sexta-feira, 24 de agosto de 2012

FRANÇOIS HOLLANDE: EXEMPLO PARA O BRASIL, SEUS ESTADOS E MUNICÍPIOS


François Hollande, o novo presidente da França, que assumiu a questão de  dois meses, já fez "verdadeiros milagres" usando o bom senso, o civismo e a moralização da coisa pública.
Meus caros leitores, tudo o que voces vão ler abaixo, foi feito em apenas "56 DIAS" de mandato de François Hollande, o novo presidente da França. Tal serve, se houvesse boa vontade política, de modelo ao Brasil e a todos os seus Estados e Municípios, país onde os desmandos estão muitíssimo além do tolerável.

1 - Retirou 100% dos carros oficiais e mandou que fossem leiloados. Os rendimentos destinaram-se ao Fundo da Previdência a ser distribuído pelas regiões com maior número de centros urbanos e com os subúrbios mais ruinosos.

2 - Tornou a enviar um documento (doze linhas) para todos os órgãos estaduais que dependem do governo central em que comunicou a abolição do "carro da empresa" provocativo e desafiador. Quase a insultar os altos funcionários, com frases como: "Se um executivo que ganha € 650.000/ano (seiscentos e cinquenta euros por ano, cerca de R$ 1.600.000,00), não se pode dar ao luxo de comprar um bom carro com o seu rendimento do trabalho, significa que é muito ambicioso, é estúpido, ou desonesto. A nação não precisa de nenhuma dessas três figuras".

3 - Fora os Peugeot e os Citroen, 345 milhões de euros foram salvos imediatamente e transferidos para criar (a abrir em 15 agosto 2012) 175 institutos de pesquisa científica avançada de alta tecnologia, assumindo o emprego de 2.560 desempregados jovens cientistas "para aumentar a competitividade e produtividade da nação."

4 - Aboliu o conceito de paraíso fiscal (definido como "socialmente imoral") e emitiu um decreto presidencial que cria uma taxa de emergência de aumento de 75% em impostos para todas as famílias, líquidas, que ganham mais de 5 milhões de euros/ano. Com esse dinheiro (mantendo assim o pacto fiscal) sem afetar um euro do orçamento, contratou 59.870 diplomados desempregados , dos quais 6.900 a partir de 1 de julho de 2012, e depois outros 12.500 em 01 de setembro, como professores na educação pública.

5 - Privou a Igreja de subsídios estatais no valor de 2,3 milhões de euros que financiavam exclusivas escolas privadas, e pôs em marcha (com esse dinheiro) um plano para a construção de 4.500 creches e 3.700 escolas primárias, a partir dum plano de recuperação para o investimento em infraestrutura nacional.-

6 - Estabeleceu um "bônus-cultura" presidencial, um mecanismo que permite a qualquer pessoa pagar zero de impostos se se estabelecer como uma cooperativa e abrir uma livraria independente contratando, pelo menos, dois licenciados desempregados a partir da lista de desempregados, a fim de economizar dinheiro dos gastos públicos e contribuir para uma contribuição mínima para o emprego e o relançamento de novas posições sociais.

7 - Aboliu todos os subsídios do governo para revistas, fundações e editoras, substituindo-os por comissões de "empreendedores estatais" que financiam ações de atividades culturais com base na apresentação de planos de negócios relativos a estratégias de marketing avançados.

8 - Lançou um processo muito complexo que dá aos bancos uma escolha (sem impostos): Quem proporcione empréstimos bonificados às empresas francesas que produzem bens recebe benefícios fiscais, quem oferece instrumentos financeiros paga uma taxa adicional: é pegar ou sair.

9 - Reduziu em 25% o salário de todos os funcionários do governo, 32% de todos os deputados e 40% de todos os altos funcionários públicos que ganham mais de € 800.000 por ano. Com essa economia (cerca de 4 milhões) criou um fundo que dá garantias de bem-estar para "mães solteiras" em difíceis condições financeiras que garantam um salário mensal por um período de cinco anos, até que a criança comece a ir na escola primária e três anos se a criança é mais velha. Tudo isso sem alterar o equilíbrio do orçamento.

Resultado: Olhem que SURPRESA!!!

O spread com títulos franceses caiu, por magia. A inflação não aumentou. A competitividade da produtividade nacional aumentou no mês de junho, pela primeira vez em três anos.

*** Enquanto isso, num certo País da América Latina, seus Estados e Municípios a "coisa anda como o diabo gosta", ou se quiserem, os abusos com o uso do dinheiro público estão além dos limites do suportável.

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