domingo, 31 de outubro de 2010

O Brasil já tem a primeira mulher presidente depois de 510 anos: Dilma Vana Rousseff

Dilma Vana Rousseff: a primeira mulher a se tornar presidente do Brasil. Governará de 1º/01/2011 a 31/12/2014.
Depois de 510 anos governado por reais e por 31 presidentes, o Brasil passa a ter a primeira mulher como presidente do Brasil: a mineira, que se diz "gaúcha de coração", Dilma Vana Rousseff (PT), que logrou uma larga vitória, no 2º turno das eleições, sobre seu oponente José Serra (PSDB), contabilizando 56% dos votos válidos contra 44% do peessedebista.


Em Canoas-RS, uma das quatro principais cidades do Estado tanto em população (329.903 habitantes, segundo senso do IBGE em 02/10/2010), como em contingente eleitoral (196.165 eleitores, conforme o TRE-RS), além de ser a segunda cidade em arrecadação com um dos pólos industrial e comercial mais expessivos do Rio Grande do Sul, ainda no 1º turno quando havia praticamente três candidatos com condições de postular o cargo de presidente do Brasil, Dilam Rousseff (PT) consagrou 87.663 votos; José Serra (PSDB) logrou 69.710 votos e Marina Silva (PSol) com 29.410 votos, sendo registrados 7.837 votos em branco e 6.682 votos nulos. No 2º turno, a petista Dilma Rousseff confirmou a preferência do eleitorado canoense com 94.238 votos contra 91.566 de José Serra (PSDB), enquanto que os votos em branco totalizaram 5.163 e os nulos 5.749.


Dilma se tornou uma figura pragmática no governo Lula, e disputou o Segundo Turno à Presidência da República com o candidato do PSDB, José Serrá. Veja baixo uma pequena síntese dos feitos mais polêmicos e importantes da vida da primeira mulher presidente do Brasil, Dilma Vana Rousseff.


Dilma Origem: A sagitariana Dilma Vana Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947, em Uberaba, Estado de Minas Gerais. Filha de engenheiro búlgaro que, devido a guerra, fugiu para o Brasil e de professora mineira. Estudou em colégio tradicional e em escola pública.
No início da vida política, Rousseff ingressou em três partidos de esquerda. O primeiro foi o POLOP (Política Operária), e após o Golpe de 1964, Dilma passou a militar no COLINA (Comando de Libertação Nacional), migrando, em 1969, para a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), de linha maoísta (doutrina isnpirada no pensamento de Mao Tseu-tung).

Vida bandida: 
Expulsa da Faculdade de Economia de Belo Horizonte por motivos políticos, passou à clandestinidade, adotando inúmeros codinomes. Dentre outras ações, Dilma ajudou a planejar o assalto à casa da amante do ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, na qual se escondia um cofre pertencente ao político. A ação ocorreu em 18 de julho de 1969, no Rio de Janeiro, e rendeu à guerrilha US$ 2,4 milhões.
Dilma Rousseff ainda organizou três ações de roubo de armas no Rio de Janeiro, sempre em unidades do Exército. Presa em 16 de janeiro de 1970, o promotor militar responsável pela acusação a qualificou de "papisa da subversão". Depois de três anos na prisão, sofrendo bárbaras torturas, Dilma foi libertada e mudou-se para Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, onde concluiu o curso de Economia na Universidade Federal, em 1986.


Do PDT ao Lula lá: Filia-se, então, ao Partido Democrático Brasileiro (PDT), de Leonel de Moura Brizola, depois que o governo militar concedeu anistia política a todos os envolvidos nos anos duros ou "anos de chumbo" da ditadura militar.
No Rio Grande do Sul Dilma Rousseff ocupou os cargos de secretária da Fazenda de Porto Alegre (1986-88), presidente da Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul (1991-93) e secretária de estado de Energia, Minas e Comunicações em dois governos: Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT). Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2001, tornando-se membro do grupo responsável pelo programa de Energia do governo petista.


Dilma diz ser Mestre em Teoria Econômica pela Universidade de Campinas (Unicamp) e doutoranda em Economia Monetária e Financeira pela mesma universidade. Tal fato não foi confirmado pelo diretor de registro acadêmico da Unicamp, Antônio Faggiani, que disse: "Dilma nunca se matriculou em nenhum curso de mestrado na Unicamp".
Agora, isso é verdade: Dilma Rousseff foi ministra da pasta das Minas e Energia entre 2003 e junho de 2005, passando a ocupar o cargo de Ministra-Chefe da Casa Civil desde a demissão de José Dirceu de Oliveira e Silva, em 16 de junho de 2005, acusado de corrupção.
De guerrilheira na década de 1970 a participante da administração pública em diferentes governos, Dilma Rousseff tornou-se uma figura pragmática, de importância central no governo Lula, de quem foi candidata à sucessão nas eleições de 2010, sagrando-se vencedora com 56% dos votos dos mais de 133 milhões de eleitores.


IMPORTANTE: Ao largo da campanha eleitoral de outubro de 2010 trataram, os interessados "cabideiros", os ignaros, os mal intencionados e os previamente sabidos derrotados, de denegrir a imagem de Dilma Vana Rousseff e, por conseqüência todos os que lutaram  - e muitos deram a própria vida, como foi o caso do canoense Celso Gilberto de Oliveira, assassinado em dezembro de 1970 pelo DOI-Codi, com quem convivi e joguei futebol de campo e futebol de botão na casa dos meus pais, então na casa 97 da rua Frederico Guilherme Ludwig - pela retomada da democracia. Hoje, porém, os arquivos estão guardados  e os documentos relacionados com os perseguidos, presos, torturados e mesmo assassinados no DOPS, depois chamado de Deops, e no DOI-Codi, mas sempre instrumentos crueis da repressão disponíveis a todos os brasileiros. E na praça General Osório, junto à antiga Estação da Luz, os lugares onde funcionavam parte dos mecanismos da repressão, hoje transformados no "Memorial da Resistência".


Pois, aí está resgatado, através da denominação de "Memorial da Resistência", o que foram os "guerrilheiros", os "subversivos", os "comunistas" dos malfados "anos de chumbo" (década de 70): RESISTENTES de um regime espúrio e tomado a força, por inspiração de dois dos maiores escroques da política brasileira: Carlos Larcerda (também responsável direto pelo suicídio (???) do presidente Getúlio Dornelles Vargas, fundador e proprietário do Jornal "Tribuna da Imprensa", canal pelo qual atacava insistentemente com tendenciosidade e mentiras o presidente Vargas) e do então governador de São Paulo, Adhemar de Barros, que escondia US$ 2,4 milhões num cofre no apartamento da amante. E aqui uma pergunta que não quer calar: porque esconder no cofre no apartamento da amante tão expressiva quantidade de dinheiro em lugar de depositar num banco que, com certeza, seria mais seguro?


As denominações de "guerrilheiros", "subversivos", "comunistas", etc. foram atribuições dadas pelos que apoiavam a "ditadura fardada" e dela muitos e muitos se locupletaram através de processos de corrupção, desvios e golpes financeiros, inclusive muitos órgãos de imprensa que, inicialmente foram contra o "golpe de 31 de março de 1964" e depois dos arranjos, passaram a apoiar o regime ditatorial, denominando-o até de "revolução redentora", se sequer houve revolução. E "redentora" de que ou prá quem?


"Dilma Rousseff não é apenas a primeira mulher brasileira eleita presidenta (e isso já é extraordinário num país tido como de machistas), é mais que isso, é uma das lutadoras naqueles escuros anos de chumbo. Anos em que, militares teleguiados pelos EUA destruíram a cultura construída nas nossas universidades, a pretexto de evitar o marxismo, mas na verdade para manter a desigualdade social e a semi-escravidão de grande parte da população, da qual só agora vamos saindo. Dilma foi uma resistente, uma anti-golpismo, vinda das hostes de um outro herói, Leonel de Moura Brizola. Sua eleição é o coroamento do longo caminho das batalhas sociais em favor do povo e da liberdade, que são por uma melhor repartição do pão e por uma melhor remuneração do trabalho da maioria da população", como escreveu o jornalista Rui Martins.
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