quinta-feira, 22 de abril de 2010

Esperteza dos políticos e ignorância dos lazarianos

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Sempre que acontece um escândalo envolvendo corrupção praticada por políticos de baixo caráter e sem qualquer indício de moralidade - e isso não é coisa rara nesse nosso espoliado Brasil, que é apenas um país que só tem nome - logo surgem os intelectuais, a discriminadamente rotulada "grande mídia sabe-tudo", além de ser, em muitos casos cúmplice por omissão ou por manipulação da informação ou por tendenciosa ideologicamente, e os de moral ilibada - e logo põem a culpa na ignorância do eleitor, no alienado povão, que não sabe escolher ou eleger seus lídimos representantes em qualquer cargo eletivo dos três escalões, como se isso fosse a busca de soluções à roubalheira dos políticos que ocorre dia após dia. E há que considerar-se que além da União, existem 27 estados e mais de 5.500 municípios onde, quase que sem exceção, são cometidos os mais variados crimes lesa-pátria, como: corrupção, sonegação, concusão, peculato, improbidade administrativa, superfaturamentos, desvios de recursos públicos, etc e etc.

Primeiramente, usando o refrão popular, porque ninguém trás escrito na testa o que é, quem é e quais suas reais intenções. Segundo, porque nesse nosso espoliado Brasil não temos a tão propalada DEMOCRACIA, mas um sistema PEDANTOCRÁTICO comandado pelos "medíocres vaidosos", que decidem o que e como será feito. E sempre com proposições contrárias aos reais e fundamentais interesses da coletividade. E por trás, logo vem leis que impedem qualquer ação ou movimento popular, porque as leis são escritas, elaboradas e aprovadas de cima para baixo. Ou seja, o Brasil vive e convive com um sistema jurídico impostor e despótico. E, assim, o povo brasileiro fica de mãos atadas, e sem vez e sem voz para ribombar a sua indignação, a sua revolta, a sua contestação, a sua desaprovação. E quem abrir a boca prá reclamar é, numa ação tranqüila, tachado de revolucionário ou .... Isso quando não passa a ser vítima de perseguição comandada, também, de cima para baixo. Outra forma, outra sistemática de manter o povo e o eleitor sob pressão e medo.

Alguém já viu ou leu que algum ou alguns políticos propuseram a aprovação de uma lei que, nos casos de políticos com cargos eletivos ou no exercício de funções executivas, de direção ou burocráticas em algum órgão público ou autarquia, em todos escalões dos três poderes, quem for flagrado com evidentes e incontestes evidências no cometimento de crimes de lesa-pátria, seja detido e sumariamente preso, já prevendo o tempo mínimo de pena, caso encerradas as investigações e feitas as provas incontestes. Pena que poderá ser ampliada, jamais reduzida conforme a previsão na lei, em cárcere fechado, sem as benesses jurídicas tão em moda - na maioria hipócritas, posto que logo detidos ou presos em celas especiais, os políticos flagrados e acusados de crimes contra a União, são logo acometidos de arritmia, problemas cardíacos, depressão incontrolável, etc e etc. E daí as benesses feitas legais (são eles mesmos quem escrevem e aprovam as leis), como prisão domiciliar, redução de pena, pena alternativa, etc e etc, e um sem fim de razões aos banalizantes e hiper vulgarizados "habeas corpus".

Tal proposição, para o ou os políticos de caráter elevado, senso de moral e ética, seria tão natural quanto o foi na elaboração e aprovação do Código Nacional de Trânsito que, além das multas em espécie - e isso tem jorrado muito dinheiro na burra do governo -, já prevê sumariamente as penalidades que devem ser atribuiídas a cada tipo de infração, inclusive com o tempo de reclusão quando for o caso. E assim tem sido nos casos mais notórios de quem é flagrado dirigindo embriagado.

Enquanto tudo isso não passa de SONHO, o povo, no melhor estilo lazarônico (lembraça da figura bíblica de Lázaro de Betânia, que, segundo a parábola de São Lucas, era um mendigo e leproso, que se elimentava dos restos caídos sob as faustas mesa dos poderosos), se presta a ficar de joelhos e sob à mesa dos faustos, lucrativos e hediondos crimes, se fartam com as migalhas que os governantes, políticos e elite dominante lhes permite, como uma espécie de favor, catar.

Pobre, incauto, ignaro é crédulo povo !!! "Jogo do Jogo": Jogue você também!




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