí é tesão e não gana. *** Prá encerrar o je de mots ou, no bom e rebuscado sotaque acadêmico, calembur: Atenção, porque a chuva é de canivete aberto, e o baile de bota prá escapar das insaciáveis gibóias, cascavéis e jararacas! Ou você é dos que não tem medo de cobra?

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Canoas Country Club em Bancarota

Na edição de julho de 2007 da Gazeta de La Stampa contamos o que está acontecendo com o Canoas Country Club, depois de 22 anos de fundação. A área de 21,5 hectares, parque aquático, canchas de tênis, galpão crioulo (que vem servindo de sede social), diversas churrasqueiras sob frondosas árvores, um grande lago em frente à sede, campo de futebol, etc. Houveram diversas penhoras pela Justiça do Trabalho e outras em razão das altas dívidas com o não pagamento dos tributos obrigatórios, e que atingem a soma de cerca de R$ 600 mil. Inicialmente havia acordado ou negociada, segundo fontes extra-oficiais, a venda de uma fatia (beco com acesso privado) a um empresário para cumprir alguns compromissos trabalhistas. Não foi o suficente.

A partir daí, responsabilidade que deve ser tributada também aos Conselhos Deliberativos e Fiscal, nada foi feito. O problema se agravou. Para fazer frente a gama de compromissos legais e sociais restou a atual diretoria, presidida por Altair Stello, como se única alternativa, colocar o clube à venda. Um edital nesse sentido já foi publicado num jornal de Canoas. Uma das principais razões que levou o Canoas Country Club à quebradeira, foi um rombo promovido pelo ex-presidente Guilbert Abdala Lima, que esteve à testa do "clube verde-e-prata" no período de 1994 a 1998, na ordem de US$ 100 mil (cem mil de dólares), e até hoje não cobrados. Algo muitíssimo estranho aconteceu depois de um jantar no Canoas Tênis Clube, quando o ex-presidente referido esteve por longo tempo à mesa do presidente que o sucedera, pois que tudo estava preparado para que o "clube verde-e-prata" ingressasse na Justiça com duas ações: uma criminal e outra cível. Estranho, posto que se constatou que apenas tramita, há anos, um processo no Foro da Comarca de Canoas, sob o Nº 00800472654, visando tão somente a prestação de contas que, nos quatro anos de gestão, jamais foi feita e sequer cobrada pelos Conselhos Delibeliberativo e Fiscal. Um silêncio acumpliciador. No ano seguinte, ainda sob a presidência do presidente sucessor ao que teria provocado um "rombo" nas contas do Clube, eis que o presidente suspeito do "rombo" foi homenageado pela própria diretoria do Canoas Country Club. É ou não de se estranhar?

Reforçando: Como se tal não fosse suficiente, logo após a diretoria subseqüente ter impetrado o processo, prestou homenagem ao ex-presidente promotor do "rombo". E tal está comprovado na coluna social do semanário O Timoneiro, veiculada à época. E tudo continua sendo muito estranho, se não funesto, a festa "Notte Italiana", que era realizada como sendo "Notte Italiana del Canoas Country Club" tornará a homenagear o ex-presidente como ex-integrante da Comissão Organizadora da tradicional festa italiana, que é de origem árabe (portanto, nada em absoluto, a haver com a festa), que causou o "rombo", nunca devida e legalmente, apurado. Isso, nos parece bastante claro, é dose prá mamute, se não fosse preocupante ou quiçá atitude orquestrada. Mas tais fatos ficarão, por certo, nos anais da história social de Canoas, e revelará como se funda e se leva a falência um clube social com uma área de 21,5 hectares e que chegou a ter cerca de 1.460 associados que compraram e pagaram o seu título de sócio contribuinte ou sócio remido.

Antes disso, o mesmo presidente que promoveu o "rombo" de cerca de US$ 100 mil, efetivou a venda de uma sala comercial que o clube havia adquirido no edifício N° 66, da rua Gonçalves Dias e cujo resultado da venda não se teve conhecimento do seu paradouro ou destino. Outro fato que vem causando estranheza é que, com a publicação do edital à venda do clube, e são as informações extra-oficiais de gente bem informada, houveram apenas dois proponentes à aquisição da nobre e valiosa área de 21,5 hectares. Um empresário de Canoas e um suposto interessado de Porto Alegre, este sem que ninguém saiba dizer seu nome. Extra-oficialmente, porém, sabe-se que a área foi arrematada por quatro empresários canoenses que teriam usado um "espécie de laranja" para arrematar o leilão. O tempo, com a melhor certeza, revelará a verdade. A diretoria do Clube pedira pela venda R$ 1.800.00,00 e a proposta do empresário de Canoas, seguem as informações, teria sido de 1.450.000,00. Não há referências quanto a proposta do propalado interessado de Porto Alegre. Mas sabe-se que, por fim, os 21,5 hectares do "clube verde-e-prata" fora arrematado pelo valor de R$ 1.400.000,00. Os compromissos que o Clube tinha com questões fiscais e trabalhistas (sendo um caso de indenização trabalhista bastante suspeito pelo valor da ação), que somavam em torno de R$ 600 mil a R$ 700 mil, foram sanadas, mas o saldo de R$ 800 mil ou R$ 700 mil ninguém sabe onde foram parar. Tudo um escândalo muito estranho e suspeito e que sequer mereceu um pequeno registro por parte da imprensa canoense. Por mais isso um estranho silêncio sepulcral.

Os menos crédulos entendem tal como um "doppio giocco" ou, numa tradução ilustrativa, um "jogo de truco" com cartas marcadas. Não se surpreendam se no daqui a pouco a nobre e valiosa área não será transformada num belo e aprazível residencial horizontal e sob a propriedade de empresários canoenses, sendo um deles um conhecidíssimo profissional da área imobiliária.

Quanto ao Grêmio Niterói, esclarecendo a leitora Clarissa, como clube o Grêmio Niterói não existe mais. O que há são três ou quatro proprietários que arremataram o clube em leilões. Um ficou com o terreno onde localizava-se a sede velha, construída em madeira; outros dois arremataram o ginásio de esportes e o conjunto de piscinas (que estão explorando comercialmente) e um último ficou com a sede social, que está aproveitando e promovendo eventos. Mas tudo que lá está funcionando são de iniciativa de proprietários particulares, que arremataram o que restou do clube após os três leilões, que serviram para cobrir as altas e também estranhas despesas e compromissos com indenizações trabalhistas e a terceiros, já que as audiências na Justiça do Trabalho, pelo que se tem conhecimento, correram à revelia pela ausência dos representantes e responsáveis pelo "Clube Grená".

Quanto ao "clube da aritocracia", em fase de falência, as informações extra-oficiais davam conta de que tudo fora previamente arquitetado, a partir da elevada soma dos compromissos com terceiros e os legais. E, ainda conforme informações não oficias, é o que aconteceu com o Canoas Country Clube. Aliás, pela forma como tudo começou em 1985, era possível de prever tal desfecho. Essa uma outra história que alimentará os anais da vida social canoense.

Para complementar a ficha do ex-presidente, que promoveu o "rombo" no Canoas Country Club, entre 1994 e 1998, a empresa metalúrgica, da qual é um dos sócios, tinha uma dívida ativa com o Tesouro do Estado de R$ 5.693.517,84, conforme o site da SEFAZ (Secretaria Estadual da Fazenda), em agosto de 2007.

Quem viver, verá. Lamentavelmente!

domingo, 29 de julho de 2007

Musas que estrelaram capas nos anos 70 e 80


A partir de quarta-feira estará circulando mais uma edição da GAZETA DE LA STAMPA, trazendo na capa uma matéria inédita sobre as musas dos anso 70 e 80, que viraram capa das revistas rotuladas de masculinas.

Além disso, uma cobertura exclusiva sobre a terceira edição da festa "Notte Italiana", com matérias interessantes sobre os imigrantes italianos no Rio Grande do Sul e os detalhes da festa realizada no salão paroquial da Igreja Imaculada Conceção, no Bairro Rio Branco, em Canoas, com a participação de quinhentas pessoas.

Outra novidade é o anúncio da festa com exposição fotográfica "MOSTRAPHOTO 40", que está sendo programada para setembro, onde estarão expostas cerca de 150 fotografias de misses, rainhas e socilaitès de Canoas dos anos 60, 70 e 80. As fotos foram selecionadas do Arquivo Histórico e Fotográfico (uma verdadeira relíquia histórica e cultural) do jornalista Xico Júnior, que há 40 anos preserva, com exclusividade, cerca de 27 mil fotos sociais, políticas e eventos empresariais.

Além disso, uma matéria denunciatória da estranha falência do Canoas Country Club, fundado no dia 31 de maio de 1985, e cuja área de 21,5 hectares, depois de 22 anos, está à venda. A exemplo do que aconteceu com o Grêmio Niterói, fundado no dia 30 de junho de 1933, que foi delapidado através de processos espúrios. Assim a sua sede, e por conseguinte, o Clube Grená, desapareceu da história irresponsavelmente. O mesmo está acontecendo com o Canoas Country Club ou "Clube Verde e Prata".
IMPORTANTE: Clique sobre as fotos para ampliá-las.

terça-feira, 26 de junho de 2007

EXCLUSIVOS E INÉDISOS: CDs DO INTER E DO GRÊMIO


Vem aí uma excelente novidade para COLORADOS e GREMISTAS.

Um CD Flash com mais de cem fotos históricas cada e uma breve história sobre cada um dos clubes e seus mais famosos craques, com dados que valem a pena ver e guardar para a posteridade.

Aqui vocês têm uma breve idéia da qualidade e do que poderão ver em cada um dos CD Flash EXCLUSIVOS e INÉDITOS.
Interessados em adquirir exeplares poderão entrar em contato pelo E-mail: la-stampa@ig.com.br ou pelo fone: (51) 3472-6666.

GAZETA DE LA STAMPA COM CARA DE REVISTA











Circula esta semana mais uma edição da GAZETA DE LA STAMPA com excelente material de cunho didático, relacionado aos 68 Anos de Emcancipação Política e à 50ª Semana de Canoas.
É dever nosso salientar o sucesso que a GAZETA DE LA STAMPA vem fazendo em seu retorno, edição após edição, e sempre com matérias diferenciadas, o que lhe dá uma aspecto simbiótico de jornal-revista. Pode-se dizer um jornal com cara (e conteúdo) de revista.

Aí duas amostras do edição que até 6ª estará circulando em Canoas, e lá se vão 17 anos de persistência e serviços à comunidade e à história.

domingo, 3 de junho de 2007

YOLANDA PEREIRA, A PRIMEIRA BRASILEIRA MISS UNIVERSO




Yolanda Pereira, a primeira mulher a conquistar o título de Miss Brasil, em 1930, e a primeira brasileira a vencer o concurso de Miss Universo, era gaúcha, natural de Pelotas.



Quando Yolanda Pereira foi eleita, o Miss Brasil ainda não tinha o mesmo glamour que passou a ter a partir de 1954, quando Martha Rocha foi eleita Miss Brasil. Mas a gaúcha de Pelotas logo encheria o País de orgulho ao ser eleita Miss Universo.

O primeiro concurso de Miss Brasil, conforme o jornalista Roberto Macêdo, na notícia publicada em seu site "http://macedobahia.sites.com.br", sob o título "Morre a 1ª Miss Brasil", foi promovido pelo jornal "A Noite" (a Zero Hora, em sua edição de 04/09/2001, na notícia da morte de Yolanda, sob o título"Morre a primeira brasileira a conquistar o Miss Universo", informa que o promotor do certame Miss Pelotas teria sido o jornal carioca "Noite Ilustrada"), no dia 4 de julho de 1930. As candidatas desfilaram pelas ruas da cidade, e a escolha se deu pelo voto do povo, através de cupões que eram publicados no jornal. Na ocasião a população saudou as jovens concorrentes pondo flores e bandeiras nas janelas das casas, mas a exibição de maiô não era aprovada no início da década de 30. Serviam apenas para a tomada das medidas.

Yolanda Pereira, que depois de se casar com o capitão e piloto da FAB, Homero Souto de Oliveira, com que teve quatro filho: Homero (piloto da FAB), Vânia, Jane e Sérgio (pianista), adotou o sobrenome do marido, morreu no dia 04 de setembro de 2001, aos 91 anos, em casa, no Leblon, Rio de Janeiro, vítima de complicações de uma infecção respiratória, deixando tres filhos, oito netos e sete bisnetos. O enterro foi no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Rio de Janeiro.

Em meados de 1992, o jornalista baiano, Roberto Macêdo fez a última entrevista com a primeira brasileira a conquistar o Miss Universo para a TV Aratu, então afiliada da Rede Manchete, juntamente com o cinegrafista Levi Calmon e o auxiliar e seu irmão, Lenilton Calmon. A entrevista foi conseguida através de Beth Souto, casada com Sérgio Souto, filho de Yolanda Pereira Souto, então com 82 anos de idade (ela nasceu em 16 de outubro de 1910). Roberto Macêdo destaca que Yolanda não era uma mulher muito alta, mas mantinha o porte de rainha. E, ressalta ainda, que o que mais lhe marcou foi o brilho do olhar de Yolanda, e declarou: "Acredito que nunca tenha visto olhos tão belos. No final compreendi o por quê!". A Miss, à época, apresentava ares de fragilizada, pois fazia poucos meses que o marido havia marido.

Roberto revela também que Yolanda lhe dissera que não queria concorrer, mas acabou entrando na disputa por insistência dos amigos, já que era uma das mais votadas da cidade, Pelotas, e não podia voltar atrás. "Ficaria muito feio", justificou ela. Yolanda acreditava tanto que o concurso estadual seria somente um passeio a Porto Alegre, relata Roberto, que marcou o retorno junto com a Miss agé, de quem tinha se tornado uma grande amiga. Mas Yolanda venceu em Porto Alegre, tornando-se a primeira Miss Rio Grande do Sul e depois no Rio de Janeiro arrebatando o cetro de primeira Miss Brasil, e finalmente coroada como a primeira brasileira Miss Universo.

O Brasil estava nos primeiros anos da "Era Vargas", e o presidente, também gaúcho de São Borja, fez de Yolanda Pereira a sua musa para os eventos sociais.

Na ocasião da entrevista, Yolanda Pereira mantinha nas mãos um exemplar do livro "Olga", de Fernando Morais, e mostrou ser uma boa pianista ao executar uma, a pedido do jornalista, e assim executou o tango "La Cumparsita". Yolanda era culta e também lia em algumas línguas estrangeiras.
Já a santamariense Eva Palma da Silva, então viúva do tradicionalista, poeta, cronista, historiador e jornalista João Palma da Silva (patrono da Biblioteca Municipal de Canoas), informou em depoimento que a Miss Universo, gaúhca de Pelotas, Yolanda Pereira, depois de casada com o dr. Fernando Pereira (o que contradiz à informação do jornalista Macêdo), então diretor da Viação Férrea, teria morado por alguns anos em Canoas, conforme registros no livro “Canoas – Para Lembrar Quem Somos – Centro”, 2ª ed. Ver., às págs. 37 e 38.

O título conquistado por Yolanda Pereira, ainda que não seja reconhecido pela atual organização do Miss Universo, o que é um tanto incompreensível já que era concedido à vencedora o título de "Miss Universo", aconteceu no Concurso Internacional de Beleza, chamado "International Pageant of Pulchritude", que traduzido para o português era "Desfile Internacional de Beleza" e concedia à eleita o título de "Miss Universo".

Participaram do Concurso Internacional de Beleza, realizado no dia 08 de setembro de 1930, numa sala do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, 16 candidatas com a representante brasileira, como confirma um dos vídeos. Lá estiveram concorrendo as misses: Inglaterra, Turquia, Itália, Alemanha, Estados Unidos da América, Holanda, Líbano, França, Romênia, Grécia, Russia, Portugal, Cuba, Uruguai, Hungria e a Miss Brasil, Yolanda Pereira, que arrebatou o cetro de "Miss Universo".

Radiograma enviado, via Telesul - Companhia Telephonica Rio Grandense, pelo então Presidente do Brasil, Getúlio Dornelles Vargas à Yolanda Pereira, no dia 08/09/1930: "Penhorado gentileza notícia tão grata Rio Grande do Sul haver sua distinta representante alcançado título Miss Universo tenho prazer enviar-lhe effusivas felicitações pela merecida distinção. Getúlio Vargas". (Vide radiograma abaixo)



No dia 21 de maio de 2012 Yolanda Pereira (então sra. brigadeiro Homero Souto Oliveira) foi homenageada em Pelotas-RS, sua cidade natal, que comemorava  Bicentenário de fundação, com a "Exposição Eternamente Yolanda".


Convite para a "Exposição Eternamente Yolanda", realizada de 21 a 31 de maio de 2012, no Salão Nobre da Biblioteca Pública Pelotente, em Pelotas, cidade natal da Miss Universo 1930, Yolanda Pereira.





O compositor Zequinha de Abreu compôs a valsa "Glorificação da Beleza" em homenagem à primeira brasileira eleita Miss Universo, em 1930, Yolanda Pereira.

Aqui executada por um jovem pianista.




. 

sábado, 12 de maio de 2007

A Igreja, a Emoção Litúrgica e Suas Pregações Contraditórias


Os brasileiros tiveram a graça de assistirem uma das cerimônias litúrgicas mais emocionantes com a celebração da missa de canonização de Santo Antônio de Sant´anna Galvão, o Freio Galvão, no Campo de Marte, em São Paulo, com a presença de cerca de 1,2 milhões de fiéis. Um verdadeiro showbusiness, com direito a transmissão ao vivo pelas emissoras de TV (leia-se Globo e Band) e todo o sensacionalismo que foi possível.
A indiscritível liturgia da celebração da missa em honra a Frei Galvão, presidida pelo Papa Bento XVI, que, como espetáculo merece destaque, além de uma cativante cerimônia, revelou-se, também, numa inoportuna ostentação de luxo, riqueza, pedantismo e soberba. Cristo, quando na terra, jamais ensinou e muito menos se apresentou com tal e imaginária ostentação e soberba. Aí um contraditório do que é milenar e sistematicamente pregado pela Igreja.
Frei Galvão, por certo, como será reverenciado pelos fiéis, é o primeiro santo genuinamente brasileiro. E que seu exemplo, segundo quem lhe crê, sirva de modelo aos grandes pecadores “lesa pátria”, que abundam pelos faustos palácios, salões e mansões desse Brasil em que mais da metade do povo sobrevive ou “vejeta falsamente”, como canta Juca Chaves em "Tô Duro", entre a pobreza, a miséria e a famelidade. Assim como abundam na faustosidade do balinônico Vaticano.
E nesse sentido a Igreja Católica Apostólica Romana, centrada com sua cúpula no faustoso estado do Vaticano, na Itália, tem, não só o dever, mas a obrigação de rever muitos dos seus métodos e contestar as próprias políticas e dos países, discriminadamente chamados de G-8, que cada vez mais escravizam o crédulo, trabalhador e honrado povo brasileiro.
O momento, é a visão e o sentimento de indignação, exige que se faça uma reflexão sobre a forma espúria, oportunista e exploratória empregada pelas igrejas, indistintamente, quanto a ganaciosa e mercenária cobrança, quase que compulsória, do “dízimo”. Isso, conforme revelou uma amiga, sem falar que cobram para subir as escadas no Vaticano e para pegar o elevador que dá acesso ao ponto mais alto da Basílica de São Pedro, o preço é dobrado. Afora, evidentemente, as ditas bentas medalhinhas, santinhos e outros “souvenirs” que fazem tilintar o caixa da Cúria Romana..
Hoje, mais acentuadamente, a fé em Deus é “vendida” explicitamente. Deus e Cristo viraram produtos banalizados e altamente rentáveis a todos os impostores da fé. “Passa a socolinha”, como ironizava Chico Anísio com seu personagem batizado de “bispo”, ou como denuncia Zé Geraldo na canção “Ou Dá ou Desce”.
Nessa vinda do Papa Bento XVI ao Brasil, de apenas cinco dias, anunciou-se (ainda extraoficialmente) um gasto de nada menos do que R$ 20 milhões, sem considerar a garrafa do vinho papal a R$ 350,00 cada; o cálice banhado de ouro, prata e bronze que custou a bagatela de RR 3.500,00, as 600 êmbulas de latão banhado a ouro, com 10 cm de altura, doadas a padres; os US$ 100 mil feitos doação à Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá, e uma gama mais de abusos de ostentação que, segundo a própria Igreja Católica Apostólica Romana, pela luxúria e fausteza, se inserem na conta de “pecado capital”. Ou tal só tem efeito para os incautos e ignorantes fiéis?
As igrejas e seus compulsórios “dízimos” são tema que merecem que o Congresso Nacional e o Governo se debruce no sentido de rever e reavaliar a legalidade de tal exploração e compulsoriedade, posto que sobre os mesmos sequer há qualquer forma de controle, fiscalização e tributação. Ainda mais que é notório a forma como o compulsório “dízimo” vem sendo empregado pelas mais diferentes igrejas, num viés inadimissível aos apregoados propósitos, tendo como resultante o hiper enriquecimento da cúpula das diferentes das igrejas, estas libertas de qualquer processo legal, repito, de controle, fiscalização ou tributação.
A mídia, por sua vez, se faz cúmplice, posto que sensacionaliza tais eventos com transmissões diárias à exaustão e a cada passo dado por Bento XVI, quando não enchem os espaços durante as 24 horas com abobrinhas sem qualquer propósito informativo ou jornalístico, a não de alienar massificando. Mas não podemos esquecer que o Vaticano, ainda que seu banco tenha entrado em falência (ou seria uma estratégia para capitalizar mais doações de parte dos fiéis) devido às más gestões das cúpulas da Igreja, é reconhecido mundialmente como a maior e mais poderosa multinacional do mundo. Aí, para quem desconhece, reside o grande “carisma” que a Igreja, o Papa, cardeais, arcebispos, bispos e padres têm. Um poder, como todos os demais, conquistado a peso de dinheiro, muito dinheiro, desde antes das "cruzadas".
Finalizando, e considerando o quanto arrecadam as igrejas, todas, perde não só os ingênuos e crédutlos fiéis pelo engodo e pela incastidade, mas o próprio Governo, que deixa de arrecadar expressivos valores por não tributável o “dízimo” arrecadado pelas igrejas, muito mais expressivo do que é arrecadado via injusta e espúria CPMF.
Ficam, assim, as sugestões à Igreja Católica e aos políticos de verdadeira fé e lídimo e puro sentimento pátrio.