domingo, 4 de abril de 2010

Os "jornalões" e os "telejornalões" manipulam a opinião pública com informações falsas.

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"Na situação atual, em que os partidos de oposição estão muito fracos, cabe a nós dos jornais exercer o papel dos partidos. Por isso estamos fazendo isso", expressão da presidente da ANJ - Associação Nacional de Jornais e executiva da Folha de S. Paulo, Maria Judith Brito, o que revela a tendenciosidade da rotulada "grande imprensa".

A VENEZUALIZAÇÃO DA MÍDIA BRASILEIRA

"Alguns leitores têm feito críticas às reflexões feitas neste espaço. Discordar é um direito de qualquer um. Mas reiteramos tudo que vem sendo dito por aqui e na questão dos meios de comunicação vale a pena até transcrever trecho de uma recente fala da presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Maria Judith Brito, também executiva do jornal Folha de S. Paulo, a representantes dos donos de jornais ao defender o que considera ser “liberdade de imprensa”. Segundo ela, na situação atual, em que os partidos de oposição estão muito fracos, cabe a nós dos jornais exercer o papel dos partidos. Por isso estamos fazendo isso”.

É uma confirmação total do que foi dito aqui na semana passada, ou seja, que os jornalões e os telejornalões visivelmente estão dando o recado da oposição de direita ao governo federal. Estão se venezuelando. Maria Judith fez o comentário em uma reunião com empresários dos setores de comunicação que discutiam o Plano Nacional de Direitos Humanos. 
São inúmeros os exemplos na cobertura jornalística dos fatos que confirmam a venezuelização da mídia conservadora brasileira.
O candidato da aliança PSDB, Dem, PPS vem sendo apresentado de forma diferente da de Dilma Roussef. Espiões benignos infiltrados na TV Globo informaram já há meses que a edição de imagem e texto relacionado com Serra passa pelo crivo de um dos diretores de jornalismo, o senhor Ali Kamel, o tal que escreveu um livro dizendo que no Brasil não há racismo e é contra as quotas. 
O ex-governador de São Paulo e atual candidato à Presidência caiu nas graças dos proprietários das Organizações Globo, que têm vínculos com vários setores econômicos interessados em impedir a continuidade do projeto atual do governo de Luiz Inácio da Silva. 
Na área da política externa a pressão é pesada e com componentes manipuladores e mentirosos, seja através de editoriais ou mesmo coberturas diárias.
Exemplo mais recente nesse sentido ocorreu na edição de O Globo de 31 de março último com a manchete de primeira página “Pressão dos EUA sobre o Irã pode atingir Petrobrás”.
 
A chamada prossegue na página 31 “informando” que os “EUA pedem respeito ao Brasil se ONU aprovar sanções”. Aí você vai ler a matéria e verificará que tanto a manchete de primeira página como a do relato da notícia é puramente especulativa. O porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley fala genericamente de empresas que estariam sendo investigadas e o “The New York Times” revela que uma delas é a Petrobrás. Nada oficial como parece pelas chamadas da matéria.


Também genericamente Crowley diz que o Irã foi “tema da visita de Hillary Clinton ao Brasil, com o presidente Lula e Amorim" e “estamos nos movendo para aprovar sanções na ONU e esperamos que o Brasil cumpra a resolução”.
O Itamaraty, segundo o informe de O Globo, apresentado sem destaque algum, negou que a Secretária de Estado tenha mencionado a Petrobras.

Ou seja,
O Globo, na base da manipulação da informação, quis apenas indispor os leitores contra a posição brasileira na questão do Irã em favor de negociações. Algumas horas antes da edição manipulada do jornal, o próprio chanceler Amorim deixou claro em uma longa entrevista na TV Bandeirantes (Canal Livre) que o Brasil seguiria as resoluções da ONU contra o Irã caso fossem aprovadas.

Em suma, O Globo, para variar, deu o recado de Washington, resta saber se generosamente ou não. O que se questiona é a posição impositiva, portanto inócua, segundo Amorim, de pressionar o Irã. O Brasil defende o caminho do diálogo, por entender inclusive que seria um erro deixar o Irã isolado da comunidade internacional.

 
É importante acompanhar a cobertura diária dos jornalões e telejornalões, apontar como as Organizações Globo e outras publicações manipulam e distorcem informações agindo como partidos políticos de direita.
 
Ah, sim:
outra informação transmitida por espiões benignos infiltrados em O Globo demonstra que o esquema de manipulação ocorre até na editoria de Polícia. Nesse setor, segundo os tais espiões, cujos nomes não podem ser revelados se não perdem a função que exercem, a pauta passa pelo sinal verde de oficiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. PMs em O Globo viraram pauteiros.

Então, o que acontece? Qualquer ação policial, sobretudo em áreas pobres da cidade do Rio de Janeiro, onde se criminaliza a população, será aplaudida. Ou seja, nas cartas dos leitores aparecerão apologias à repressão que vem sendo feita de forma indiscriminada atingindo muitos inocentes, que aparecerão nas estatísticas como “autos de resistência”, isto é, elementos que resistiram a policiais e por isso foram detonados. 


E assim caminham os jornalões e telejornalões deste país tropical". (Artigo do jornalista Mário Augusto Jakobiskind, no site "Direto da Redação", em 04/04/2010).

Do Blogueiro: É assim que a televisão, em especial a Globo e as coligadas, como RBS-TV, e mais as revista Época e Veja, a Folha de São Paulo, manipulam a opinião dos leitores e telespectadores. E o mais grave é que uma boa parte do povoão acredita no engodo e nas mentiras da GLOBO. Tal nos leva à lembrança da campanha de Fernando Collor de Mello, quando a rotulada "grande imprensa" se alinhou ao lado da grande mentira que foi o "caçador de marajás", quando a TV Globo manipulou descaradamente os índices de desempenho do último debate entre Collor e Lula, faltando três dias para as eleições.

Roberto Marinho “construiu" o poderio que são as Organizações Globo, hoje, graças ter apoiado a Ditadura Militar desde antes mesmo de ser deflagrada, e assim recebido centenas e centenas de “benesses”, pois aos 65 anos e financeiramente na “merda”, Roberto Marinho fez isso que é hoje as Organizações Globo. O canal de TV à Roberto Marinho foi concedido ainda pelo presidente Juscelino Kubitschek.

Como ironia a receita cai bem, em resposta a Urariano, do site "Direto da Redação". Mas como prática real, para se ter liberdade de expressão, é bastante suficiente que a imprensa seja: 1º) Realmente indepentente; 2º) Que se desobrigue do servilismo aos governantes, políticos de baixo caráter e da classe dominante; 3º) Que aborde, reporte, anuncie e denuncie assentada na "verdade factual", conforme prega o jornalista Mino Carta; 4º) Que não tenha medo de ferir quem quer que seja; 5º) Que seja plena e totalmente apartidária; 6º) Que tenha jornalistas, com ou sem canudo, isso é o que menos importa, porém com talento, capacidade de dicernimento, senso de neutralidade (isso não significa ficar em cima do muro), mas revelar os atos e fatos na sua verdadeira e real essência, e de forma clara e objetiva; 7º) Que reze pela cartilha da moral e da ética e não dos governantes, políticos, capitalistas de sentimento e atitudes bárbaras; 8º) Que pregue e difunda a moralização e a ética, denuncie as ilicitudes com veemência, sem olhar o nome do ou dos envolvidos; 9º) Que assuma o seu verdadeiro e real propósito, seus objetivos com uma filosofia e ideologia fundamentada no princípio do jornalismo e da verdadeira e vertical liberdade de expressão; 10º) Que ao se folhar cada página se possa sentir o cheiro da dignidade, da imparcialidade, da informação com senso de formação honesta, e do respeito à verdade e aos leitores. Com essa receita, caro Urariano, poderão fazer seminários, congressos, mudar as regras, códigos, normas, decretos, leis que nada, absolutamente nada atingirá ou manchará a liberdade de imprensa e de expressão.

O que vemos, hoje, como imprensa, não passa de carbono mascarando uma verdade, a realidade, a manipulação da informação com objetivos praticamente explícitos de alienação. São veículos que "fazem-de-conta" que fazem jornalismo, que informam com distorções e manipulações e omissões e que, sem a menor sombra de dúvidas, prima pelo tilintar da "caixa registradora", a qualquer custo ou preço, seja ético ou moral. Especialmente preço, já que a imprensa, compreendida como um todo, é, na sua maioria, "vendida" e "vendável". Um produto que está na prateleira e que pode ser comprado por quem tem dinheiro, muito dinheiro, de preferência público, como vem acontecendo, não apenas agora, mas desde Assis Chateaubriand, culminando com o escroque do Roberto Marinho (que jamais foi jornalista, mas sim um barganhador desde os tempos da famigerada "ditadura fardada" a qual apoiou e incentivou, assim como “A Folha”, e hoje seguida pelas "marias vão com as outras". Todas as demais viraram “marionetes, sem personalidade, sem alma, sem caráter e sem auto-estima como veículo de comunicação.

Assim, e só assim, teremos LIBERDADE DE EXPRESSÃO E LIBERDADE DE IMPRESA.


*** Contatos via e-mail: la-stampa@ig.com.br
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