sábado, 11 de setembro de 2010

Dilma poderá ser a primeira mulher presidenta do Brasil ainda no 1º turno


Há longo tempo que políticos, cientistas políticos e experts afirmam que não há como um homem público transferir votos para um seu candidato de preferência. Pois, parece que dessa vez tal afirmativa será contrariada, será desmentida. O presidente Luís Inácio Lula da Silva, que politicamente fez emergir do anonimato uma mulher apenas conhecida, combatida, difamada e caluniada como ativista de movimentos anti-ditadura militar que vigiu durante 21 anos no Brasil, e a partir de meados dos anos sessenta, logo depois do famigerado Golpe Militar de 31 de março de 1964, a fará a primeira mulher a tornar-se, democraticamente, presidenta do Brasil.
* E tem gente que ainda comemora o "31 de março de 64", como se um feito altivo e cheio de civicidade, quando na verdadeira realidade o "golpe", também chamado de "Redentora", surgiu de movimentos ponteados por políticos que tinha gana pelo poder, como Carlos Lacerda e Adhemar de Barros, que articularam a manobra das massas. Depois vieram outros que, se engajando, "mereceram" as benesses do pode militar, como Delfim Antônio Neto, Paulo Salim Maluf e outros tantos. O movimento de reação à política do presidente João (Jango) Goulart, apoiado por Leonel de Moura Brizola, nasceu dos políticos civis que, a partir do convencimento de que o Brasil estava sendo levado para o comunismo. Assim passara a contar com o apoio e as ações das Froças Armadas, do alto clero da Igreja Católica e apoiados pela maior potência econômica de então, os Estados Unidos da América.


O historiador político italiano Norberto Bobbio define "revolução" como "a tentativa, acompanhada do uso da violência, de derrubar as autoridades políticas existentes e de as substituir, a fim de efetuar profundas mudanças nas relações políticas, no ordenamento jurídico-constitucional e na esfera sócio econômica". 


Já o ex-presidente nomeado pelos líderes militares, Ernesto Geisel, justificou o Golpe Militar, dizendo: "O que houve em 1964 não foi uma revolução. As revoluções fazem-se por uma idéia, em favor de uma doutrina. Nós simplesmente fizemos um movimento para derrubar João Goulart. Foi um movimento contra, e não por alguma coisa. Era contra a subversão, contra a corrupção. Em primeiro lugar, nem a subversão nem a corrupção acabam. Você pode reprimi-las, mas não as destruirá. Era algo destinado a corrigir, não a construir algo novo, e isso não é revolução"). Foi contra essa trama armada nos subterrâneos da política, inicialmente, perpetrada pelos políticos que queriam o poder (repito: Adhemar de Barros e Carlos Lacerda), que Dilma Vana Rousseff e milhares de outros brasileiros se levantaram contra.


Bem, voltando ao tema: Logo após o Golpe Militar de 31 de março de 1964, Dilma, que usou diferentes cognomes, passou a integrar o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares). Nesse período esteve presa entre 1970 a 1972, onde passou por sessões de tortura, como todos os demais presos classificados de "comunistas ou subservivos".


Pois, é a essa mulher que Lula está transferindo quase todos os seus milhões de votos, já que a candidata alcançou um percentual de cerca 55% dos votos, segundo as pesquisas, o qua a tornará a primeira mulher a ser presidenta do Brasil, ainda no primeiro turno das eleições.


Dilma Vana Rousseff é mineira de Belo Horizonte, sagitariana nascida no dia 14/12/1947, filha de uma família de classe média alta. Depois que acabou a Golpe Militar, Dilma veio para o Rio Grande do Sul, onde refez a sua vida, ajudando, inclusive, Leonel de Moura Brizola a fundar o PDT. Tempos depois filiou-se ao PT. No governo Lula foi Ministra de Minas e Energia e até confirmar a sua candidatura à presidência do Brasil, era Ministra da Casa Civil da Presidência da República.


Tenho que confessar que não sou e nem estou filiado ao PT, mas o que está oposto aqui "QUEM VIVER, VERÁ!"
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