sábado, 6 de agosto de 2011

Tráfico de Drogas X Tráfico de Influência X Alienação da Sociedade

Tidos como grandes líderes, inclusive homenageados com nomes de ruas e outros logradouros públicos,  os ex-governadores Adhemar de Barros (São Paulo) e Carlos Lacerda (Rio de Janeiro), o ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, Antonio Delfim Neto, o ex-governador de Minas Gerais, hoje senador, Eduardo Azeredo e Paulo Salim Maluf são "great examples" do bom uso do TRÁFICO DE INFLUÊNCIA e enriquecimento ilícito, como comprovam matérias veiculadas em jornais, TVs e internet, além de em alguns casos haverem processos tramitando na Justiça.

Há dois câncros que assolam a moral, a ética, a saúde, a sustentabilidade e a qualidade de vida dos brasileiros, mas que pouca gente ou ninguém especialmente a chamada grande mídia, cúmplice por se fazer porta-voz do sistema e de difundir, subliminarmente, o processo da Nova Ordem Mundial, assim como omitir, manipular e alienar leitores, ouvintes e telespectadores através dos principais noticiosos ou, ainda, de programas onde a coragem dos comunicadores se faz apenas e tão somente perante fatos praticados por gente que nasceu pobre, sem um berço decente e sem afetos, carinho e amor. E entre esses últimos pode-se destacar "Brasil Urgente", "Cidade Alerta" e praticamente todos os telejornais, do Jornal Nacional, passando pelo Fantástico ao Jornal da Band, Jornal da Record e Jornal do SBT, indistintamente. Basta observar atentamente que um telejornal é cópia fiel ou cópia carbono dos demais. O que é veiculado nos jornais da rede que detém o monopólio da comunicação é copiado, ipsis verbis e ipsis imago.

No que tange ao tráfico de drogas ou narcotráfico, além da participação direta e indireta de ilustres e renomados brasileiros, há bons maus "specimens" que ilustram, deslustrando, esse péssimo exemplo à sociedade, em especial, à juventude brasileira. E pode-se citar alguns como Fernandinho Beira-Mar, o mais famoso; José Carlos dos Reis Encina, o Escadinha, cuja fuga de penitenciária de segurança máxima, em um helicóptero, foi simplesmente cinematográfica, entre tantos outros que andam por aí, a exemplo de políticos milionários, à solta.

Isso tudo sem falar nos sites e blogs internéticos, onde a predominância do noticiário, quando não se faz sobre fatos e babaquices do futebol, se faz sobre pessoas que acordam como pseudas celebridades e deitam como seres dos piores e mais perversos exemplos de comportamento, atitude morais e éticas. Isso quando não estão a serviço de organizações secretas e até oficias, que ditam o que deve e o que pode ser feito.

Considerando, num comparativo que em termos de violência contra a sociedade se equivalem, a diferença existente entre o Tráfico de Drogas e o Tráfico de Influência, além de que a primeira atinge direta e ofensivamente à sociedade, através de atos que vão da bárbarie, à sonegação pela atividade ilícita à degeneração do tecido social com o conseqüente aliciamento de jovens ao último estágio que são os viciados, os drogados, o Tráfico de Influência vitima toda a população com os mais diferentes esquemas de ilicitudes que vão do desvio de verbas públicas, via sonegação (que nada mais é do que "crime de apropriação indébita"), superfaturamento, improbidade administrativa, concusão, peculato, formação de quadrilhas, lavagem de dinheiro, contas em "paraísos fiscais", etc, causando, assim, imensos e inimagináveis prejuízos ao todo da sociedade, posto que tais recursos deveria, constitucionalmente, servirem à qualificação da educação (ensino), qualificação dos serviços de saúde com a legal e constitucional assistência médico-hospitalar a todos os cidadãos, bem como justiça na questão das aposentadorias de milhões de trabalhadores que se sacrificaram trabalhando com uma carga horária muitíssimo superior a dos privilegiados e protegidos servidores públicos federais, estaduais e municipais. Essa uma injustiça nunca justificada e sempre favorecidos.

Afora isso, há o desperdício com o abuso da utilização de recursos públicos - dinheiro do contribuinte - para governo federal, governos estaduais e municipais promoverem festas, a qualquer pretexto ou data comemorativa, com caríssimos e injustificados shows de artistas de renome nacional. Um exemplo que fica claro nessa questão, foi a gastança de R$ 5.000.000,00 que a Prefeitura de Recife pagou, entre cachê e organização do evento, para um show do proclamado ídolo Caetano Veloso que, nos anos 60 / 70 formava na frente que criou o Movimento Tropicalista, cujo pregava o combate, como se pode resumir, à sonegação, à corrupção, à imoralidade e à anti-ética. Mas hoje próximo do poder, se locupleta numa explícita contradição, inclusive de tudo que diz em seu livro "Vereda Tropical" (1997).

É mais do que fundamental, é essencial, ainda, que se imponha um freio ao desperdício dos recursos públicos com patrocínios de verdadeiros mega-shows a qualquer pretexto com o propósito claro de capitalizar os eleitores tendo em vista sempre as próximas eleições; patrocínios de clubes de futebol, de festanças descabidas e com uma gastança desnecessária e injustificáveis como em períodos como a Páscoa, a Semana do Município, Semana da Pátria, Natal, além de outros pretextos como a Semana Farroupilha no Rio Grande do Sul, e eventos folclóricos no Norte e Nordeste, sem falar nos Carnavais em âmbito nacional, como acontece no Rio de Janeiro e Bahia, com maior evidência, e nos municípios em geral. Tudo é pretexto e propósito para gastança e desperdício do dinheiro público em prejuízo aos serviços essenciais e prioritários, repetimos, como Educação com mais qualidade; Saúde com mais hospitais, leitos e equipe médico e de enfermagem condizentes com as necessidades; Saneamento Básico, que nada mais é do que prevenção à saúde pública e mais qualidade de vida, entre tantos outros motivos ao desencaixe de recursos públicos, como "máquinas administrativas" com superlotação de CCs (cargos de confiança) que, na prática, mais servem como "cabos eleitorais" do que à prestação de mais e melhores serviços às comunidades.

Isso tudo somado representa bilhões e bilhões de dinheiro do contribuinte que deveria, pela Constituição e pelas leis, servirem ao equilíbrio ou redução das desigualdades sociais. E tal se faz através de uma reforma fiscal, uma reforma político-social e uma reforma dos valores morais e éticos, hoje ambos jogados às latas de lixo da falta de respeito, falta de dignidade e falta de consciência e senso de humanidade. São os covardes oportunistas de plantão em todos os recantos do Brasil e em todas as repartições e instituições públicas que fazem por prevalecer, inclusive juridicamente, as ilicitudes, os desmandos e descaminho do dinheiro público.

Urge que se criem leis através de um plebiscito ou referendo popular para, efetivamente, punir os políticos de péssimos exemplos ou também conhecidos como "ficha suja", além de se acabar de homenagear esses mesmos políticos que, além de praticarem ilícitos de nefastos efeitos ao País e prejuízos à sociedade como um todo, praticamente nada de importante fizeram ou construíram. E quando fizeram obras faraônicas teve como pano de fundo a locupletação.

Urge, com a máxima urgência, que se ponha um fim à IMUNIDADE PARLAMENTAR, à IMPUNIDADE quando tratar-se de fatos que se enquadram em corrupção - e aqui compreende-se todos os crimes de lesa-pátria e contra os trabalhadores contribuintes que têm que arcar com uma das mais pesadas e injustas cargas tributárias do mundo.

E para abafar todos os escândalos pela prática de corrupção (aqui, mais uma vez, incluem-se todo tipo de crime de lesa-pátria), esses mesmos políticos usam das mais variadas formas de alienação e manipulação das massas, servindo-se, para tanto, da cumplicidade consciente da chamada grande mídia que, através dos noticiosos, programas repletos de babaquices, da epidemia do futebol, degeneração da célula familiar (vide as novelas onde a banalização chegou as raias da depravação sexual) e de programas onde a tônica é a baixaria moral e ética. Isso, moral e éticamente, é o fundo do poço. A degradação e a perversão do ser humano.