quarta-feira, 19 de outubro de 2011

13° SALÁRIO NUNCA EXISTIU ... Um engodo histórico e ano de 379 dias para os políticos.

O 13° Salário, instituído no governo do ex-presidente Getúlio Dornelles Vargas, para corrigir uma injustiça social para com os trabalhadores, não se trata de um prêmio, um privilégio ou generosidade do governo, mas o pagamento do que foi devido pelos empregadores aos trabalhadores durante o ano.
Os trabalhadores ingleses recebem os ordenados semanalmente. Mas há sempre uma razão para as coias e os trabalhadores ingleses, membros de uma sociedade mais amadurecida e crítica do que a nossa, não fazem nada por acaso.


Pois bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática, mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem da retórica enganosa.


É preciso lembrar que o 13° Salário, no Brasil, foi uma inovação do ex-presidente Getúlio Dornelles Vargas - o pai dos pobres -, buscando resgatar as perdas que os trabalhadores da iniciativa priva vinham tendo, e que nenhum governo depois dele mexeu nisso. Por quê? Simplesmente porque o 13° Salário, na realidade, não existe. Sempre foi um engodo, uma demagogia dos governantes e dos políticos.


O 13° Salário é uma das mais escandalosas de todas as mentiras dos "donos do poder", que se intitulam "capitalistas" ou "socialistas" e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.


Vamos demonstrar essa GRANDE E DURADOURA MENTIRA através de um exemplo aritmético prático e simples. Suponhamos que você ganha R$ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, no final do ano, um total de R$ 8.400,00 por 12 meses de trabalho. Multiplicando-se R$ 700,00 X 12 meses = R$ 8.400,00. Em dezembro o generoso governo manda, então, pagar-lhe o conhecido 13° salário. Assim, RR 8.400,00 + 13° salário = R$ 9.100,00. São R$ 8.400,0 a título de salário anual + o 13° salário R$ 700,00 (tido como uma espécie de prêmio) = R$ 9.100,0 como total de ganhos (brutos) no ano.


Vamos, agora, a um simples e rápido cálculo aritmético:
Se o trabalhador recebe R$ 700,00 por mês e o mês tem 4 (quatro) semanas, significa que ganha R$ 175, por semana. Salário mensal de R$ 700,00 dividido por 4 semanas (do mês) = R$ 175,00 por semana.


Um ano tem 52 semanas (confira no calendário quem tiver dúvidas). Então, se multiplicarmos R$ 175,00 (salário por semana) por 52 semanas que tem o ano, teremos um resultado = R$ 9.100,00. R$ 175,00 (salário semanal) X 52 (número de semanas do ano) - R$ 9.100,00.


O resultado acima é o mesmo valor do Salário ganho num ano + o 13° Salário. Surpresa? Onde está, portanto, o 13° Salário, que pagam aos trabalhadores como se um privilégio?


A resposta é que o governo, que é quem faz as leis, lhes rouba uma parte do seu salário durante todo o ano pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31, quatro a cinco semanas. No final do ano, e ainda parcelado, o generoso governo presenteia o trabalhador, especialmente o da iniciativa privada, com um 13° salário, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador no decorrer do ano.


Se o governo retiar o 13° Salário dos trabalhadores e funcionários públicos, o roubo é duplo. Daí que NÃO EXISTE NENHUM 13° SALÁRIO. O governo apenas manda o patrão DEVOLVER o que sorrateiramente foi tirado do salário anual do trabalhador. Ou seja, o 13° Salário é a devolução de um dinheiro que foi negado ao trabalhador durante o ano, mas sem juros e sem correção monetária.


CONCLUSÃO: Os trabalhadores recebem pelo que já trabalharam e não como um adicional, "cheirando" a prêmio ou privilégio.
13° Salário não é prêmio, nem gentileza e nem concessão. É simples pagamento, sem juros e sem correção monetária, pelo tempo trabalhado nas 52 semanas do ano.


NOTA DO BLOGUEIRO: Quem tem prêmio, mas não trabalha para fazer jus a tanto, são os deputados, senadores e vereadores que chegam a receber o 14° e o 15° salários por ano, sem contar as demais mordomias e direitos auto-contemplados, os quais não passam de uma forma oficial e legalizada de "roubar" o dinheiro público e "enriquecer ilicitamente", porém sustentados em lei que os auto-beneficiam, enquanto que o trabalhador da iniciativa privada não tem esses mesmos direitos. São os excluídos, socialmente.
Os trabalhadores, considerando o 13° Salário, recebem o equivalente a 52 semanas por ano, enquanto que os senadores, deputados e muitos vereadores, além de recebem polpudos e abusivos salários, sem contar as mordomias, recebem o equivalente a 60 semanas por ano. Ou seja, o ano para o trabalhador é de 365 dias, mas para os políticos é de 379 dias.
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