domingo, 3 de abril de 2016

João Lippert, presidente da TVS e do Instituto IESES, sequestrado por segurança da ULBRA.

Tirone Lemos Michelin, em 1999, seqüestrou o diretor geral do Instituto IESES, hoje diretor e presidente da TVS - A Televisão Sobrenatural do Brasil, João Lippert. O sequestro de João Lippert ocorreu no dia 23 de janeiro de 1999. No ato do sequestro, já em cárcere privado dentro da cabine de um veículo de modelo Blaser de cor preta ou azul escuro, de Tirone Lemos Michelin ou da ULBRA, com tapinhas nas costas, passando com a mão direita sobre os ombors de João Lippert, Tirone Lemos Michelin anunciou o sequestro dizendo: "Diretor, você foi sequestrado." Dizendo isto, o sequestrador Tirone Lemos Michelin passou a fazer exigências, que segundo o mesmo, eram exigências dos hoje ex-reitores da ULBRA.
RELATO DO SEQUESTRO POR JOÃO LIPPERT


No ano de 1999, exatamente no dia 23 de janeiro de 1999, ocorreu o pior dos crimes contra minha pessoa e minha família. Crime hediondo. Sequestro seguido de cárcere privado. 

O sequestro teve início no pátio da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, no fim de uma manhã de sábado. Dia propício para a execução do seqüestro de minha pessoa, eis que não havia nenhum funcionário na obra, nem professores, que já estavam contratados para lecionarem na Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul. 

Naquele dia 23 de janeiro de 1999, encontravam-se na obra da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, minha pessoa João Manoel Lippert, meus dois filhos, Chiara Aline Lippert e Robson Ricardo Lippert, além de meu sobrinho José Luís Lippert da Silva, que dirigiu o meu veículo. 
Minha pessoa foi levado à força, sob ameaça de morte, por Tirone Lemos Michelin. O seqüestro teria sido planejado anteriormente pelos reitores da ULBRA na época, Ruben Eugen Becker, Leandro Eugênio Becker e Pedro Menegat, já que o Instituto IESES estaria tirando uma fatia da Universidade ULBRA, em relação aos alunos que estudariam no Instituto IESES. 
O homem que executou e cometeu o crime de sequestro, Tirone Lemos Michelin, era na época funcionário da ULBRA, com cargo de confiança dos reitores. 
No dia do sequestro, minha pessoa e Tirone Lemos Michelin encontrávamos no hall de entrada da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, após Tirone Lemos Michelin ter visitado o interior das obras no prédio do ex-curtume Vacchi. 
Minha pessoa disse a Tirone Lemos Michelin, após Michelin dizer que tinha algo de suma importância para tratar comigo. “Pois não, vamos até me gabinete” . Disse Tirone Lemos Michelin. “Não. O assunto que eu tenho para tratar contigo é assunto muito sério. Tem que ser em particular. Só nós dois, sem a presença dos teus filhos”. Disse Tirone Lemos Michelin, que seria bom que minha pessoa o acompanhasse em seu veículo, que estava estacionado no pátio da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul. Tentei argumentar, dizendo que naquele dia não poderia ser, pois era um sábado, a escola estava fechada e estava com visitas em casa na Rua Peru n° 785, onde me aguardavam. Assim o assunto poderia ficar para segunda-feira. Ouvindo isto, disse Tirone Lemos Michelin a minha pessoa. “Não. O assunto que tenho para tratar contigo não pode esperar para segunda-feira”. 
Minha pessoa notou que Tirone Lemos Michelin, que vestia um blaser de cor preta, uma camisa social verde e uma calça social preta, Tirone Lemos Michelin colocou sua mão direita na cinta da calça e com os quatro dedos da mão direita, Tirone Lemos Michelin bateu três ou quatro vezes na cinta da calça, dando a entender que estava armado. 
Fui ameaçado por Tirone Lemos Michelin e sob ameaça, para não colocar meus filhos Chiara Aline Lippert, Robson Ricardo Lippert, além de meu sobrinho, em risco de vida, entrei no veículo que era conduzido por Tirone Lemos Michelin, uma Blaser de cor preta ou azul escuro. 
Logo após o veículo de Tirone Lemos Michelin sair do pátio da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, Tirone Lemos Michelin conduziu seu veículo a mais ou menos 80km/h, às margens da BR-116, sentido Sapucaia do Sul – Porto Alegre. Em determinado momento, Tirone Lemos Michelin reduziu a velocidade e estacionou o veículo no acostamento da BR-116 em frente a um terreno baldio com arbustos altos. Com o motor ainda em movimento, Tirone Lemos Michelin acionou a trave das portas do veículo, onde estava minha pessoa, Tirone Lemos Michelin, além de uma terceira pessoa que poderia estar escondida no porta-malas do veículo, eis que de vez em quando ouviam-se ruídos que vinham do porta-malas. Esta terceira pessoa poderia ser o senhor Vladimir, coordenador geral da segurança da ULBRA, homem com grandes habilidades e conhecimentos em armas. Pois o que se sabe é que Vladimir era ou teria sido um PM da Brigada Militar. 
Após Tirone Lemos Michelin ter estacionado às margens da BR-116, ainda com o motor em movimento, Tirone Lemos Michelin perguntou a minha pessoa se eu tinha arma, se portava e se estava armado. Disse que tinha arma, mas esclareci que a arma de minha propriedade era uma arma calibre 12 de marca Boito e cano duplo, e que apesar de a mesma ser regularizada junto a Polícia Federal, a arma poderia ser utilizada apenas em algumas situações de caça e proteção de minha e de meus familiares onde residiam. Com isto, é óbvio que naquele momento minha pessoa não estava armado. 
Foi naquele momento que Tirone Lemos Michelin anunciou o seqüestro, batendo com sua mão direita nas minhas costas dizendo. “Diretor, o senhor foi seqüestrado”. 
Segundo Tirone Lemos Michelin, o mesmo falava em nome dos reitores Ruben Eugen Becker, Leandro Eugênio Becker e Pedro Menegat, alegando que minha pessoa estava batendo de frente com a ULBRA. 
Tirone Lemos Michelin disse que a ULBRA era uma máfia internacional e que aqueles homens, se necessário fosse, fariam gente desaparecer. 
Naquele momento, sentindo-me encurralado e preso dentro da cabine da Blaser, ao ouvir de Tirone Lemos Michelin dizer que se minha pessoa não desistisse da idéia da construção do Instituto IESES no Brasil, minha pessoa poderia desaparecer a qualquer momento ou ainda, encontrar minha filha mais nova, Keila Cristine Lippert, com as pernas quebradas. 
Tirone Lemos Michelin disse que os reitores queriam ainda, que minha pessoa desocupasse a propriedade onde morava com minha família, queriam a devolução de todas as fitas em VHS gravadas com pesquisas dentro ou fora da ULBRA por minha pessoa, além de outras fitas k7, gravadas por minha pessoa via telefone ou gravações também em fita k7, com informações técnicas de pesquisas nas áreas humana e veterinária, além de informações de técnicos da universidade. 
Disse ainda Tirone Lemos Michelin no ato do seqüestro. “Diretor, não adianta você construir a escola. A ULBRA, os reitores vão destruir tudo”. 
Transmitido as exigências dos reitores em relação a minha pessoa e o Instituto IESES, na mão direita de Tirone Lemos Michelin apareceu um cigarro, aparentando que o mesmo teria sido fabricado artesanalmente e tinha sinais de já ter sido aceso. Informou Tirone Lemos Michelin, dizendo a minha pessoa. “Sabe o que é isto diretor?” Respondi. “Isso me parece um cigarro de maconha”. Disse Tirone Lemos Michelin. “Isto é um memoriol ou um estimulante”. Disse ainda Michelin, tentando colocar aquele cigarro na minha mão. “Queima ele diretor”. Respondi. “Não tenho vícios caros”. 
Cabe salientar aqui, que Tirone Lemos Michelin parecia estar drogado. Com meus conhecimentos na área humana, percebi que Tirone Lemos Michelin estava com o fundo dos olhos apresentando uma coloração muito avermelhada, aparecendo visivelmente micro-ramificações de vasos sangüíneos na lateral dos olhos, além de Tirone Lemos Michelin apresentar um estado muito nervoso e agitado. 
Naquele momento tocou o celular de Tirone Lemos Michelin. Tirone Lemos Michelin atendeu ao seu celular e desceu do veículo, deixando as portas trancadas e se dirigiu para frente do veículo, falando ao celular e com uma arma em punho. Tirone Lemos Michelin parecia muito nervoso falando ao celular e dava socos no capô do carro, com a mão direita que segurava a arma. Michelin deve ter pegado a arma no trajeto da porta até a frente do veículo. Michelin ficou falando ao telefone por cerca de trinta minutos ou mais. Ao retornar ao veículo, Tirone Lemos Michelin ainda estava com arma em punho. Era uma arma pequena de cor preta. No entanto, antes de entrar no carro, o mesmo colocou a arma na cintura. Naquele momento cheguei a imaginar que Michelin fosse atirar em minha pessoa e abandonar meu corpo às margens da BR-116. 
Sentindo uma forte dor no peito, coloquei a mão esquerda no peito do lado esquerdo, fazendo algumas massagens com a mão direita no peito do lado esquerdo. Foi quando Tirone Lemos Michelin perguntou. “Ta passando mal diretor?” Respondi. “Sim”. Tirone Lemos Michelin arrancou o veículo com uma certa velocidade, parando logo em seguida próximo a um estacionamento de um posto de gasolina, antigo posto de gasolina Schell, às margens da BR-116, onde fui deixado. 
Quando Tirone Lemos Michelin freou o veículo, constrangido e com medo de ser assassinado, tentei abrir a porta e sair do veículo. A porta foi destravada, não sei se por Tirone Lemos Michelin ou se em razão de minha pessoa ter puxado o trinco da porta com muita força. Com a porta aberta, com a mão esquerda sobre o peito e a mão direita no trinco da porta, desci do veículo, pondo o pé direito no calçamento do posto. Foi quando Tirone Lemos Michelin jogou o cigarro que tinha em sua mão direita. O cigarro de maconha bateu no meu ombro esquerdo, em seguida em minha perna direita. Observa-se que a perna esquerda permanecia no estribo do veículo. Ouvi Tirone lemos Michelin dizer. “Fuma depois diretor.” O cigarro, ao tocar em minha perna direita, ainda com a porta aberta, rolou para debaixo do veículo e Tirone Lemos Michelin acelerou o veículo, fazendo com que o mesmo arrancasse bruscamente e fazendo com que a porta se fechasse. O cigarro que havia rolado para debaixo do veículo, a roda traseira passou por cima do mesmo. Com a arrancada brusca do veiculo, desequilibrei meu corpo e cai. 
Ainda sentindo forte dor no peito, esperei por alguns momentos, quando dirigi-me aos frentistas do posto para tentar pedir socorro. Foi quando notei que o veículo de minha propriedade, que era dirigido pelo meu sobrinho José Luiz Lippert da Silva, uma caminhoneta S-10 de marca Chevrolet cabine dupla. Ao verem minha pessoa abanando a mão, meu sobrinho encostou rapidamente próximo a minha pessoa, no antigo posto Schell na BR-116. Como já dito, o meu veículo era conduzido por meu sobrinho José Luiz Lippert da Silva, no assento traseiro do veículo estava minha filha Chiara Aline Lippert, no assento dianteiro ao lado do motorista estava meu filho Robson Ricardo Lippert, que abriu a porta do veículo e perguntou. “Onde está Michelin?” Eu disse. “Foi embora”. Entrei em meu veiculo e disse. “Vamos sair imediatamente deste local”. Robson Ricardo Lippert sentou no banco de trás e sentei-me ao lado de meu sobrinho e saímos do local, indo diretamente para minha residência a Rua Peru n° 785, Bairro São Luís, Canoas/RS. 
Ao chegarmos na propriedade, em razão ameaças de Tirone Lemos Michelin para que não relatasse o ocorrido a ninguém, caso contrário os reitores iriam se vingar de minha pessoa ou de quem soubesse do sequestro. Esperei que meu sobrinho e esposa, além do filho de cerca de seis anos, retirassem-se da propriedade. Só então é que relatei o que realmente aconteceu para minha esposa na época e aos meus filhos. Michelin também foi taxativo: não poderia minha pessoa avisar autoridades civis ou militares do sequestro, mesmo porque, segundo Tirone Lemos Michelin, os poderosos reitores da ULBRA tinham em todas as áreas, desde advogados, oficiais de justiça, juízes, homens que já estariam prevenidos para não darem a mínima importância sobre qualquer assunto que minha pessoa relatasse ou tentasse registrar na delegacia de polícia civil do bairro que residia. Ou seja, a quadrilha dos reitores estava muito bem preparada. 
Lembro-me ainda, que antes que Tirone Lemos Michelin arrancasse o veículo, quando ainda estava parado às margens da BR-116, perguntei a Michelin onde é que ele havia conseguido aquele cigarro. Tirone Lemos Michelin disse. “Ora diretor. Não é só o senhor que a ULBRA tem como pesquisador”. Segundo Michelin, o cigarro teria sido pego por Volney Falchembach em um dos laboratórios de pesquisa da ULBRA, a pedido do Leandro. Disse ainda Tirone Lemos Michelin, que era um agrado do vice-reitor para minha pessoa. 
Ouvi de Tirone Lemos Michelin, antes de arrancar o veículo. “Diretor, você não é homem sozinho. Pense no que eu te disse, nos teus filhos e na tua mulher”. Dizendo isto, Tirone Lemos Michelin ameaçou minha pessoa, meus três filhos e minha esposa. Após dizer isto, Tirone Lemos Michelin saiu acelerando bruscamente a Blaser. 
Excelência. Na época relatei o fato ao delegado Dr. Flávio Comparsse Conrado e ao Dr. Bem-Hur Marchiori todo o meu sequestro. Dr. Conrado, que na época era Delegado titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Canoas/RS, colocou dois policiais civis da 3ª Delegacia e uma viatura na Unidade de Ensino Sapucaia do Sul. Um policial ficava na porta de meu gabinete e o outro ficava no hall de entrada da unidade. Dr. Conrado também disse a minha pessoa que era para relatar todo o sequestro, formatar e entregar o documento a ele, que se alguma coisa acontecesse comigo ou minha família, que o mesmo tomaria as devidas providências. Não fiz tal documento porque minha conversa com Dr. Conrado, na época foi toda gravada em fita K7. Contudo, na reintegração de posse da propriedade da Rua Peru, esta fita e outras desapareceram. 
Após o seqüestro, veio o embargo da Unidade de Ensino IESES Sapucaia do Sul, através do juiz Dr. André Reverbel Fernandes. O juiz não aceitou receber-me para negociar a dívida que era dos proprietários do curtume Vacchi e a obra foi embargada sem que pudesse retirar nada das dependências da obra. Após o juiz Dr. André Reverbel Fernandes embargar a obra, o mesmo foi promovido com uma transferência para a Justiça do Trabalho Federal de Porto Alegre, onde está atuando na 5ª Vara Trabalhista daquele Fórum. 
Com o embargo da Unidade IESES Sapucaia do Sul, iniciou-se a implantação da Unidade IESES Novo Hamburgo. Quando a obra estava com aproximadamente noventa por centro concluída, cerca de oitenta a cem homens destruíram totalmente toda a obra. Em um ato de vandalismo jogavam computadores pelas janelas, rascaram documentos e projetos do IESES, além de furtarem materiais e equipamentos da unidade de ensino. A Brigada Militar foi acionada, prenderam dois ônibus com materiais roubados do Instituto IESES, tudo foi levado para 1ª Delegacia de Polícia Civil de Novo Hamburgo, mas o delegado da época nada fez e ninguém foi preso nem prestaram esclarecimentos. Os materiais apreendidos não foram devolvidos para o Instituto IESES. Após destruírem a Unidade de Ensino IESES Novo Hamburgo, tentaram invadir a minha residência, na época localizada na Rua Peru n° 785 – Bairro São Luiz – Canoas



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Passados cerca de doze anos, como mostra nos documentos, o sequestrador e os mandantes do sequestro eram apoiados por bandidos, que na interpretação da Corregedora Nacional da Justiça Eliana Calmon, são bandidos inflitrados na justiça. Com a queda dos poderosos reitores da ULBRA, Rubene Eugen Becker, Leandro Eugênio Becker e Pedro Menegat, autoridades da época do sequestro, começaram a desistir de apoiar os hoje ex-reitores da ULBRA