domingo, 24 de fevereiro de 2008

Veja = Carta Capital: A Imprensa mal intencionada

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Há uma persistente insistência na luta pela liberdade de imprensa. E sem liberdade de imprensa, é fato sabido e consumado, não há democracia. Sem democracia não há liberdade de expressão. Porém, por outro, vemos a erroneamente chamada de grande mídia torcer e distorcer os fatos de forma desabrida e indisfarçada, explícita e descarada.

Nas edições de 23.02.2008, das revistas Carta Capital e Veja, vemos um exmplo indubitável de má intenção de um dos veículos que tendem, sistematicamente, a fazer o jogo da "elite branca" e defender os interesses de um neoliberalismo troglodita. Pois, se observarem sem muito esforço, verão que a revista VEJA, que circulou depois da revista CARTA CAPITAL, apesar de estar pronta antes, saiu depois e circulou exatamente com a mesma foto (trabalhada) da capa de Carta Capital. Essa, é o que fica bastante explícito, foi uma armação, descarada e anti-ética, da revista Veja para definitivamente confundir o leitor.

Enquanto Carta Capital, sob a manchete "Cuba Sem Fidel", traz a história com sentido mais informativo e imparcial sobre o ex-ditador cubano Fidel Castro, a revista Veja, desavergonhadamente, reflete toda sua indigestão contra Fidel Castro, sob a denunciante manchete "Já Vai Tarde", onde, em lugar de um verdadeiro jornalismo informativo, distorce o conteúdo e a história, manipula e desinforma o leitor. "Olho vivo, porque cavalo não desce escada", já dizia o saudoso cronista social Ibrahim Sued.

E mais grave ainda, foi que Veja surrupiou, com indiscritível petulância, a capa elaborada por Carta Capital. Tal atitude, reveladora de baixo caráter ético e profissional, retrata o objetivo de má intenção de Veja na subliminar forma de ludibriar o leitor. Esse, o pior exemplo do mau ou péssimo jornalismo, cuja ação se antagoniza indubitavelmente com a luta da "liberdade de imprensa", posto que "liberdade de imprensa" compreende, também, ética, moralidade e, fundamentalmente, a "verdade factual", independente para que time, lado ou tendência política se torce, pessoalmente. O que vale e mais pesa no jornalismo é a verdade e a imparcialidade.

À Veja, faltou criatividade, respeito ao leitor e até mesmo aos anunciantes, faltou ética e escrúpulo profissional. Com esse tipo de jornalismo (?) onde iremos parar? O que se pode exigir? O que se pode cobrar em termos de respeito, ética e moralização?

Depois disso, o silêncio à reflexão é o melhor que se terá!