sábado, 26 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

A TROPICALIA trocou os palcos pelas salas entapetadas dos palácios e o dinheiro fácil

No governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva o "painho" Gilberto Gil, que já tinha deixado os palcos da Tropicália, ascendeu o palácio do Ministério da Cultura. Lá desempenhou um bom papel, inclusive fazendo shows por onde se apresentava como ministro. Nem Bill Clinton o superou. Por aqui ninguém sabe dizer se ele sabia onde ficava a sede do Ministério da Cultura: o negócio dele era difundir a cultura brasileira pelo mundo na expectativa de que copiassem nosso modelo de cultura: Samba, Carnaval, Futebol e Mulher Pelada.

Passado bom tempo em que a cultura brasileira foi alavancada para cima dos palcos - ou alguém sabe mais e não quer abrir o jogo, hein? - assume a presidenta Dilma Vana Rousseff e, sem a menor dúvida, convida para assumir o Ministério da Cultura uma mulher de sabidamente antecipada cultura: ANA DE HOLLANDA, por mero acaso irmã do compositor e cantor Chico Buarque de Hollanda, gente que já nasceu em berço esplêndido, filhos que são de pais de classe média alta-alta.

Ana de Hollanda alimentava uma grande expectativa devido o seu largo e horizontal conhecimento e cultura. Mas, eis que não de repente, ela surpreende ainda mais com uma idéia e iniciativa que só poderia ser parida de uma cabeça veramente ilustrada: chamou a "mainha" MARIA BETHÂNIA Viana Teles Veloso, que por um acaso do destino é irmã do nada menos do que Cae Veloso, e lhe propõe que escreva um blog na internet. E prá esse exaustivo, imparcial e independente trabalho Maria Bethânia ganhará a irrisória e insignificante importância de R$ 1.300.000,00 a título de cachê, palavra derivada do francês "cachet" e que significa "salário pago por dia aos figurantes e extras de um filme, no cinama; na tarefa de representação, no teatro e televisão; e de locução no rádio. A partir da elogiável iniciativa da Ministra Ana de Hollanda, chachê passa a significar, também, pagamento a quem escreve blog sob encomenda.

A princípio nos parece que nada de anormal o fato de alguém receber para escrever um blog, pois já tem tantos jornalistas - desculpem, "profissionais da comunicação" como bem classificou Mino Carta -, especialmente da extrema-direita recebendo de políticos e partidos, além do provedor, para postar notícias e comentários manipulados conforme os interesse dos extrema-direitistas. Também não seria estranho a "mainha" Maria Bethânia estar num rol semelhante e até pago por partidos de esquerda ou extrema-esquerda.

Mas o que realmente causa uma profunda e intendível estranheza é o fato do próprio Ministério da Cultura, via ministra Ana de Hollanda, desembolsar dinheiro público para pagar à Maria Bethânia para escrever um blog na internet, recitando poesias de poetas consagrados pela mídia. E os novos poetas terão vez?. E mais estranho ainda: qual o objetivo, o propósito e a quem servirá ou terá utilidade o tal blog? Ao que se prestará o conteúdo que será veiculado no misterioso blog pago com dinheiro do povo e que levará a assinatura da cantora e "mainha" Maria Bethânia? Ah, servirá para levar cultura ao povo através da poesia, mas o pobre e miserável que nem escola decente tem como vai ter computador, e mais, acesso à internet. HI-PO-CRI-SI-A das mais deslavada, desculpa das mais escrachadas.

Maria Bethânia já está financeiramente rica com suas gravações e seus shows, assim como Caetano Veloso, que recentemente recebeu nada menos do que R$ 5 milhões da Prefeitura de Fortaleza para um show. Bem que, a exemplo das famosas duplas sertanejas, Maria Bethânia poderia montar o blog e manter em benefício da cultura, já que ela se utiliza das poesias de grandes poetas em seus shows. E a produção dos vídeos, que não precisa de uma produtora essencialmente profissional e caríssimas, poderia ser feita exatamente durante os shows, sem a necessidade de grandes e caríssimas produções. Mas tudo é alegado para justificar o cachê que será pago à "mainha" Maria Bethânia com a cumplicidade tanto do crítico e oportunista Caetano Veloso, assim como de um dos maiores comunistas do Brasil, que é Chico Buarque, irmão da ministra Ana de Hollanda.

Mas a HIPOCRISIA e a cretinice é tão explícita que sequer pensaram, por exemplo, em promover um show reunindo Chico Buarque, Caetano Veloso e Maria Bethânia para conseguir os recursos para a criação do tal blog "O Mundo Preisa de Poesia". E, além disso, eles não têm dioficuldades para conseguir patrocínios de grandes empresas para financiar, se fosse preciso, uma coisa que jamais vai chegar aos pobres e miseráveis, que se quer tem o que comer, muito menos recursos prá computador e acesso à internet.

LEMBRAM que a "Tropicália" era encabeçada pelo quarteto: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Gal Costa. E Chico Buarque de Hollanda, o irmão da Ministra da Cultura Ana de Hollanda, que ensaiou ser cantora, mas não decolou, aderiu sem compromisso o movimento.

O que pensavam os "cabeças" do Movimento Tropicália: "Liderados pelos músicos Caetano Veloso e Gilberto Gil, o Tropicalismo usava as idéias do Manifesto Antropofágico de Osvald de Andrade (já naquela época surupiavam idéias) para utilizar elementos estrangeiros que entravam no país e, por meio de sua fusão com a cultura brasileira, criar um novo produto artístico.


O Tropicalismo era o movimento da contracultura. Utilizavam valores diferentes dos permitidos pela cultura dominante, incluindo referências consideradas cafonas, ultrajadas e subdesenvolvidas, atingiam, diretamente, o mundo artístico dominado pela elite brasileira.


A Tropicália criticava fortemente os valores ético-morais da sociedade brasileira da época (mas não os de hoje dos quais se benefeciam explicitamente), que se concentrava sob o domínio de uma ditadura militar. O casamento era (mais do que hoje) um valor burguês tido apenas como instituição financeira. Os tropicalistas (os demais devem, hoje, estar sentindo vergonha dos 'cabeças') acreditavam que a vida era curta demais para se esperar pelo processo histórico. Eles queriam viver, amar, caminhar livremente, sem se preocupar com a "ordem e o progresso", por isso foram perseguidos. Para eles, o que importava era a busca da felicidade (hoje esse desejo de felicidade vai mais longe) e, seguindo a linha da filosofia de Epicuro, acreditavam que a felicidade estava na liberdade, na autonomia".

Acredito que essa será mais uma tarefa para os agentes do Ministério Público Federal e da Polícia Federal se inspirarem nos lendários detetives "Auguste Dupin", "Philip Marlowe", o "comisário Jules Maigret", "Jane Marple", "Dick Tracy", o "Inspetor Clouseau", "Hercule Poirot", "Sherlock Holmes" e "Ed Mort", este nascido no Rio Grande do Sul, numa inspiração do escritor Luiz Fernando Veríssimo, para chegarem à verdade e à legalidade de tais recursos para um blog na internet que esconde sabe-se lá quais interesses que, com certeza, não é o do povo brasileiro.

Ou será que estamos real e efetivamente num tempo de "valu-tudo" e nada é investigado, condenado e penalizado? Se isso, o Brasil, explícita "colônia norte-americana", pois tal fato ficou comprovadíssimo com a visita do chefe maior Barak Obama, está realmente indo ao fundo do poço da pretestada independência.
Olho vivo, porque os norte-americanos estão cada vez mais de olho na Amazônia e agora no tal de pré-sal.


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Políticos "Fichas-Sujas" comemoram decisão do STF - Superior Tribunal Federal


Ao iG, Jader diz que “Constituição não está em grego” e Capiberibe afirma que resultado diferente corresponderia a “uma ditadura”. 

Políticos que tiveram votos invalidados na última eleição por conta da Ficha Limpa comemoraram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta quarta-feira, de que a aplicação da lei contra candidatos condenados por órgãos colegiados ou que renunciaram ao mandato só valerá para as eleições de 2012.

 “O dispositivo da Constituição (que trata da aplicação de novas leis) está em português, não está em grego”, afirmou ao iG o ex-deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), minutos antes de terminar o julgamento do STF. Eleito para o Senado, ele ocupará o lugar de Marinor Brito (PSOL-PA), que fez um discurso duro na tribuna contra a decisão do Supremo.

Jader tem duas renúncias no currículo: em 2001, ao mandato de senador, para escapar de cassação em processo no Conselho de Ética, e no ano passado, ao cargo de deputado federal, devido à indefinição da Ficha Limpa no Supremo.
Sobre o voto do ministro Luiz Fux, que desempatou o entendimento da Corte, Jader comentou: “Foi um voto de natureza jurídica constitucional. Não pode haver alteração na legislação eleitoral um ano antes da eleição. Isso já foi dito e repetido”.
Também foram beneficiados pela decisão do Supremo o ex-senador João Capiberibe (PSB-AP) e o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) – ambos, como Jader, barrados pela Ficha Limpa, embora tivessem obtido votos suficientes para conquistar uma vaga no Senado.
“Não é uma decisão sobre mandatos, mas sobre a Constituição”, afirmou Capiberibe ao iG. “Se o STF, como guardião da Constituição, decidisse diferente, seria uma ditadura". O ex-senador teve o registro de candidatura negado por ter sido condenado em processo no qual foi acusado de compra de votos.
“Sofremos uma campanha intensa de desqualificação desmoralização, que vem de longos anos”, assinalou Capiberibe. “A decisão de hoje garante a posse do mandato legítimo que o povo do Amapá nos concedeu em 2010”.
Em sua página no Twitter, Cunha Lima – que teve a candidatura impugnada por ter sido cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder político e econômico –, se disse “emocionado”. “Louvado seja Deus! Sem palavras para agradecer. Peço desculpas por não poder responder neste instante. Saberei honrar esse mandato!”.
Após o julgamento, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) afirmou que a decisão do Supremo “não muda muito” a situação na Casa. “A decisão de hoje reforça o Ficha Limpa e fortalece as instituições democráticas do País”, disse à reportagem. “Ela resolve o impasse jurídico de que a lei não pode retroceder no tempo”.
OPINIÃO DO BLOGISTA: A sociedade toda se mobilizou pró fim dos FICHA SUJAS. Ou seja, só assumiriam os eleitos e tidos como FICHA LIMPA. Essa a decisão corretíssima do STE - Superior Tribunal Eleitoral, organismo da maior competência para julgar esses casos. Mas no Brasil não é assim que funciona. Criaram um sistema em que a última palavra fica sempre com os magistrados do STF - Superior Tribunal Federal, esses todos indicados, (e não eleitos) pelo presidente da Repúblia com o benepláscito do Congresso. E assim julgam, não conforme ditam as leis dos que cometem crimes, como no caso corrupção, compra de votos, etc e etc, mas conforme vetorizam os interesses criados por um sistema espúrio e eivado de armadilhas escusas.
Questões que não querem calar: Qual a razão de existir do STE - Superior Tribunal Eleitoral? Que papel esse tribunal desempenha no contexto jurídico nacional?
Dessa forma, e de conformidade com a decisão do STF, cuja regra eleitoral não valerá para as eleições de 2010 - decisão que pisoteia e ANULA O VOTO do congênere STE e seus magistrados-membros -, os políticos mais do que sabidamente FICHAS SUJAS eleitos em outubro de 2010 poderão assumir o mandato tanto na Câmara Federal como no Senado (e nesse o mandato é de oito anos). Ou seja, roubaram, praticaram corrupção, tem mais de um processo em tramitação na Justiça e foram flagrados cometendo o "crime de compra de votos", mas vão cumprir tranqüilamente os seus mandatos e, ainda, receberem os polpudos e abusivos recursos que o Congresso destina a cada parlamentar, entre salários, viagens de avião, moradia, assessores sem um limite de número, motorista particular, combustível sem limite de consumo, etc e etc.
Hoje, após uma reflexão mais consciente, conclue-se que tal decisão do STF não veio apenas assentada no que prevê a Constituição, não. Porque essa é pisoteada a todo instantes pelos próprios políticos e governantes. A decisão, se mantida a validade contra os FICHA SUJAS, respingaria forte contra o próprio STF, onde há magistrados também FICHA SUJA, como bem denunciou o ministro Joaquim Barbosa, em 2010, quando presidente do STF Gilmar Mendes, e em transmissão para todo o Brasil via televisão.
O que precisa mudar no Brasil não é apenas e tão somente a política, pois quando se tem órgãos da Justiça que cumprem o seu devido, correto, independente e imparcial papel, com a melhor certeza se terá uma limpeza nas ações dos políticos e governantes. Mas a podridão que cheira mal no Brasil tem respaldo do mau cheiro que exala das salas dos tribunais de Justiça.
No Brasil o "crime colarinho branco" compensa ... e como compensa.
** Contato via e-mail: la-stampa@ig.com.br
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