sábado, 15 de outubro de 2011

Deputado Nelson Marchezan Júnior faz sérias críticas ao governo de Canoas

Deputado federal Nelson Marchezan Júnior critica o governo de Canoas e exige de volta as cadeiras que são do PSDB deixadas pelos vereadores que troaram de partido.
DEPUTADO FEDERAL MARCHEZAN JÚNIOR: “Jairo Jorge quebrou a Ulbra e depois a saúde canoense”


O presidente estadual do PSDB, o deputado federal Nelson Marchezan Júnior, esteve na cidade na última terça-feira (11/10/2011), para uma reunião com o que restou da bancada do partido em Canoas, o vereador Carlos Eri, direção municipal e o provável candidato a Prefeito, Coffy Rodrigues.


Ele fez duras críticas ao prefeito Jairo Jorge e à maneira dele fazer política. "Ele quebrou a Ulbra, e agora quebrou a Saúde de Canoas”, disse. "A pergunta que a população faz é: quanto custa um vereador em Canoas? Quanto vale cada cargo?”, questiona com veemência em entrevista por telefone concedia ao semanário O Timoneiro, edição N° 2465, de 14 a 20/10/2011).


Marchezan garante que o partido entrará na Justiça para reaver as cadeiras perdidas com as saídas de José Carlos Patrício, que foi para o PSD; Bamberg (para o PPL) e Airton de Souza  para o PP. "É evidente que vamos buscar nossas cadeiras, mas o mais importante neste momento é entender que tipo de política está ocorrendo. A população nos cobra isso”, relatou.


Do blogueiro: Os vereadores de Canoas, atualmente em número de 15 e a partir de 2012 serão 21 vereadores; se auto-aumentaram, desde janeiro do ano em curso, passando de R$ 6.938,86 para R$ 12.025,40, enquanto o presidente da Câmara de Vereadores, que recebia R$10.408,29 passou a receber R$ 18.038,10, aumento equivalente de nada menos do que 73,30%, contrariando o que prevê a Constituição Federal, a Constituição Estadual e a Lei Orgânica do Município, já que os vereadores não podem aumentar seus subsídios dentro do mesmo período legislativo, mas apenas para a próxima legislatura, conforme argumenta o advogado José Carlos Duarte, que ingressou na Justiça com uma Ação Popular contra a absurda iniciativa dos vereadores. 


Por outro, os vereadores também aumentaram o número de assessores parlamentares, passando de 4 para 5, com um salário mensal de R$ 5.039,31 cada um. Não se tem conhecimento de quanto ganha o assessor legislativo ou assessor de bancada, que, naturalmente, tem salário superior aos demais assessores.


Enquanto tudo isso acontece com recursos públicos - dinheiro suado que é compulsoriamente cobrado do trabalhador da iniciativa privada - o setor da Saúde Pública - e aqui inclue-se, além do Hospital de Pronto Socorro e os Postos de Atendimento nos bairros, o Hospital Nossa Senhora das Graças, mesmo sendo privado, pois atende ao SUS e a todos os cidadãos indistintamente - está fadado ao permanente estado de caos. E por falar em Postos de Atendimento, com a provável exceção do Posto do Bairro Rio Branco, os demais estão deixando a desejar quanto ao atendimento médico, pois que quase nunca tem médico para atender a centenas e centenas de pessoas, em especial os idosos, que procuram os PAs diariamente. Ou por incompetência ou por falta de fiscalização, mas com certeza os médicos que não cumprem seus horários de atendimento no final do mês recebem o seu salário como se serviço prestado, obviamente.


* Fontes: Semanário O Timoneiro - N° 2465 de 14 a 20/10/2011 e Cópia da Ação Popular impetrada pelo advogado José Carlos Duarte.


** Contatos via e-mail: la-stampa@ig.com.br
.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A IMPRENSA BRASILEIRA É MESMO UMA VERGONHA, EM ESPECIAL A REDE GLOBO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o 16° no mundo e o primeiro dos países latino-americanos a receber tão honrosa distinção em 140 anos de existência da honraria: o "Doutor Honoris Causa", do Science-Po, concedido pela Universidade de Paris.
Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição? 

Começa assim, acreditem, com esta pergunta indecorosa, a entrevista de Deborah Berlinck, correspondente de "O Globo" em Paris, com Richard Descoings, diretor do Instituto de Estudos Políticos de Paris, o Sciences- Po, que entregou o título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Lula, na tarde desta terça-feira. 

Resposta de Descoings: 

"O antigo presidente merecia e, como universitário, era considerado um grande acadêmico (…) O presidente Lula fez uma carreira política de alto nível, que mudou muito o país e, radicalmente, mudou a imagem do Brasil no mundo. O Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula, e ele não tem estudo superior. Isso nos pareceu totalmente em linha com a nossa política atual no Sciences- Po, a de que o mérito pessoal não deve vir somente do diploma universitário. Na França, temos uma sociedade de castas. E o que distingue a casta é o diploma. O presidente Lula demonstrou que é possível ser um bom presidente, sem passar pela universidade". 

A entrevista completa de Berlinck com Descoings foi publicada no portal de "O Globo" às 22h56 do dia 22/9. Mas a história completa do vexame que a imprensa nativa sabuja deu estes dias, inconformada por Lula ter sido o primeiro latino-americano a receber este título, que só foi outorgado a 16 personalidades mundiais em 140 anos de história da instituição, foi contada por um jornalista argentino, Martin Granovsky, no jornal Página 12. 

Tomei emprestada de Mino Carta a expressão imprensa sabuja, porque é a que melhor qualifica o que aconteceu na cobertura do sétimo e mais importante título de Doutor Honoris Causa que Lula recebeu este ano. Sabujo, segundo as definições encontradas no Dicionário Informal, significa servil, bajulador, adulador, baba-ovo, lambe-cu, lambe-botas, capacho. 

Sob o título "Escravocratas contra Lula", Granovsky relata o que aconteceu durante uma exposição feita na véspera pelo diretor Richard Descoings para explicar as razões da iniciativa do Science- Po de entregar o título ao ex-presidente brasileiro. 

"Naturalmente, para escutar Descoings, foram chamados vários colegas brasileiros. O professor Descoings quis ser amável e didático (…). Um dos colegas perguntou se era o caso de se premiar a quem se orgulhava de nunca ter lido um livro. O professor manteve sua calma e deu um olhar de assombrado(…). 

"Por que premiam a um presidente que tolerou a corrupção", foi a pergunta seguinte. O professor sorriu e disse: "Veja, Sciences Po não é a Igreja Católica. Não entra em análises morais, nem tira conclusões apressadas. Deixa para o julgamento da História este assunto e outros muito importantes, como a eletrificação das favelas em todo o Brasil e as políticas sociais" (…). Não desculpamos, nem julgamos. Simplesmente, não damos lições de moral a outros países.

"Outro colega brasileiro perguntou, com ironia, se o Honoris Causa de Lula era parte da ação afirmativa do Sciences Po. Descoings o observou com atenção, antes de responder. "As elites não são apenas escolares ou sociais, disse. "Os que avaliam quem são os melhores, também. Caso contrário, estaríamos diante de um caso de elitismo social. Lula é um torneiro-mecânico que chegou à presidência, mas pelo que entendi foi votado por milhões de brasileiros em eleições democráticas". 

No final do artigo, o jornalista argentino Martin Granovsky escreve para vergonha
dos jornalistas brasileiros: 

"Em meio a esta discussão, Lula chegará à França. Convém que saiba que, antes de receber o doutorado Honoris Causa da Sciences Po, deve pedir desculpas aos elitistas de seu país. Um trabalhador metalúrgico não pode ser presidente. Se por alguma casualidade chegou ao Planalto, agora deveria exercer o recato. No Brasil, a Casa Grande das fazendas estava reservada aos proprietários de terra e escravos. Assim, Lula, silêncio por favor. Os da Casa Grande estão irritados". 

Desde que Lula passou o cargo de presidente da República para Dilma Rousseff há nove meses, a nossa grande imprensa tenta jogar um contra o outro e procura detonar a imagem do seu governo, que chegou ao final dos oito anos com índices de aprovação acima de 80%.

Como até agora não conseguiram uma coisa nem outra, tentam apagar Lula do mapa. O melhor exemplo foi dado hoje pelo maior jornal do país, a "Folha de S. Paulo", que não encontrou espaço na sua edição de 74 páginas para publicar uma mísera linha sobre o importante título outorgado a Lula pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris. 

Em compensação, encontrou espaço para publicar uma simpática foto de Marina
Silva ao lado de Fernando Henrique Cardoso, em importante evento do instituto do mesmo nome, com este texto-legenda:  "AFAGOS - FHC e Marina em debate sobre Código Florestal no instituto do ex-presidente; o tucano creditou ao fascínio que Marina gera o fato de o auditório estar lotado". 

Assim como decisões da Justiça, criterios editoriais não se discute, claro.  Enquanto isso, em Paris, segundo relato publicado no portal de "O Globo" pela correspondente Deborah Berlinck, às 16h37, ficamos sabendo que: 

"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido com festa no Instituto de Estudos Políticos de Paris - o Sciences- Po, na França, para receber mais um título de doutor honoris causa, nesta terça-feira. Tratado como uma estrela desde sua entrada na instituição, ele foi cercado por estudantes e, aos gritos, foi saudado. Antes de chegar à sala de homenagem, em um corredor, Lula ouviu, dos franceses, a música de Geraldo Vandré, "Prá Não Dizer Que Eu Não Falei das Flores". 

"A sala do instituto onde ocorreu a cerimônia tinha capacidade para 500 pessoas, mas muitos estudantes ficaram do lado de fora. O diretor da universidade, Richard Descoings, abriu a cerimônia explicando que a escolha do ex-presidente tinha sido feita por unanimidade". 

Em seu discurso de agradecimento, Lula disse: 

"Embora eu tenha sido o único governante do Brasil que não tinha diploma universitário, já sou o presidente que mais fez universidades na história do Brasil, e isso possivelmente porque eu quisesse que parte dos filhos dos brasileiros tivesse a oportunidade que eu não tive".

Para certos brasileiros, certamente deve ser duro ouvir estas coisas. É melhor nem ficar sabendo.

Do blogueiro: Claro está que há nessa manifesta publicação de O Globo duas fortes razões para a inveja explícita: A primeira porque a Rede Globo pontifica o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que defende desbragadamente uma certa casta de políticos, onde inclue-se o ex-presidente FHC - Fernando Henrique Cardoso. Segundo, porque a Rede Globo jamais suportou ver um torneiro-mecânico presidente, além de ser mundialmente reconhecido com muito mais honrarias do que o seu protegido sociólogo FHC. E essa tem sido a postura da Rede Globo, que tanto "briga" pela liberdade de expressão e liberdade de imprensa, mas que não age e nem atua com lisura, imparcialidade e neutralidade, mas sim de forma tendenciosa, parcialista e manipuladora.


Lula, se não fosse diplomático e não tivesse a visão que alguns sociólogos angustiantemente anseiam ter, poderia parafrasear o ex-jogador e ex-treinador da Seleção Brasileira de Futebol, cinco vezes campeão do mundo, Mário Jorge Lobo Zagallo, ou simplesmente Zagalo, e dizer: "Vocês vão ter que me engolir".  

Outros sites:  


** Contatos via e-mail: la-stampa@ig.com.br

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Marcelos Tas revela "os maiores coronéis da política brasileira: Renan e Sarney"


Marcelo Tas: "O CQC tem enfrentado os maiores coronéis da política brasileira, o Renan (Calheiros) e Sarney", este atual presidente do Senado.
Aos poucos se vê gente de certa projeção social e profissional levantando a voz contra o que vem acontecendo na coxia da política e que é escondido debaixo do tapete negro da hipocrisia. São figurões que, de certa forma, são protegidos da chamada grande imprensa ou grande mídia, mas que estão encastelados na Câmara Federal e no Senado há décadas.

Durante o indigesto Rock In Rio, o vocalista da banda Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, do palco em que se apresentava e diante de uma platéia de cerca 100 mil jovens, fez duras críticas ao intocável ex-presidente da República e senador há décadas, José Sarney, e este, como de hábito, classificou a crítica do roqueiro como "injusta". E mais uma vez a mídia eletrônica, acumpliciada com os poderosos no Poder, silenciou sobre o fato.

Pois, a coisa não pára por aí. O apresentador do programa CQC - Custe o Que Custar, Marcelo Tas, ao ser entrevistado do portal IG, a certa altura da entrevista, disse: "A gente perde muito tempo aqui no Brasil com coisas que não tem importância" e nesse interim desfechou um torpedo ao se referir que o CQC enfrentou "os maiores coronéis da política brasileira, o Renan (Calheiros) e (José) Sarney", que a ferro e fogo se tornou presidente do Senado. E Marcelos Tas, referindo-se a certas piadinhas sem graça que são feitas ou ditas na TV, encerrou dizendo que "O bom é debater sobre coisas consistentes".

Pois, na realidade factual, os políticos brasileiros, nas três esferas (federal, estaduais e municipais) não enxergam seus limites. É preciso ter o DNA da contestação, da indignação, se se quer mudanças fundamentais e moralização na política brasileira. E uma das formas que o povo brasileiro tem de demonstrar a sua contestação e a sua indignação com a galopante corrupção que corroe o dinheiro do trabalhador contribuinte é renovar os legislativos em todos os três níveis (federal, estaduais e municipais), do contrário estaremos cada legislatura mais nos afundando num poço sem fundo e sem volta.
.

domingo, 9 de outubro de 2011

ULBRA X JOÃO LIPPERT: Um caso muitíssimo estranho e nebuloso ainda insolúvel

João Manoel Lippert, que afirma que foi sequestrado a mando de Ruben Eugen Becker, comemorando a "derrubada" do Reitor Ruben Eugen Becker da Reitoria da ULBRA - Universidade Luterana do Brasil, por decisão da Justiça, em 17 de abril de 2009.


AQUI OUTRO IMPORTANTE E DEVASTADOR VÍDEO: Foi excluido do Youtube 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=vhP07cMLsDU

Do blogueiro: Essa é uma daquelas histórias ou fatos que parecem saídas de filmes de terror, pois, conforme João Manoel Lippert relata, cujo enredo envolve desde seqüestro, ameaças, tentativa de internação em manicômio e uma ação judicial, mesmo depois de 12 anos, ainda indefinida. Acompanhem e confirmarão que há muita coisa podre por debaixo desse tapete negro que enconbre uma história muitíssimo nebulosa. E um fato inexplicável é o silêncio da mídia, já que nem a mídia gaúcha e nem a nacional publicou ou denunciou absolutamente nada sobre tais revelações e denúncias. Á época a ULBRA era uma grande anunciante da mídia eletrônica da capital Porto Alegre e apenas a notícia sobre o escândalo dos R$ 2.000.000.000,00 devidos pela ULBRA ao Governo Federal apareceram num vapt-vupt na mídia gaúcha. Talvez esteja aí a razão do silêncio do caso mais escabroso e nebuloso envolvendo João Manoel Lippert, como ele próprio vem denunciando há mais de uma década. 
   
Tirone Lemos Michelin, em 1999, seqüestrou o diretor geral do Instituto IESES, hoje diretor e presidente da TVS - A Televisão Sobrenatural do Brasil, João Lippert. O seqüestro de João Lippert ocorreu no dia 23 de janeiro de 1999. No ato do seqüestro, já em cárcere privado dentro da cabine de um veículo de modelo Blaser, de cor preta ou azul escuro, de Tirone Lemos Michelin, ou da ULBRA, com tapinhas nas costas, passando com a mão direita sobre os ombors de João Lippert, Tirone Lemos Michelin anunciou o seqüestro dizendo: 
"Diretor, você foi sequestrado." 
Dizendo isto, o sequestrador Tirone Lemos Michelin passou a fazer exigências, que segundo o mesmo, eram exigências dos hoje ex-reitores da ULBRA.

RELATO DO SEQÜESTRO FEITO PELO PRÓPRIO JOÃO LIPPERT

No ano de 1999, exatamente no dia 23 de janeiro de 1999, ocorreu o pior dos crimes contra minha pessoa e minha família. Crime hediondo. Sequestro seguido de cárcere privado. 
O sequestro teve início no pátio da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, no fim de uma manhã de sábado. Dia propício para a execução do seqüestro de minha pessoa, eis que não havia nenhum funcionário na obra, nem professores, que já estavam contratados para lecionarem na Unidade de Ensino IESES, Sapucaia do Sul.
 
Naquele dia 23 de janeiro de 1999, encontravam-se na obra da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, minha pessoa João Manoel Lippert, meus dois filhos, Chiara Aline Lippert e Robson Ricardo Lippert, além de meu sobrinho José Luís Lippert da Silva, que dirigiu o meu veículo.
 
Minha pessoa foi levado à força, sob ameaça de morte, por Tirone Lemos Michelin. O seqüestro teria sido planejado anteriormente pelos reitores da ULBRA na época, Ruben Eugen Becker, Leandro Eugênio Becker e Pedro Menegat, já que o Instituto IESES estaria tirando uma fatia da Universidade ULBRA, em relação aos alunos que estudariam no Instituto IESES.
 
O homem que executou e cometeu o crime de sequestro, Tirone Lemos Michelin, era na época funcionário da ULBRA, com cargo de confiança dos reitores. No dia do sequestro, minha pessoa e Tirone Lemos Michelin encontrávamos no hall de entrada da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, após Tirone Lemos Michelin ter visitado o interior das obras no prédio do ex-curtume Vacchi.
 
Minha pessoa disse a Tirone Lemos Michelin, após Michelin dizer que tinha algo de suma importância para tratar comigo. “Pois não, vamos até me gabinete” . Disse Tirone Lemos Michelin. “Não. O assunto que eu tenho para tratar contigo é assunto muito sério. Tem que ser em particular. Só nós dois, sem a presença dos teus filhos”. Disse Tirone Lemos Michelin, que seria bom que minha pessoa o acompanhasse em seu veículo, que estava estacionado no pátio da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul. Tentei argumentar, dizendo que naquele dia não poderia ser, pois era um sábado, a escola estava fechada e estava com visitas em casa na Rua Peru n° 785, onde me aguardavam. Assim o assunto poderia ficar para segunda-feira. Ouvindo isto, disse Tirone Lemos Michelin a minha pessoa. “Não. O assunto que tenho para tratar contigo não pode esperar para segunda-feira”.
 
Minha pessoa notou que Tirone Lemos Michelin, que vestia um blaser de cor preta, uma camisa social verde e uma calça social preta, Tirone Lemos Michelin colocou sua mão direita na cinta da calça e com os quatro dedos da mão direita, Tirone Lemos Michelin bateu três ou quatro vezes na cinta da calça, dando a entender que estava armado. 
Fui ameaçado por Tirone Lemos Michelin e sob ameaça, para não colocar meus filhos Chiara Aline Lippert, Robson Ricardo Lippert, além de meu sobrinho, em risco de vida, entrei no veículo que era conduzido por Tirone Lemos Michelin, uma Blaser de cor preta ou azul escuro.
 
Logo após o veículo de Tirone Lemos Michelin sair do pátio da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, Tirone Lemos Michelin conduziu seu veículo a mais ou menos 80km/h, às margens da BR-116, sentido Sapucaia do Sul – Porto Alegre. Em determinado momento, Tirone Lemos Michelin reduziu a velocidade e estacionou o veículo no acostamento da BR-116 em frente a um terreno baldio com arbustos altos. Com o motor ainda em movimento, Tirone Lemos Michelin acionou a trave das portas do veículo, onde estava minha pessoa, Tirone Lemos Michelin, além de uma terceira pessoa que poderia estar escondida no porta-malas do veículo, eis que de vez em quando ouviam-se ruídos que vinham do porta-malas. Esta terceira pessoa poderia ser o senhor Vladimir, coordenador geral da segurança da ULBRA, homem com grandes habilidades e conhecimentos em armas. Pois o que se sabe é que Vladimir era ou teria sido um PM da Brigada Militar.
 
Após Tirone Lemos Michelin ter estacionado às margens da BR-116, ainda com o motor em movimento, Tirone Lemos Michelin perguntou a minha pessoa se eu tinha arma, se portava e se estava armado. Disse que tinha arma, mas esclareci que a arma de minha propriedade era uma arma calibre 12 de marca Boito e cano duplo, e que apesar de a mesma ser regularizada junto a Polícia Federal, a arma poderia ser utilizada apenas em algumas situações de caça e proteção de minha e de meus familiares onde residiam. Com isto, é óbvio que naquele momento minha pessoa não estava armado.
 
Foi naquele momento que Tirone Lemos Michelin anunciou o seqüestro, batendo com sua mão direita nas minhas costas dizendo. “Diretor, o senhor foi seqüestrado”. 
Segundo Tirone Lemos Michelin, o mesmo falava em nome dos reitores Ruben Eugen Becker, Leandro Eugênio Becker e Pedro Menegat, alegando que minha pessoa estava batendo de frente com a ULBRA.
 
Tirone Lemos Michelin disse que a ULBRA era uma máfia internacional e que aqueles homens, se necessário fosse, fariam gente desaparecer. Naquele momento, sentindo-me encurralado e preso dentro da cabine da Blaser, ao ouvir de Tirone Lemos Michelin dizer que se minha pessoa não desistisse da idéia da construção do Instituto IESES no Brasil, minha pessoa poderia desaparecer a qualquer momento ou ainda, encontrar minha filha mais nova, Keila Cristine Lippert, com as pernas quebradas.
 
Tirone Lemos Michelin disse que os reitores queriam ainda, que minha pessoa desocupasse a propriedade onde morava com minha família, queriam a devolução de todas as fitas em VHS gravadas com pesquisas dentro ou fora da ULBRA por minha pessoa, além de outras fitas k7, gravadas por minha pessoa via telefone ou gravações também em fita k7, com informações técnicas de pesquisas nas áreas humana e veterinária, além de informações de técnicos da universidade
.

Disse ainda Tirone Lemos Michelin no ato do seqüestro. “Diretor, não adianta você construir a escola. A ULBRA, os reitores vão destruir tudo”. 
Transmitido as exigências dos reitores em relação a minha pessoa e o Instituto IESES, na mão direita de Tirone Lemos Michelin apareceu um cigarro, aparentando que o mesmo teria sido fabricado artesanalmente e tinha sinais de já ter sido aceso. Informou Tirone Lemos Michelin, dizendo a minha pessoa. “Sabe o que é isto diretor?” Respondi. “Isso me parece um cigarro de maconha”. Disse Tirone Lemos Michelin. “Isto é um memoriol ou um estimulante”. Disse ainda Michelin, tentando colocar aquele cigarro na minha mão. “Queima ele diretor”. Respondi. “Não tenho vícios caros”. 

Cabe salientar aqui, que Tirone Lemos Michelin parecia estar drogado. Com meus conhecimentos na área humana, percebi que Tirone Lemos Michelin estava com o fundo dos olhos apresentando uma coloração muito avermelhada, aparecendo visivelmente micro-ramificações de vasos sangüíneos na lateral dos olhos, além de Tirone Lemos Michelin apresentar um estado muito nervoso e agitado.
 
Naquele momento tocou o celular de Tirone Lemos Michelin. Tirone Lemos Michelin atendeu ao seu celular e desceu do veículo, deixando as portas trancadas e se dirigiu para frente do veículo, falando ao celular e com uma arma em punho. Tirone Lemos Michelin parecia muito nervoso falando ao celular e dava socos no capô do carro, com a mão direita que segurava a arma. Michelin deve ter pegado a arma no trajeto da porta até a frente do veículo. Michelin ficou falando ao telefone por cerca de trinta minutos ou mais. Ao retornar ao veículo, Tirone Lemos Michelin ainda estava com arma em punho. Era uma arma pequena de cor preta. No entanto, antes de entrar no carro, o mesmo colocou a arma na cintura. Naquele momento cheguei a imaginar que Michelin fosse atirar em minha pessoa e abandonar meu corpo às margens da BR-116.
 
Sentindo uma forte dor no peito, coloquei a mão esquerda no peito do lado esquerdo, fazendo algumas massagens com a mão direita no peito do lado esquerdo. Foi quando Tirone Lemos Michelin perguntou. “Tá passando mal diretor?” Respondi. “Sim”. Tirone Lemos Michelin arrancou o veículo com uma certa velocidade, parando logo em seguida próximo a um estacionamento de um posto de gasolina, antigo posto de gasolina Schell, às margens da BR-116, onde fui deixado.
 
Quando Tirone Lemos Michelin freou o veículo, constrangido e com medo de ser assassinado, tentei abrir a porta e sair do veículo. A porta foi destravada, não sei se por Tirone Lemos Michelin ou se em razão de minha pessoa ter puxado o trinco da porta com muita força. Com a porta aberta, com a mão esquerda sobre o peito e a mão direita no trinco da porta, desci do veículo, pondo o pé direito no calçamento do posto. Foi quando Tirone Lemos Michelin jogou o cigarro que tinha em sua mão direita. O cigarro de maconha bateu no meu ombro esquerdo, em seguida em minha perna direita. Observa-se que a perna esquerda permanecia no estribo do veículo. Ouvi Tirone lemos Michelin dizer. “Fuma depois diretor.” O cigarro, ao tocar em minha perna direita, ainda com a porta aberta, rolou para debaixo do veículo e Tirone Lemos Michelin acelerou o veículo, fazendo com que o mesmo arrancasse bruscamente e fazendo com que a porta se fechasse. O cigarro que havia rolado para debaixo do veículo, a roda traseira passou por cima do mesmo. Com a arrancada brusca do veiculo, desequilibrei meu corpo e cai.
 
Ainda sentindo forte dor no peito, esperei por alguns momentos, quando dirigi-me aos frentistas do posto para tentar pedir socorro. Foi quando notei que o veículo de minha propriedade, que era dirigido pelo meu sobrinho José Luiz Lippert da Silva, uma caminhoneta S-10 de marca Chevrolet cabine dupla. Ao verem minha pessoa abanando a mão, meu sobrinho encostou rapidamente próximo a minha pessoa, no antigo posto Schell na BR-116. Como já dito, o meu veículo era conduzido por meu sobrinho José Luiz Lippert da Silva, no assento traseiro do veículo estava minha filha Chiara Aline Lippert, no assento dianteiro ao lado do motorista estava meu filho Robson Ricardo Lippert, que abriu a porta do veículo e perguntou. “Onde está Michelin?” Eu disse. “Foi embora”. Entrei em meu veiculo e disse. “Vamos sair imediatamente deste local”. Robson Ricardo Lippert sentou no banco de trás e sentei-me ao lado de meu sobrinho e saímos do local, indo diretamente para minha residência a Rua Peru n° 785, Bairro São Luís, Canoas/RS.
 
Ao chegarmos na propriedade, em razão ameaças de Tirone Lemos Michelin para que não relatasse o ocorrido a ninguém, caso contrário os reitores iriam se vingar de minha pessoa ou de quem soubesse do sequestro. Esperei que meu sobrinho e esposa, além do filho de cerca de seis anos, retirassem-se da propriedade. Só então é que relatei o que realmente aconteceu para minha esposa na época e aos meus filhos. Michelin também foi taxativo: não poderia minha pessoa avisar autoridades civis ou militares do sequestro, mesmo porque, segundo Tirone Lemos Michelin, os poderosos reitores da ULBRA tinham em todas as áreas, desde advogados, oficiais de justiça, juízes, homens que já estariam prevenidos para não darem a mínima importância sobre qualquer assunto que minha pessoa relatasse ou tentasse registrar na delegacia de polícia civil do bairro que residia. Ou seja, a quadrilha dos reitores estava muito bem preparada.
 
Lembro-me ainda, que antes que Tirone Lemos Michelin arrancasse o veículo, quando ainda estava parado às margens da BR-116, perguntei a Michelin onde é que ele havia conseguido aquele cigarro. Tirone Lemos Michelin disse. “Ora diretor. Não é só o senhor que a ULBRA tem como pesquisador”. Segundo Michelin, o cigarro teria sido pego por Volney Falchembach em um dos laboratórios de pesquisa da ULBRA, a pedido do Leandro. Disse ainda Tirone Lemos Michelin, que era um agrado do vice-reitor para minha pessoa.
 
Ouvi de Tirone Lemos Michelin, antes de arrancar o veículo. “Diretor, você não é homem sozinho. Pense no que eu te disse, nos teus filhos e na tua mulher”. Dizendo isto, Tirone Lemos Michelin ameaçou minha pessoa, meus três filhos e minha esposa. Após dizer isto, Tirone Lemos Michelin saiu acelerando bruscamente a Blaser.
 
Excelência. Na época relatei o fato ao delegado Dr. Flávio Comparsse Conrado e ao Dr. Bem-Hur Marchiori todo o meu sequestro. Dr. Conrado, que na época era Delegado titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Canoas/RS, colocou dois policiais civis da 3ª Delegacia e uma viatura na Unidade de Ensino Sapucaia do Sul. Um policial ficava na porta de meu gabinete e o outro ficava no hall de entrada da unidade. Dr. Conrado também disse a minha pessoa que era para relatar todo o sequestro, formatar e entregar o documento a ele, que se alguma coisa acontecesse comigo ou minha família, que o mesmo tomaria as devidas providências. Não fiz tal documento porque minha conversa com Dr. Conrado, na época foi toda gravada em fita K7. Contudo, na reintegração de posse da propriedade da Rua Peru, esta fita e outras desapareceram.
 
Após o seqüestro, veio o embargo da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, através do juiz Dr. André Reverbel Fernandes. O juiz não aceitou receber-me para negociar a dívida que era dos proprietários do curtume Vacchi e a obra foi embargada sem que pudesse retirar nada das dependências da obra. Após o juiz Dr. André Reverbel Fernandes embargar a obra, o mesmo foi promovido com uma transferência para a Justiça do Trabalho Federal de Porto Alegre, onde está atuando na 5ª Vara Trabalhista daquele Fórum.
 
Com o embargo da Unidade IESES Sapucaia do Sul, iniciou-se a implantação da Unidade IESES Novo Hamburgo. Quando a obra estava com aproximadamente noventa por centro da abra concluída, cerca de oitenta a cem homens destruíram totalmente toda a obra. Em um ato de vandalismo jogavam computadores pelas janelas, rascaram documentos e projetos do IESES, além de furtarem materiais e equipamentos da unidade de ensino. A Brigada Militar foi acionada, prenderam dois ônibus com materiais roubados do Instituto IESES, tudo foi levado para 1ª Delegacia de Polícia Civil de Novo Hamburgo, mas o delegado da época nada fez e ninguém foi preso nem prestaram esclarecimentos. Os materiais apreendidos não foram devolvidos para o Instituto IESES. Após destruírem a Unidade de Ensino IESES Novo Hamburgo, tentaram invadir a minha residência, na época localizada na Rua Peru n° 785 – Bairro São Luiz – Canoas.

Passados cerca de doze anos, como mostra nos documentos abaixo, o sequestrador e os mandantes do sequestro eram apoiados por bandidos, que na interpretação da Corregedora Nacional da Justiça Eliana Calmon, são bandidos inflitrados na justiça. Com a queda dos poderosos reitores da ULBRA, Rubene Eugen Becker, Leandro Eugênio Becker e Pedro Menegat, autoridades da época do sequestro, começaram a desistir de apoiar os hoje ex-reitores da ULBRA.
.