sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O ex-jogador e deputado federal, Romário, abre as baterias e solta o verbo.

Romário de Souza Faria: Uma das esperanças de belos gols pró povo brasileiro.
Entrevista do ex-jogador e atual deputado Federal, Romário de Souza Faria concedida ao repórter Cosme Rímoli, da TV Record.

R - Vamos ser diretos: Como é que você como um deputado federal largou tudo para comentar o Pan? Você não deveria estar em Brasília?

Romário - Ótima pergunta. Eu vim ao México comentar futebol por que é viável. Não estou roubando ninguém. Posso ter licença sem remuneração como deputado federal. Como todos tiram. Estou trabalhando em várias frentes em Brasília. Visitei 11 estádios dos 12 que servirão para a Copa do Mundo no Brasil. Fiz projetos para amparar crianças e adolescentes com síndrome de Down. Estou empenhado nas luta contra a droga e em projetos de apoio aos dependentes químicos. Ajudo nos projetos para tentar tirar o crack das comunidades carentes. Trabalho demais. E tenho direito à licença não remunerada. Foi o que fiz. Vim para o México para fazer o que eu sei: comentar futebol pela TV Record. Vou passar a minha experiência de mais de 25 anos. Ficarei ausente 15 dias e não receberei por 30. 15 dias a mais sem receber dinheiro público. Por que acho justo. Tenho direito, mas é a minha maneira de compensar a minha ausência de Brasília. Todos os deputados federais exercem esse direito. Eu não posso por que sou o Romário? Não tem essa! Minha vida é transparente, limpa.
E vou dizer mais. Com o salário de deputado federal apenas, não consigo dar o conforto que a minha família merece. Por isso não serei hipócrita de dizer não a um trabalho que posso conciliar sem atrapalhar minha missão como deputado. Além disso, eu estou aqui no México, mas meus funcionários estão trabalhando em Brasília. E no meu escritório do Rio. O meu rádio não para de tocar. Não estou aqui de férias no México. Trabalho e trabalho pra c...! Sou honesto, limpo. Ninguém tem o que dizer de mim. Sai de licença sem remuneração para trabalhar por que tenho o direito.

R - Esta visão que muita gente tem de política é verdadeira? Nossos políticos são corruptos?

Romário - Vou ser bem sincero com você. Conheço para valer uns 20, 25 deputados em Brasília. Posso falar que pelo menos a metade não merece confiança. Tem gente séria, mas há muito pilantra por lá. Cada um segue o seu caminho. Descobri que é possível sim trabalhar sem se sujar com a corrupção. Sem receber 10% de comissão. Sem armar esquemas para receber propina. Não sou bobo e muito menos ingênuo. Sei o que acontece. Só se corrompe quem quer. A minha opção é trabalhar de forma honesta. Me encontrei na política. Peguei gosto. Sinto que há muito para fazer pelo País. Basta se empenhar, querer trabalhar.
Política não é só roubar, como querem alguns. Acompanho muito de perto as minhas áreas. O esporte, o combate às drogas... E busco aliviar o problema de milhões de pessoas com Síndrome de Down no Brasil. Tenho a minha filha que é uma princesa, a Ivy. Ela tem Down, mas tem uma vida cercada de carinho e cuidados. É preciso ter dinheiro para que ela viva bem. Por que o governo não oferece recursos. Essa é uma luta que peguei para mim até o resto da vida. Tornar a vida dessas pessoas e das pessoas que as cercam viável. Hoje não é.

R - Você não está se destacando também por falta de lideranças políticas no Brasil?

Romário - Eu concordo... Não temos líderes na política brasileira. Depois que o presidente Lula terminou o seu segundo mandato, ficamos sem. A presidente Dilma está ainda tentando, aprendendo a exercer a liderança. Eu sempre tive essa minha personalidade forte, firme. Estou usando a minha experiência de vida na política brasileira e está dando certo.

R - Você acha que acabou para o ministro dos Esportes, Orlando Silva?

Romário - Acredito que empresas sérias como revistas de circulação nacional, grandes jornais, as grandes tevês do País, como a Record, Globo, SBT não iriam acusar um ministro sem provas. O Orlando está se defendendo. As acusações são graves. Não tem como negar que sua imagem foi abalada. Se ele não provar com toda a convicção que não tem nada a ver com os escândalos, precisa sair. Falo isso sem nenhum interesse, até por que hoje não tenho condições de ser ministro. Não estou preparado para isso. Talvez me prepare no futuro. Mas hoje, não. Falo como cidadão que vê um ministro sendo acusado de forma tão pesada, direta. Se ele não me convencer que não tem nada a ver com isso, não deve ficar. Chega de gente sem condições morais ocuparem cargos importantes neste país!

R - Qual o seu futuro, você quer ser ministro dos Esportes ou se tornar presidente da CBF?


Romário - Olha! Soube que você teve informações que eu gostaria de ser presidente da CBF. Seguindo o caminho do Platini na Uefa. Vamos separar as coisas. Não tenho nada a ver com o Platini, sei que ele faz o seu trabalho na Uefa, só que ele não é meu ídolo. Nem nunca foi. Comandar o futebol brasileiro é algo que seria muito interessante. Há muita coisa errada.
Mas agora eu também não estou preparado para isso, não. Sinto que estou em uma fase da minha vida que estou aprendendo muito. Quem sabe, no futuro possa até brigar para presidir a CBF... Agora, não.
Eu quero me tornar cada vez melhor político. Fazer o que puder para ajudar o Brasil a ter mais dignidade. Minha área sempre foi o futebol. Minha vida toda estive ligado ao esporte. Estou em uma fase de profundo trabalho e aprendizado. Quero me sentir pronto tanto para um dia pensar na CBF. Ou quem sabe pensar no Ministério do Esporte. Por que não? Por que fui jogador de futebol?

R - Você foi recebido com preconceito em Brasília?

Romário - Olha, vou ser claro para quem ler entender como as coisas são. Há o burro, aquele que não entende o que acontece ao redor. E há o ignorante, que não teve tempo de aprender. Não houve preconceito comigo porque não sou nem uma coisa nem outra. Mesmo tendo a rotina de um grande jogador que fui, nunca deixei de me informar, estudar. Vim de uma família muito humilde. Nasci na favela. Meu pai, que está no céu, e minha mãe ralaram para me dar além de comida, educação.
Consciência das coisas... Não só joguei futebol. Freqüentei dois anos de faculdade de Educação Física. E dois de moda. Sim, moda. Sempre gostei de roupa, de me vestir bem. Queria entender como as roupas eram feitas. Mas isso é o de menos. O que importa é que esta sede de conhecimento me deu preparo para ser uma pessoa consciente... Preparada para a vida.
E insisto em uma tese em Brasília, com os outros deputados. O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. E seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso.
A Saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais.

R - Essa ignorância ajuda a corrupção? Por exemplo, que legado deixou o Pan do Rio?


Romário - Você não tenha dúvidas que a ignorância é parceira da corrupção. Os gastos previstos para o Pan do Rio eram de, no máximo, R$ 400 milhões. Foram gastos R$ 3,5 bilhões.
Vou dar um testemunho que nunca dei. Comprei alguns apartamentos na Vila Panamericana do Rio como investimento. A melhor coisa que fiz foi vender esses apartamentos rapidamente. Sabe por quê? A Vila do Pan foi construída em cima de um pântano. Está afundando. O Velódromo caríssimo está abandonado. Assim como o Complexo Aquático Maria Lenk... É um escândalo! Uma vergonha! Todos fingem não enxergar. Alguém ganhou muito dinheiro com o Panamericano do Rio.
A ignorância da população é que deixa essa gente safada sossegada. Sabe que ninguém vai cobrar nada das autoridades. A população não sabe da força que tem. Por isso que defendo os professores. Não temos base cultural nem para entender o que acontece ao nosso lado. E muito menos para perceber a força que temos. Para que gente poderosa vai querer a população consciente? O Pan do Rio custou quatro vezes mais do que este do México. Não deixou legado algum e ninguém abre a boca para reclamar.


R - Se o Pan foi assim, a Copa do Mundo no Brasil será uma festa para os corruptos...


Romário - Vou te dar um dado assustador. A presidente Dilma havia afirmado quando assumiu que a Copa custaria R$ 42 bilhões. Já está em R$ 72 bilhões. E ninguém sabe onde os gastos vão parar. Ningúem.
Com exceção de São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e olhe lá...Pernambuco... Todas as outras sete arenas não terão o uso constante. E não havia nem a necessidade de serem construídas. Eu vi onze das doze... Estive em onze sedes da Copa e posso afirmar sem medo. Tem muita coisa errada. E de propósito para beneficiar poucas pessoas. Por que o Brasil teve de fazer 12 sedes e não oito como sempre acontecia nos outros países? Basta pensar.
Quem se beneficia com tantas arenas construídas que servirão apenas para três jogos da Copa? É revoltante. Não há a mínima coerência na organização da Copa no Brasil.


R - São Paulo acaba de ser confirmado como a sede da abertura da Copa. Você concorda?


Romário - Como posso concordar? Colocaram lá três tijolinhos em Itaquera e pronto... E a sede da abertura é lá. Quem pode garantir que o estádio ficará pronto a tempo? Não é por ser São Paulo, mas eu não concordaria com essa situação em lugar nenhum do País.
Quando as pessoas poderosas querem é assim que funcionam as coisas no Brasil. No Maracanã também vão gastar uma fortuna, mais de um bilhão. E ninguém tem certeza dos gastos. Nem terá. Prometem, falam, garantem mas não há transparência.
Minha luta é para que as obras não fiquem atrasadas de propósito. E depois aceleradas com gastos que ninguém controla.

R - O que você acha de um estádio de mais de R$ 1 bilhão construído com recursos públicos. E entregue para um clube particular.

Romário - Você está falando do estádio do Corinthians, não é? Não vou concordar nunca. Os incentivos públicos para um estádio particular são imorais. Seja de que clube for. De que cidade for. Não há meio de uma população consciente aceitar.
Não deveria haver conversa de político que convencesse a todos a aceitar. Por isso repito que falta compreensão à população do que está acontecendo no Brasil para a Copa.


R - A Fifa vai fazer o que quer com o Brasil?


Romário - Infelizmente, tudo indica que sim. Vai lucrar de R$ 3 a R$ 4 bilhões e não vai colocar um tostão no Brasil. É revoltante. Deveria dar apenas 10% para ajudar na Educação. Iria fazer um bem absurdo ao Brasil.
Mas cadê coragem de cobrar alguma coisa da Fifa. Ela vai colocar o preço mais baixo dos ingressos da Copa a R$ 240,00. Só porque estamos brigando pela manutenção da meia entrada. É uma palhaçada!
As classes C, D e E não vão ver a Copa no estádio. O Mundial é para a elite. Não é para o brasileiro comum assistir.

R - Ricardo Teixeira tem condições de comandar o processo do Mundial de 2014?


Romário - Não tem de saúde. Eu falei há mais de quatro meses que ele não suportaria a pressão.
Ser presidente da CBF e do Comitê Organizador Local é demais para qualquer um. Ainda mais com a idade que ele tem. Não deu outra. Caiu no hospital. E ainda diz que vai levar esse processo até o final. Eu acho um absurdo.


R - Muito além da saúde de Ricardo Teixeira. Você acha que pelas várias denúncias, investigações da Polícia Federal... Ele tem condições morais de comandar a organização Copa no Brasil?


Romário - Não. O Ricardo Teixeira não tem condições morais de organizar a Copa. Não até provar que é inocente. Que não tem cabimento nenhuma das denúncias. Até lá, não tem condições morais de estar no comando de todo o processo. Muito menos do futebol brasileiro...


Do blogueiro: Espera-se que o "Baixinho" seja realmente tão raçudo, corajoso, competente e responsável na Câmara Federal quanto foi dentro das quatro linhas, quando jogador que conquistou o título de "Melhor Jogador do Mundo" e ajudou a Seleção Brasileira a conquistar o Tetra Campeonato Mundial de Futebol. 
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Vergonha Nacional: Os dez anistiados mais bem pagos.



Alguém falou, no passado próximo: "ESSE NÃO É UM PAÍS SÉRIO" !
Alguém se lembra quem disse?

Como disse Millor Fernandes ao recusar a indenização: "Não era ideologia, era investimento".

O País que saber: Os dez mais da Anistia.

1) José Carlos da Silva Arouca - Indenização: R$ 2.978.185,15 - Pensão mensal: R$ 15.652,69. - Relator: Márcio Gontijo.

2) Antonieta Vieira dos Santos - Indenização: R$ 2.958.589,08 - Pensão mensal: R$ 15.135,65. - Relator: Sueli Aparecida Bellato.

3) Paulo Cannabrava Filho - Indenização: R$ 2.770.219,00 - Pensão mensal: R$ 15.754,80. - Relator: Márcio Gontijo.

4) Renato Leone Mohor - Indenização: R$ 2.713.540,08 - Pensão mensal: R$ 15.361,11. - Relator: Hegler José Horta Barbosa.

5) Osvaldo Alves - Indenização: R$ 2.672.050,48. - Pensão mensal: R$ 18.095,15. - Relator: Márcio Gontijo.

6) José Caetano Lavorato Alves - Indenização: R$ 2.541.693,65 - Pensão mensal: R$ 18.976,31. - Relator: Márcio Gontijo.

7) Márcio Kleber Del Rio Chagas do Nascimento - Indenização: R$ 2.238.726,71 - Pensão mensal: R$ 19.115,17. - Relator: Márcio Gontijo.

8 ) José Augusto de Godoy - Indenização: R$ 2.227.120,46 - Pensão mensal: R$ 12.454,77. - Relator: Sueli Aparecida Bellato.

9) Fernando Pereira Christino - Indenização: R$ 2.178.956,71 - Pensão mensal: R$ 19.115,19. - Relator: Márcio Gontijo.

10) Hermano de Deus Nobre Alves - Indenização: R$ 2.160.794,62 - Pensão mensal: R$ 14.777,50. - Relator: Vanda Davi Fernandes de Oliveira.

O ranking dos 10 mais da lista dos anistiados políticos soma R$ 25.439.875,94 em indenizações. A quantia é suficiente para instalar, por exemplo, 26 mil computadores em escolas públicas ou equipar 31 hospitais com aparelhos de tomografia. As cifras aparecem na folha de pagamento do Ministério do Planejamento.

A identificação dos beneficiários exige uma demorada busca na coleção do Diário Oficial da União. Todas as indenizações foram aprovadas pela Comissão de Anistia. Quem nomeou essa “Comissão de Anistia" ?

O n° 1 da lista, José Carlos da Silva Arouca, recebe, regularmente, todos os meses os R$ 15,6 mil da pensão. Fica a pergunta: O que ele fez pelo Brasil para merecer tanto dinheiro?
Eu era filiado ao Partidão”, conta em tom orgulhoso, chamando pelo apelido carinhoso o velho Partido Comunista Brasileiro. “Tinha uma militância política muito intensa junto aos sindicatos”. Em 1999, 20 anos depois da anistia, Arouca se tornou juiz do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Aposentou-se em  2005 e, no mesmo ano, foi contemplado com a indenização milionária.

Terceiro do ranking, Paulo Cannabrava Filho,conseguiu R$ 2,7 milhões, além da pensão de 15.754,80 por mês. Presidente da  Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas Profissionais, Cannabrava recebe o equivalente ao salário médio de um editor. Procurado por VEJA.com, exigiu que a pergunta fosse feita por e-mail. Atendida a exigência, respondeu com admirável concisão: “A VEJA digo: nada a declarar. Assunto encerrado”. 
 
Os beneficiários das boladas gostariam que o assunto fosse sepultado para sempre. Os brasileiros que pagam a conta discordam.

O quarto da lista, Renato Leone Mohor, também premiado com R$ 2,7 milhões, teve a reparação equiparada ao salário médio de um chefe de redação: R$ 15,3 mil. Encerrou o telefonema ao saber que conversava com um repórter de VEJA.com. “Este número é confidencial e não vou te atender, amigo”.

Entre os relatores, o campeão da generosidade com dinheiro alheio é o advogado Márcio Gontijo, com seis dos 10 nomes entraram no ranking graças ao parecer favorável do conselheiro perdulário. Eu sou o conselheiro mais antigo da Comissão, muitos processos já passaram pelas minhas mãos”, desconversa Gontijo. E quais foram os critérios que ampararam a gastança?  “Eu me baseio na lei”, acredito. Ninguém sabe exatamente a que lei se refere.

Por estas e outras é que querem ressucitar a CPMF.


Do blogueiro: Tal quadro, juntando-se a essa "vergonha nacional", que apenas priorizou alguns poucos privilegiados ou apadrinhados com indenizações exorbitantes e pensões absurdas e injustificadas, vem os militares que, depois de desencarnarem, a esposa ou filha ficarão "premiadas" com a pensão vitalícia. Tudo mais sem considerar os absurdos abusos com que tratam o dinheiro público, pagando quantias milionárias aos senadores e deputados federais com direito a aposentadoria após dois mandatos, deputados estaduais e vereadores e mais ainda, os governadores e presidentes que, quando deixam o poder, passam também a receber pensão vitalícia de valores estratosféricos, somando-se as mordomias.


Se o governo brasileiro, os políticos e as elites dominantes não se aterem a tais questões, não será de se duvidar que amanhã ou depois o Brasil poderá se tornar uma nova Grécia. E tudo por inconsequência, irresponsabilidade, privilégios abusivos e mordomias inadmissíveis que há longo tempo vem sendo concedidas a governantes, políticos, magistrados, promotores e o próprio funcionalismo público dos três escalões: federal, estaduais e municipais.


Quem viver, poderá comprovar! 


domingo, 30 de outubro de 2011

O Maior Embuste da História!



Este artigo é acerca de Dan Brown, o "Código Da Vinci", o cristianismo (a vida de Cristo) e a maior e mais bem sucedida falsidade imposta à “civilização” ocidental.

Antes de mais nada tenho de declarar que não li “O código Da Vinci”, nem estou pensando em ler, por agora...
O conteúdo do livro tem sido tão amplamente comentado, tão amplamente revelado que me desinteressa, de todo. Espero conseguir explicar porquê até ao final deste artigo.

Em boa verdade, este livro corrobora o que eu considero ser a maior e mais bem sucedida impostura da história da civilização ocidental: Jesus Cristo, a sua existência e vida, a sua condição divina, e todas as outras “idéias feitas” e dogmas (patranhas) cimentados ao longo de séculos de mistificações, impostas como verdades incontestáveis, com recurso a todo o tipo de atrocidades, a medidas repressivas, destruidoras da humanidade e da civilização.

A Igreja Católica ainda não ajustou contas com a história em relação a todos os crimes hediondos e abomináveis que cometeu, em nome desta falsidade sem tamanho. A Igreja Católica não tem como escapar a esse ajuste de contas!

A vantagem do “Código Da Vinci” foi reacender a discussão pública à volta da verdade história destes fatos e suas diferentes versões.

Num comentário transmitido no canal 2 da RTP, foi referida a existência duma grande variedade de evangelhos, nos primeiros tempos do cristianismo, de cujos foram descobertos, recentemente, no Egipto, alguns exemplares. Terão sido escondidos por monges que deles se serviam, quando a “classe dominante”, na Igreja Católica, decidiu decretar como válidos apenas os 4 evangelhos que fazem parte do Novo Testamento e banir todos os outros, mandando destruí-los. Porém, a existência destes outros evangelhos já tinha sido referida noutros documentários sobre achados arqueológicos…

Como poderão verificar pelo teor deste artigo, recebi educação (e formação) católica durante toda a minha infância e parte da adolescência. A vantagem é conhecer bem o tema que, afinal, quer se queira quer não, se misturou com as nossas referências sociais e históricas, condicionando-as.

Da descoberta dos textos, acima referida, pode-se concluir que, nos primeiros tempos do cristianismo, existiam muitos “evangelhos”, certamente elaborados como forma de registo e transmissão de conhecimentos e preceitos, por parte dos que os professavam, cultivavam e divulgavam. A existência de todos esses escritos evidencia que estas comunidades eram “centros” de cultura, de divulgação cultural, duma cultura e princípios que calavam fundo no sentir das gentes, justificando a enorme adesão que registavam. Até por isso, por se tratar de gente culta, é inexplicável o desconhecimento de elementos concretos da vida de Cristo… a não ser pelo fato dessa figura nunca ter existido, tratando-se duma lenda.

Como todos saberão, os evangelhos eleitos para fazerem parte do Novo Testamento terão sido “feitos” (ou adaptados?) cerca de dois séculos depois dos “acontecimentos”… Logo, a sua fiabilidade é, no mínimo, discutível.

Nesses outros evangelhos, agora encontrados, são desmentidos, claramente, alguns “preceitos” impostos à comunidade cristã (e a toda a sociedade ocidental durante a longa ditadura, déspota, do papado) como autênticos; isto é: como tendo sido definidos por Jesus. Um desses preceitos diz respeito ao afastamento das mulheres em relação ao exercício do sacerdócio. Mais grave! Um desses evangelhos terá tido origem nos ensinamentos de Maria Madalena, identificada neles como discípula muito próxima de Cristo, sua preferida; e “identificada” por alguns conhecedores desses escritos (ou de outros semelhantes) como sendo companheira e esposa do próprio Cristo, a confirmar aquela máxima de que: “atrás dum grande homem está, sempre, uma grande mulher”.

Para “apagar” a sua influência (de Maria Madalena) e banir as mulheres dos cargos decisórios, o caráter vil da “classe dominante” da Igreja católica transformou-a em “prostituta”, dois séculos depois de, ao que parece, ter sido uma preciosa auxiliar da obra de Cristo (qualquer que seja o significado, real, que esta palavra possa ter…).

Aliás, se lermos, com atenção, os 4 evangelhos seleccionados para fazerem parte do Novo Testamento, tem-se, frequentemente, a idéia de que se referem a pessoas (mestres) diferentes, com características pessoais diferentes. Eu acho que é isso mesmo: a lenda construída à volta da figura de Cristo resultou de várias figuras diferentes, de mestres, líderes, dos cristãos. Assim, Maria Madalena pode muito bem ter sido companheira, colaboradora ou esposa de um desses líderes. Mas isso não faz dela a progenitora de “sangue real”, mesmo que tenha concebido desse líder, como pretende fazer crer o “Código Da Vinci” atribuido-lhe a maternidade da descendência de Cristo, conotando com esse fato o termo “Santo Graal”… e por aí fora.

Donde eu concluo que este livro assume como verdade fatos de autenticidade histórica duvidosa. Porquê esta minha crítica?

Recentemente, alguém que me está próximo, sabendo do meu vício da leitura, ofereceu-me um livro que versa sobre o papel das lendas e da mitologia e sua interligação com a cultura helênica, na “construção” da história da fundação de Roma, cidade que deu origem ao Império Romano, como todos sabem. Os relatos que servem de base a este tipo de estudos resultam de “histórias” descritas pelos escritores e historiadores clássicos, recolhidas da tradição oral ou de registos mais antigos. Pode-se observar que todos os “fatos”, com veracidade histórica ou não, são contados na forma de lendas, incluindo elementos fantásticos. Em alguns casos existe até uma grande promiscuidade entre deuses e personagens históricas. Não raro é referido que estes eram “preceitos” seguidos pelos escritorees e por muitos historiadores, em relação à descrição, propagandística, dos “acontecimentos” do passado. Em Roma, as famílias patrícias eram descendentes diretas de deuses…

Porém, na época em que se diz que Cristo terá existido, estava-se em plena antiguidade clássica, romana, e havia registos históricos, desde há já vários séculos, desde, pelo menos, a época dourada da civilização grega…

Se tivesse existido, realmente, um Cristo, de origem divina, com tantos feitos extraordinários, como o que a Igreja impingiu e impôs à humanidade durante todo este tempo, não para seguir e aplicar a sua doutrina mas como forma de “legitimar”, pela fé e respectivos dogmas, os seus crimes, seria impossível não existirem referências, por parte dos historiadores da época, a vários fatos correlacionados. Essas referências não aparecem em lugar algum. Logo, o Cristo que foi imposto, durante séculos, à humanidade, à custa de repressão e de atrocidades, o Cristo que “justificou” “a longa noite de dez séculos”, vivida na Europa, a idade média, com toda a sua ignorância, obscurantismo e perseguição da cultura, da ciência e da dignidade humana, sob o domínio, déspota e criminoso, do papado, esse Cristo nunca existiu!

Tenho idéia de ter ouvido ou lido, há muito tempo, não sei quando nem onde, que terá existido um historiador grego (?), dessa época, que refere a existência, no Médio Oriente, duma organização que lutava contra a ocupação romana, com características próximas das que são atribuídas a Cristo e seus discípulos, nomeadamente a condição predominantemente celibatária dos seus elementos... Porém, seria uma organização de guerrilheiros (hoje designados como “terroristas”), cujos membros terão sido todos condenados à morte e executados, pelos romanos…
Se alguém souber algo mais sobre este assunto…

Com ou sem essa referência histórica, a impostura é evidente, Já vou explicar porquê!

Tentei explicar, acima que, nas circunstâncias históricas dos “acontecimentos” e tendo em conta, também, o carácter de “centros culturais” das próprias comunidades cristãs, não há como explicar a total ausência de referências dos historiadores da época e o desconhecimento de elementos básicos da vida de Cristo, a não ser por se tratar duma lenda, talvez baseada em fatos (a crucificação dum elevado número de membros da tal organização) distorcidos de modo a criar um herói, a introduzir o elemento religioso e divino, tão comum naquela época, essencial a qualquer doutrina que se prezasse, a ponto de ser um “preceito” a respeitar por qualquer escritor e por muitos historiadores, pelo menos em relação ao passado… Era assim na tradição grega, adoptada pela tradição romana… Mas existem também muitas semelhanças entre as lendas gregas, as lendas romanas e as “histórias” da própria bíblia, a denunciar estas coincidências de critérios…

Portanto, se essas comunidades queriam granjear a adesão de pessoas habituadas às culturas romana e grega, esses elementos teriam de aparecer. Podem ter aparecido como “argumentos” ilustrados usando os elementos culturais de então, ao jeito do que fazem, atualmente, com a própria religião cristã, os ateus?
Curiosamente, o próprio Cristo explica, nos evangelhos “escolhidos”, como se criam este tipo de lendas e se divinizam os seus protagonistas… É apenas mais um exemplo a ilustrar que, desde há muitos séculos, a melhor forma de enganar é usando a verdade. Assim ao estilo de: “com a verdade me enganas!”.
Seja como for, eu acho que essa cedência dos pregadores cristãos aos “padrões” da época, como forma de se fazerem entender, forneceu os ingredientes que permitiram transformar uma linda doutrina social e humana, que pregava a igualdade e a fraternidade, num poderoso instrumento de opróbrio da sociedade, tão magistralmente usado, pelos DONOS da Igreja Católica e sua doutrina, durante séculos!

Há quem afirme e jure que o Vaticano esconde, ciosamente, todos os escritos que dão uma visão realista dos fatos, porque eles negam as patranhas em que assentou o seu poderio e os fundamentos da sua legitimidade e “ensinamentos” que ainda hoje impõem aos ingênuos, aos incultos (que são cada vez menos). Terá a classe dominante da igreja católica banido e escondido todas as referências históricas fidedignas, da época, assim como baniu os inúmeros registos usados pelas próprias comunidades cristãs, os tais “evangelhos” agora descobertos? Ou será que esses “elementos secretos” escondidos, ciosamente, pelo Vaticano, são exemplares destes evangelhos que, em qualquer caso, por si sós, denunciam a enorme fraude em que assentou o domínio da Igreja e o seu carácter criminoso?

Não há dúvidas de que existiu uma organização com um ou vários líderes (Cristos) de carácter excepcional. A questão que eu colocaria, em primeiro lugar, é se as características que fizeram o êxito dessa doutrina são mérito de um único homem ou de um vasto conjunto de pessoas, da tal organização e seus membros. Eu prefiro a segunda opção, porque é a única objectivamente credível. O fato de haver (?) um historiador grego que, de tão longe, diz que os membros da tal organização (admitindo que seja a mesma) foram todos assassinados pelos romanos, pode resultar, apenas, da propaganda romana e não corresponde exatamente à verdade. As características atribuídas a essa organização, à distância, também não oferecem maior garantia de fiabilidade…

Homens (ou mulheres?) muito dignos e de excepcional valor, de enorme clarividência, alguns visionários (que o senso comum classifica de adivinhos?) até, sempre houve e sempre vai haver. É um fenômeno raro mas que, na imensidão do número de seres humanos, tem ocorrência garantida. Porém, estes, sozinhos, não conseguem “desempenhar o seu papel”. Eu diria que é porque não conseguem uma sintonia de esforços, de um grupo com elevadas características, que o permita. As sociedades humanas são mesmo assim. Faz parte da nossa condição de seres gregários; é uma característica nossa, incontornável.

A ocorrência destes “seres de eleição” é tão normal e provável como a ocorrência de loucos, facínoras, igualmente visionários, mas “senhores das trevas e da desgraça”, como são exemplo Nero, Napoleão, Hitler, Bush e respectivas trupes, para citar apenas alguns. Não há como explicar o êxito destes e a eficiência na neutralização dos “seres de eleição”, a não ser devido ao fato de a humanidade ainda não ter conseguido libertar-se desta grande impostura (construída à volta de Cristo) e da sua influência funesta e pérfida…
Os facínoras sabem-no muito bem porque, sempre que se sentem ameaçados, procuram eliminar, fisicamente, todos aqueles que lhes parecem ter características de “seres de eleição”, com a máxima prioridade. É essa prática criminosa,
 que se mantém até aos nossos dias e de cuja temos novos exemplos, todos os dias, que tem garantido o seu êxito, até agora…

Portanto, resta-nos, como explicação lógica e credível para o fenômeno do cristianismo e sua expansão, que a obra se tenha devido à grandeza e justeza dos ensinamentos, mas também à eficácia, ao esforço, ao empenho e à contribuição dos muitos homens e mulheres que dedicaram a sua vida, esforço e saber a esta causa e que, em muitos casos, deram a vida por ela. Reparem que eu não estou a atribuir os ensinamentos a uma só pessoa!

Todos esses seres humanos de carácter e dignidade excepcionais não mereciam a traição dos bandidos que se apoderaram da direção da Igreja Católica e a humanidade também não… nós também não!

Por tudo isto me interessa pouco o “Código Da Vinci”, que dá credibilidade a uma versão inverosímil, nomeadamente quando pretende sugerir a existência de “sangue real” para “provar” que Cristo deixou descendência. O fundamento desta idéia até é incompatível com os ensinamentos da doutrina cristã, na sua pureza original, aquela que fez o seu enorme êxito e lhe garantiu uma tão elevada adesão. Não se esqueçam que esta era a doutrina da IGUALDADE… Têm razão os que relacionam os ensinamentos cristãos com o socialismo…

Há cerca de 200 anos existiu um homem, Karl Marx, que lançou os alicerces duma doutrina que começou por se denominar Social Democrata, depois Socialista e finalmente Comunista: o marxismo. Hoje, passados duzentos anos, o que resta, na prática social, destes ensinamentos? Os dirigentes S.D. assumem-se como capitalistas e comportam-se como sendo de direita, os dirigentes Socialistas são uns bandidos, traidores que se comportam, igualmente, como sendo de direita; o Comunismo é arrastado pela lama… e a desesperança das pessoas permanece e agrava-se. Restam, portanto, os ensinamentos de “O Capital” ensinado nas Universidades, para formar acólitos da ditadura econômica e da espoliação dos povos. Até por analogia com este exemplo se pode compreender o que se passou com a doutrina cristã… Tudo o mais é arrasado e ridicularizado com o epíteto de UTOPIA. Mas, na verdade, utopia, começa a ser a probabilidade de prolongamento deste descalabro de coisas, por muito mais tempo…

O motivo que me levou a escrever este artigo é o fato de estarmos a viver, novamente, a reedição duma grande impostura, de características catastróficas semelhantes, a qual seja a conspiração de 11 de Setembro de 2001 e os seus objectivos. Não admira que Bush (George W. Bush) se diga imbuído de missão divina e reivindique a defesa dos valores ocidentais e da religião católica… Está apenas a reclamar o direito de fazer o mesmo que fez a igreja católica, durante séculos.

A nós compete-nos lutar por condições que tornem impossíveis tais intentos, nomeadamente contribuindo para criar uma opinião pública forte e esclarecida, uma cultura de democracia que impeça a apropriação do domínio da sociedade e do Mundo por facínoras e bandidos, como tem acontecido até agora.

É por isso que eu defendo a valoração da abstenção e a alteração das regras de decisão da ONU, com a introdução da obrigatoriedade de serem fundamentadas em resultados de referendos as posições assumidas por cada país quando se trate de conflitos armados internacionais. Muitos estranharão o arrojo, mas não há como, nem por quê, calar estas reflexões.

Aviso:
- Este blog
 está contra o encerramento das maternidades e apoia, incondicionalmente, a luta das respectivas populações para impedir mais esse crime do governo.

- Este blog
 luta contra este sistema eleitoral vigarista, pela valoração da abstenção, como condição de elementar democracia
, porque permite a responsabilização dos políticos, que terão de passar a ter em conta o querer e o sentir dos cidadãos; mas também porque permite poupar muito dinheiro, com a exclusão dos 87 deputados que NÃO foram eleitos.

*** Este blog pretende elevar, a um patamar superior, a liberdade, a democracia! Clamar por honestidade e justiça. Exigir a Valoração da Abstenção.


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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Governo vai continuar desviando dinheiro dos aposentados e das políticas sociais

Comissão especial no Congresso Nacional aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU) até o fim de 2015. Com o texto, o governo federal continuará retirando 20% das receitas de tributos e contribuições sociais. A proposta pode ser votada na próxima quarta-feira (26/11) em plenário. 
Esses recursos, que deveriam ser destinados exclusivamente às políticas sociais de saúde, previdência e assistência social, dentre outras, serão desviados para o superávit primário da União e pagamento dos juros da dívida pública. Para se ter uma idéia do total desses recursos, a estimativa para 2011 é de R$ 38 bilhões e para 2012 cerca de R$ 45 bilhões.
Enquanto isso vai acontecendo o governo continua dizendo que não tem dinheiro para o aumento real dos aposentados que ganham acima do mínimo. Bastariam R$ 8 bilhões para pagar esse aumento real. A injustiça continua! A DRU é um mecanismo imoral destinado a pagar banqueiros e especuladores de títulos da dívida pública brasileira.
Do blogueiro: Assim tem sido ao largo das décadas, fundamentalmente desde o governo do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desviou o dinheiro da Previdência Social (aposentados) para construir a nova capital Brasília. O grande beneficiado, que se aposentou muitos anos mais tarde, e sem precisão, foi o arquiteto Oscar Niemayer, tido como gênio. Enquanto que milhões de brasileiros, que trabalharam 30, 35 e até 40 anos, continuam sendo explicitamente roubados em duas ações fundamentais: 
1ª) Desvio dos recursos da Previdência Social, essencialmente destinado a garantir a justa aposentadoria aos trabalhadores da iniciativa privada, além da política de saúde pública e assistência social, que é de onde saem esses recursos, para "tapar buracos" da falta de gestão do governo federal e para o pagamento os juros da dívida pública. 2°) Outro explícito roubo dos direitos do aposentados com a criação e manutenção do famigerado "Fator Previdenciário" que, no "frigir dos ovos" acaba lesando milhões de aposentados brasileiros na ordem de 30% a 40% do direitos dos seus ganhos.


Essa é uma das mais vergonhosas ações dos governantes, pois sabem que trata-se de um público, de modo geral, carente, de parcos recursos, significativamente necessitados de assistência médica e de inúmeros medicamentos. Não há fato mais deplorável do que se extorquir milhões de pessoas, de trabalhadores indefesos e ignaros quanto aos seus reais direitos. Fato que já não se constata quando se trata de funcionários públicos nas três esferas: federal, estaduais e municipais: estes, discriminadamente, beneficiados sob todas as rubricas e privilégios.
* Fonte: COBAP
** Contatos via e-mail: la-stampa@ig.com.br

Tiradentes, uma farsa criada por líderes da Inconfidência Mineira

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, tido como "mártir da Inconfidência Mineira".
Ele estava muito bem vivo, um ano depois, em Paris. O feriado de 21 de abril é fruto de uma história fabricada que criou Tiradentes como bode expiatório, que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira. Quem morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia.

A mentira que criou o feriado de 21 de abril é:  Tiradentes foi sentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecido como a Praça Tiradentes. Com a Proclamação da República, precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, estado que tinha na época a maior força republicana e era um polo comercial muito forte. Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava: um “Cristo da Multidão”. Transformaram-no em herói nacional cuja figura e história “construída” agradava tanto à elite quanto ao povo.

A vida dele em poucas palavras: Tiradentes nasceu em 1746 na Fazenda do Pombal, entre São José e São João Del Rei (MG). Era filho de um pequeno fazendeiro. Ficou órfão de mãe aos nove anos e perdeu o pai aos 11. Não chegou a concluir o curso primário. Foi morar com seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião que lhe deu ensinamentos de Medicina e Odontologia. Ainda jovem, ficou conhecido pela habilidade com que arrancava os dentes estragados das pessoas. Daí veio o apelido de Tira-dentes. Em 1780, tornou-se um soldado e, um ano à frente, foi promovido a alferes. Nesta mesma época, envolveu-se na Inconfidência Mineira contra a Coroa portuguesa, que explorava o ouro encontrado em Minas Gerais. Tiradentes foi iniciado na maçonaria pelo poeta e juiz Cruz e Silva, amigo de vários inconfidentes. Tiradentes teria salvado a vida de Cruz e Silva, não se sabe em que circunstâncias.

Tiradentes, maçonaria e a Inconfidência Mineira: Como era um simples alferes (patente igual à de tenente), não lideraria coronéis, brigadeiros, padres e desembargadores, que eram os verdadeiros líderes do movimento. Semi-alfabetizado, é muito provável que nunca esteve plenamente a par dos planos e objetivos do movimento. Em todos os movimentos libertários acontecidos no Brasil, durante os  séculos XVIII e XIX, era comum o "dedo da maçonaria". E Tiradentes foi maçom, mas estava longe de acompanhar os maçons envolvidos na Inconfidência, porque esses eram cultos, e em sua grande parte, estudantes que haviam recentemente regressado "formados” da cidade de Coimbra, em Portugal. Uma das evidências documentais da participação da Maçonaria são as cartas de denúncia existentes nos autos da Devassa, informando que maçons estavam envolvidos nos conluios.

Os maçons brasileiros foram encorajados na tentativa de libertação, pela história dos Estados Unidos da América, onde saíram  vitoriosos - mesmo em luta desigual - os maçons norte-americanos George Washington, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Também é possível comprovar a participação da Maçonaria na Inconfidência Mineira, sob o pavilhão e o dístico maçônico do Libertas quae sera tamen, que adorna o triângulo perfeito, com este fragmento de Virgílio (Éclogas,I,27) Tiradentes era um dos poucos inconfidentes que não tinha família. Tinha apenas uma filha ilegítima e traçava planos para casar-se com a sobrinha de um padre chamado Rolim, por motivos econômicos. Ele era, então, de todo o grupo, aquele considerado como uma “codorna no chão”, o mais frágil dos inconfidentes. Sem família e sem dinheiro, querendo abocanhar as riquezas do padre. Era o de menor preparo cultural e poucos amigos. Portanto, a melhor escolha para desempenhar o papel de um bode expiatório que livraria da morte os verdadeiros chefes.


E foi assim que foi armada a traição, em 15 de março de 1789, com o Silvério dos Reis indo ao Palácio do governador e denunciando o Tiradentes. Ele foi preso no Rio de Janeiro, na Cadeia Velha, e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo, ele admitiu voluntariamente ser o líder do movimento, porque tinha a promessa que  livrariam a sua cabeça na hipótese de uma condenação por pena de morte. Em 21 de abril de 1792, com ajuda de companheiros da maçonaria, foi trocado por um ladrão, o carpinteiro Isidro Gouveia. O ladrão havia sido condenado à morte em 1790 e assumiu a identidade de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida a ele pela maçonaria. Gouveia foi conduzido ao cadafalso e testemunhas que presenciaram a sua morte se diziam surpresas porque ele aparentava ter bem menos que seus 45 anos. No livro, de 1811, de autoria de Hipólito da Costa ("Narrativa da Perseguição") é documentada a diferença física de Tiradentes com o que foi executado em 21 de abril de 1792. O escritor Martim Francisco Ribeiro de Andrada III escreveu no livro "Contribuindo", de 1921: "Ninguém, por ocasião do suplício, lhe viu o rosto, e até hoje se discute se ele era feio ou bonito...".

O corpo do ladrão Gouveia foi esquartejado e os pedaços espalhados pela estrada até Vila Rica (MG), cidade onde o movimento se desenvolveu. A cabeça não foi encontrada, uma vez que sumiram com ela para não ser descoberta a farsa. Os demais inconfidentes foram condenados ao exílio ou absolvidos.

A descoberta da farsa: Há 41 anos (1969), o historiador carioca Marcos Correa estava em Lisboa quando viu fotocópias de uma lista de presença na galeria da Assembléia Nacional francesa de 1793. Correa pesquisava sobre José Bonifácio de Andrada e Silva e acabou encontrando a assinatura que era o objeto de suas pesquisas. Próximo à assinatura de José Bonifácio, também aparecia a de um certo Antônio Xavier da Silva. Correa era funcionário do Banco do Brasil, se formara em grafotécnica e, por um acaso do destino, havia estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Concluiu que as semelhanças eram impressionantes.

Tiradentes teria embarcado incógnito, com a ajuda dos irmãos maçons, na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa. Junto com Tiradentes seguiu sua namorada, conhecida como Perpétua Mineira e os  filhos do ladrão morto Isidro Gouveia. Em uma carta que foi encontrada na Torre do Tombo, em Lisboa, existe a narração do autor, desembargador Simão Sardinha, na qual diz ter-se encontrado, na Rua do Ouro, em dezembro no ano de 1792, com alguém muito parecido com Tiradentes, a quem conhecera no Brasil, e que ao reconhecê-lo saiu correndo. Há relatos que 14 anos depois, em 1806, Tiradentes teria voltado ao Brasil quando abriu uma botica na casa da namorada Perpétua Mineira, na rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves Dias) e que morreu em 1818. Em 1822, Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e, em 1865, proclamado Patrono Cívico da nação brasileira.

* Artigo de Guilhobel Aurélio Camargo - Jornalista, rábula em direito e enxadrista brasileiro.
** Artigo recebido via e-mail la-stampa@ig.com.br
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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um grito de alerta ressoa do Comandante da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada - Bagé/RS.

Cel. Mário Luiz de Oliveira, comandante da 3ª Brigada Mecanizada, em Bagé-RS.
."Revolução Democrática de 31 de março de 1964". Sob esse título o cel. Mário Luiz de Oliveira ch EM da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, Bagé-RS, proferiu seu discurso, conforme e-mail recebido e cujo não especifica a data ou evento e nem a razão por tal manifestação em nome do Exército Brasileiro, como fica claro no texto que se segue:

"Soldados da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada !
Há 46 anos atrás, o presidente da República, João Goulart, era deposto. Uns chamam esse acontecimento de golpe militar, outros, de tomada do poder. Para nós, brasileiros, ocorreu a Revolução Democrática de 1964, que afastou nosso querido país de uma ditadura comunista, cruel e sanguinária, que só os irresponsáveis, por opção ou por descuido, não querem enxergar.

A grande maioria de vocês, principalmente os mais jovens, foram cansativamente expostos à idéia transmitida pela propaganda política, inserida nas salas de aula, nos ditos livros didáticos, nos jornais, programas de rádio e de TV, que os militares tomaram o poder dos civis para impedir que reformas moralizantes fossem feitas; que  para combater os "generais que usurparam o poder" os jovens da época uniram-se e lutaram contra a ditadura militar e que muitos deles morreram, foram mutilados, presos e torturados na luta pela redemocratização do país; que jovens estudantes, idealistas, embrenharam-se nas matas do Araguaia para lutar contra a ditadura.

Mas qual é a verdade sobre o Movimento de 31 de março?

Para responder a esta pergunta, basta tão simplesmente voltarmos nossas vistas para aquela conturbada época da vida nacional. O país vivia no caos. Greves políticas paralisavam os transportes, as escolas, os bancos etc. Filas eram feitas para comprar alimentos. A indisciplina nas Forças Armadas era incentivada pelo governo. João Goulart queria implantar suas reformas de base à revelia do Congresso Nacional. Os principais jornais da época exigiam a saída do presidente, em nome da manutenção da democracia. Pediam para que os militares entrassem em ação, a fim de evitar que o Brasil se tornasse mais uma país dominado pelos comunistas. O povo foi às ruas pedindo o fim daquele desgoverno, antes que fosse tarde demais.

E, assim, aconteceu o 31 de março! Naqueles dias seguintes, editoriais e mais editoriais exaltando a atitude patriótica dos militares eram publicados, nos mesmos jornais que, hoje, caluniam a Revolução... Os comunistas que pleiteavam a tomada do poder não desanimaram e passaram a insuflar os jovens, para que entrassem numa luta contra seus irmãos, pensando que estariam lutando contra a ditadura. E mentiram tão bem que muitos  acreditam nisso até hoje.

E foi com essa propaganda mentirosa que eles iludiram muitos jovens e os cooptaram para as suas organizações terroristas. A luta armada havia começado. Foram vários atos terroristas:  atentados a bomba no aeroporto de Recife, em quartéis do Exército, em instalações diplomáticas de outros países; seqüestros e assassinatos de civis, militares e autoridades estrangeiras em solo brasileiro. A violência revolucionária havia se instalado. Naquela época, os terroristas introduziram no Brasil a maneira de roubar dinheiro com assaltos a bancos, a carros fortes e a estabelecimentos comerciais.

Foram eles os mestres que ensinaram tais táticas aos bandidos de hoje. Tudo treinado nos cursos de guerrilha em Cuba e na China. As polícias civil e militar sofriam  pesadas baixas e não conseguiam, sozinhas, impor a lei e a ordem. Para não perder o controle da situação, o governo decretou medidas de exceção, pelas quais várias liberdades individuais foram suspensas. Foi um ato arbitrário, mas necessário. 

A frágil democracia que vivíamos não se podia deixar destruir. Graças ao Bom Deus e Senhor dos Exércitos, vencemos a besta-fera! Os senhores sabiam disso? Com quantas inverdades fizeram "a cabeça de vocês"! Foi a maneira  que os comunistas  encontraram para tentar justificar a sua luta para implantar um regime do modelo soviético, cubano ou chinês  no Brasil. Por intermédio da mentira, eles deturparam a História e conseguiram o seu intento. Alguns de vocês que não nasceram naquela época, chegam mesmo a acreditar no que eles dizem... E por que essas mentiras são repetidas até hoje? Por que passado quase meio século, ainda continuam a nos caluniar? Qual será o motivo desse medo e dessa inveja?

Esta resposta também é simples:É porque eles sabem que nós, militares, não nos deixamos abater pelas acusações contra as Forças Armadas, porque, na verdade, apenas cumprimos o dever, atendendo ao apelo popular para impedir a transformação do Brasil em uma ditadura comunista, perigo esse que já anda ao derredor do nosso Brasil, só que com outra maquiagem. É porque eles sabem que nós, militares, levamos uma vida austera e cultivamos valores completamente apartados dos prazeres contidos nas grandes grifes, nas mansões de luxo ou nas contas bancárias no exterior, pois temos consciência de que é mais importante viver dignamente com o próprio salário do que realizar orgias com o dinheiro público.

É porque eles sabem que nós, militares, temos como norma a grandeza do patriotismo e o respeito sincero aos símbolos nacionais, principalmente a nossa bandeira, invicta nos campos de batalha, e o nosso hino, jamais imaginando acrescentar-lhes cores ideológico-partidárias ou adulterar-lhes a forma e o conteúdo. É porque eles sabem que nós, militares, temos orgulho dos heróis nacionais que, com a própria vida, mantiveram íntegra e respeitada a terra brasileira e que esses heróis não foram fabricados a partir de interesses ideológicos. É porque eles sabem que se alguma corrupção existiu nos governos militares, ela foi pontual e episódica, mas jamais uma estratégia política para a manutenção do poder ou o reflexo de um desvio de caráter a contaminar por inteiro um ideal. É porque eles sabem que nós, militares, somos disciplinados e respeitamos a  hierarquia, ainda que tenhamos divergências com nossos chefes, pois entendemos que eles são responsáveis e dignos de nossa confiança e que não se movem por motivos torpes ou por razões mesquinhas. É porque eles sabem que nós, militares, não nos dobramos à mesquinha ação da  distorção de fatos que há mais de 40 anos os maus brasileiros vem impondo à sociedade, com a clara intenção de impor-lhe a idéia de que os guerrilheiros de ontem (hoje corruptos e ladrões do dinheiro público) lutaram pela democracia, quando agora já está mais do que evidente que o desejo por eles perseguido há anos, 'sempre foi - e continua sendo - o de implantar no país um regime totalitário, uma ditadura mil vezes pior do que aquela que eles afirmam ter combatido. É porque eles sabem, enfim, que todo o mal que se atribui a nós, militares, e às Forças Armadas - por maiores que sejam os nossos defeitos e limitações - não tem respaldo na Verdade histórica que um dia há de aflorar.

Soldados da Brigada Patrício Corrêa da Câmara! Pertencemos ao Exército Brasileiro, brasileiro igual a todos nós e com muito orgulho no coração. Exército invicto nos campos de batalha, onde derrotamos comunistas, nazi-fascistas, baderneiros, guerrilheiros, sabotadores, traidores da Pátria, conspiradores, predadores do patrimônio público, bandidos e terroristas. Mas retornemos agora nossas vistas para o presente... O momento é decisivo para o Brasil, e por conseguinte, para todos nós, brasileiros.

Mas será que estamos realmente conscientes  disso? Parece que não! O País vive em um clima de oba-oba, tipo "deixa a vida me levar, vida leva eu"... O dinheiro público é distribuído em alguns tipos de bolsas, umas de indisfarçável cunho ideológico revanchista e, outras, voltadas ao assistencialismo, nunca na história desse País visto em tão larga escala... A mídia satura a grande massa, "coincidentemente" o grande colégio eleitoral, com programas televisivos de baixíssima qualidade cultural, de cunho nitidamente apelativo, fabricando falsos heróis, que corroem os valores cristãos do nosso povo... como que distraindo-o, a fim de impedi-lo de enxergar o que anda acontecendo por aqui e ao nosso redor: situações idênticas ocorridas no Brasil e em outros países são tratadas de formas diferenciadas, conforme a simpatia ideológica; a palavra empenhada, as posições firmadas e documentos estratégicos são trocados ou modificados conforme a intensidade da reação da opinião pública, tornando transparente a falta de seriedade no trato dos destinos do Brasil, ou pior, revelando as verdadeiras intenções, ocultas e hediondas. Se não bastasse, serviçais de plantão vem à mídia tentar explicar o inexplicável, isso quando não jogam a culpa na opinião pública, dizendo que foi ela quem entendeu de forma errada ou procuram fazer-se de vítimas face à suposta campanha difamatória, quando na verdade os fatos estão aí, as claras? No entanto, parece que as pessoas encontram-se anestesiadas, apenas "vivendo a vida", discutindo qual a melhor cerveja, ou quem deve ser eliminado da casa, se tal jogador deve ser convocado...

O que vemos hoje já era utilizado nos tempos do antigo Império Romano, a estratégia do "pão e circo: dê ao povo comida e diversão de graça e ele esquecerá seus problemas...". Porém, ao longo da História da civilização, diversas personalidades já apontavam para os perigos desses momentos de desesperança, destacamos:

Martin Luther King - "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons..." ;
Burke - "Para o mal triunfar, basta os homens de bem não fazerem nada..." ;
Mário Quintana - "O que mata um jardim não é o abandono ! O que mata um jardim é esse olhar vazio de quem passa indiferente por ele" ; e
Rui Barbosa - "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto" .

Não! Não deixaremos que os inimigos da Pátria venham manchar sua honra ou deturpar seus valores cristãos. Não envergonharemos nossos antecessores, os quais nos legaram esse Brasil-Continente, livre e soberano! Soldados da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, estaremos sempre atentos e, se o Bom Deus e Senhor dos Exércitos assim o desejar, cumpriremos nossa sagrada missão de defender a Pátria. Que seja isso, ou que o sol, sem eflúvio, sem luz e sem calor, nos encontre no chão a morrer do que vivo sem te defender..."

Assina, Mário Luiz de Oliveira, Cmt Interino da 3ª BDA CMEC.


Do blogueiro: Faltou ao cel. Mário Luiz de Oliveira citar quem realmente pontificou o golpe e insuflou as Forças Armadas à derrubada do ex-presidente João Goulart, o Jango, o que fazemos aqui, conforme relata a história: o jornalista e ex-governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda (este inimigo vital contra o governo dos presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e Jango, como deixava claro nas páginas do seu jornal Tribuna da Imprensa e foi um dos principais e mais influentes líderes civis do "golpe militar" de 1964), o então governador de Minar Gerais, Magalhães Pinto e o então governador de São Paulo, Adhemar de Barros, movidos pelas manifestações dos estudantes (UNE - União Nacional de Estudantes) que passou a contar com o apoio e a participação da Igreja Católica, através do surgimento de segmentos políticos com orientação socialista.


Além do mais, o Comandante Mário Luiz de Oliveira se contradiz quando chama o golpe militar de 31 de março de 1964 de "Revolução Democrática de 1964", posto não haver democracia numa ação em que são empregadas o poder da força através das Forças Armadas, e tal feito impondo, depois a mais ampla censura a todo o povo brasileiro com a instituição do "AI-5" (Ato Institucional N° 5), que fechou o Congresso e expurgou a pleno a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa no Brasil por cerca de 21 anos. Nenhum golpe que toma o poder a força pode ser chamado de "Revolução Democrática", e menos ainda quando impõe totais reservas à manifestações públicas, censura plena, prisões, condenações e assassinatos à artistas de cinema e teatro, cantores, jornalistas e gente do povo: uma grande maioria inocente.


Por outro, a ditadura, que durou 21 anos, foi realmente um período "cruel e sanguinário", como discursou o cel. Mário Luiz de Oliveira, porém é preciso ressaltar que a crueldade e o sangue que correu ficou por conta do que acontecia nos "porões" do DOI-CODI, Exército e outros, quando muitos brasileiros inocentes - vale lembrar o jornalista Vladimir Herzog, que foi tirado da redação da TV Cultura, onde era diretor de jornalismo, levado a um dos "porões" e lá ficou, tornando-se "simbolo da luta pela democracia, pela liberdade e pela justiça", como afirmou o jornalista Sérgio Gomes e do jovem canoense Celso Gilberto Oliveira, cruelmente assassinado em dezembro de 1970 e que foi um dos mortos inspiradores do filme "Prá Frente Brasil"- que formaram em frentes de resistência ao golpe militar impetrado em 31/03/1964, insuflado, especialmente, por políticos anti-nacionalista acima nomeados. O dono do jornal "Tribuna da Imprensa" e governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda passou a ser conhecido como "o golpista derruba-presidentes" (leia-se os presidentes Getúlio Dornelles Vargas, Juscelino Kubitschek de Oliveira, Jânio Quadros e João Belchior Goulart).


Quanto ao quadro atual não há como não concordar com a preocupação do Comandante Mário Luiz de Oliveira, pois que se constata uma pseuda (falta) democracia, enquanto na verdade real impera a pedantocracia e a "achacocracia" de forma impostora e privilegiada pela impunidade de um Poder Judiciário igualmente aprodrecido, moral e eticamente, e que, assim, escamoteia a verdade ainda que pisando por cobre a Constituição Federal e muitas das leis vigentes.


Fonte 1: http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=3129&Itemid=1
Fontes:http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Lacerda
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/Golpe1964
http://www.brasilescola.com/historiab/golpe-militar.htm.