sábado, 8 de maio de 2010

Abusivas mordomias: O cinismo e a cretinice com os gastos do dinheiro público

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Desde a muito que os governos brasileiros vem desperdiçando dinheiro públicos de todas as formas e sob todos os motivos. Desde a ditadura fardada, que durou nada menos do que 21 anos (1964 - 1985) que, além de alimentar a ganância de alguns poucos militares e outros mais políticos, jogou dinheiro publico, obtido do suor do povo trabalhador, para pseudas obras faraônicas. E um dos maiores - e piores - exemplos foi a famosíssima Transsamazônica, que jamais saiu do lamaçal em que se encontra ainda hoje. E alí, muitos encostados na tirania do poder, se locupletaram ilícita e impunemente. Tudo isso se contrapondo à pobreza e ao famelismo que, desimportados, faz aumentar a marginalidade, a violência ao ponto de se constatar uma quase guerra-civil entre policias civis e militares X grupos paramilitares X marginais.

Na seqüência, vieram os mandos e desmandos com recursos públicos no acomodamento de familiares e apadrinhados via trenzinhos da alegria, cabides de empregos, assessorias biônicas, assessores fantasmas, auxílios-paletós, auxílio-moradias, apesar de que muitos que recebem tais verbas, já moram em apartamentos cedidos, gratuitamente, via processos de mordomias, na área nobre da capital Brasília, e os auxílios-passagens e auxílio-combustível, estes dois com dinheiro escamoteado via notas frias e sem qualquer forma ou processo de controle transparente. E por aí segue-se a gama de formas e fórmulas, feitas casuisticamente legais, para os políticos de todos os escalões embolsarem mais dinheiro do que os polpudos salários que recebem sem maiores justificativas e, assim, enriquecerem ilicitamente. E na contra-mão desses processos abusivos e espúrios, registra-se o aumento da desatenção dos governantes e dos políticos com a pobreza e com a famelidade. E isso é o retrato de uma realidade infame, bárbara e desumana.

Todo esse quadro negro, sem se falar nos crimes de corrupção, de sonegação, de desvios de recursos públicos que corroem os cofres públicos em bilhões e bilhões de reais - todos impunes -, passando pela tartufice dos repasses de mais bilhões de reais - melhor seria gastos desnecessários, se não houvessem razões mantidas nos subterrâneos da verdade real, enquanto os números reais nunca são real e oficialmente revelados de forma transparente - em pacotes de estímulos econômicos para evitar a (pseuda) quebra de bancos, sob o pretexto de uma crise econômica mundial não bem esclarecida e menos ainda justificada.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva, segundo o jornal espanhol "El País" (09/05/2010), destacou que, "se o Brasil mantiver a seriedade fiscal e monetária, além dos investimentos e do controle da inflação, terá tudo para se transformar em uma potência respeitada no mundo". Até aí tudo bem. Mas e a seriedade com os gastos públicos e o desperdício do dinheiro do povo trabalhador brasileiro, como referenciado acima, quando começará a ter um efetivo e transparente controle? Ou a corrupção, a sonegação, os desvios e os desmandos abusivos dos políticos não tem importância e nem controle?

Pois, conforme o professor de Economia Ricardo Bergamini, no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2009, somente o Gabinete da Presidência da República produziu uma despesa da bagatela de R$ 22 bilhões, e com "turismo público", como se refere Bergamini, os três poderes  da União (Executivo, Congresso e Judiciário) gastaram nada menos do que R$ 1,8 bilhões com Diárias e Passagens e mais R$ 2,2 bilhões com Auxílio-Alimentação, totalizando exatos R$ 4 bilhões. Isso sem contar os gastos em publicidade via televisão e alguns privilegiados veículos como jornais, rádios e revistas.

Esse desperdício do dinheiro público, esses gastos irresponsáveis, ilegítimos e injustificáveis proporcionados pelos nossos governantes, deputados, senadores e magistrados, são crimes de lesa pátria, crimes contra o patrimônio público e a sociedade brasileira que paga compulsoriamente, caso contrário será penalizada ainda mais com a adoção de multas e outras proibições que, numa democracia, não poderia vigir, e menos ainda ser tornada legal. É a sistemática da pressão e opressão imposta despoticamente. E aí reside uma das boas razões para se acreditar que a impunidade não terá fim, posto que judiciário, congresso e governo estão todos com seus rabos presos uns nos outros.

Enquanto isso, os aposentados, mesmo diante da aprovação de um aumento de 7,7% pela Câmara Federal, cujo projeto terá, ainda, que ser aprovado pelo Senado e depois passar pela sanção do presidente Luís Inácio Lula da Silva (que já adiantou que vai vetar), enfrentam as maiores dificuldades para sobreviverem, sem considerar que o avançado da idade exige a necessidade da aquisição de medicamentos e assistência médico-hospitalar. Paralelamente, enquanto o Governo desperdiça bilhões em campanhas publicitárias para erradicar a DENGE, a AIDS, a GRIPE SUINA (combate ao Vírus H1N1), o consumo de CRACK, esquece-se de construir mais hospitais, aumentar o número de leitos nos hospitais públicos já existentes e de construir casas especializdas na recuperação de viciados em crack, cola, maconha, cocaina, drogas sintéticas e outras tantas drogas. Mas a publicidade, mesmo sob esse cinismo e essa cretinice toda continua enfeitando os vídeo das televisões e fazendo tilintar o caixa das grande Organizações de Comunicação Social e, obviamente, arrancar sorrisos dos "todos poderosos donos" dessas mesmas organizações. Esse um sintomático processo de blindagem da realidade que acontece nas "coxias", nos bastidores dos três poderes: em suma um cinismo e uma cretinice só curável com a mudança, com a renovação total. E um desses caminho, como já mostramos noste blog, é a indignação, a demonstração de revolta, da ira e descontentamento, portanto, uma das formas para demonstrar isso é o VOTO NULO.

É como denuncia abertamente o professor Ricardo Bergamini: "A imprensa brasileira não faz jornalismo na redação, mas sim na tesouraria". E aqui reside um dos mais graves câncros da pseuda democracia que vige nos Brasil desde o fim do fatídico regime da "ditadura fardada": o disfarçado acobertamento da "verdade factual", como bem classifica o jornalista Mino Carta, substituída pela manipulação descarada, pela omissão propositada e, em conseqüência, pelos desmandos absurdos e os abusos praxeiros promovidos pelos que estão no poder. E poder, aqui, comprende: Executivo, Congresso e Judiciário. Isso é que é o FIM DA PICADA, a FALTA DE VERGONHA e de SENSIBILIDADE PUBLICA.

Para acabar com essa pilantragem desavergonhada - e você não perde nada, quem perde são eles, os governantes, políticos e magistrados - VOTE NULO !!!

*** Contatos via e-mail: la-stampa@ig.com.br
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